A magia social do performativo e os ciganos como seres fantásticos.

Autores
Casagrande Cichowicz, Ana Paula
Año de publicación
2012
Idioma
portugués
Tipo de recurso
documento de conferencia
Estado
versión publicada
Descripción
A representação incutida no imaginário social acerca do que é um cigano foi em boa parte disseminada através de obras de arte literárias que expressam dois tipos-ideais da “ciganicidade”, figurando estes sujeitos ora como “marginais” e “imundos” -, ora como “festeiros” e “misteriosos”. O trabalho que venho propor para o eixo temático “Poéticas e Políticas de la Performance”, parte de uma pesquisa etnográfica realizada no Brasil junto com ciganos nômades rom-kalderash, na qual tinha por intuito ouvir o que estes sujeitos tinham a dizer sobe eles mesmos. Contariam estórias nas quais seriam personagens? De que modo estas estórias eram contadas? E estas, seriam importantes para o modo como os ciganos se construíam como “sujeito-rom”? Não mais as narrativas literárias grafadas em livros, mas as performances narrativas de um povo ágrafo. Entretanto, antes de pensar as performances narrativas, tornou-se necessário discorrer sobre a noção de “espaço”, devido ao fato de que o modo como os rom vivenciam e praticam os espaços por onde passam em suas “eternas” caminhada sem começo e sem fim, é fundamental para entender o contexto nos quais as narrativas ocorrem, que por sua vez é basilar na compreensão do evento performático. Assim sendo, no interior de um campo fenomênico de transformação de “espaço geográfico” em “espaço antropológico”, as “estórias de viagens” performatizadas pelos rom-kalderash reelaboram os tipos-ideais expostos pela literatura ficcional e são basilares no modo como os kalderash constroem-se como sujeitos rom, ou seja, como “sujeitos fantásticos”. Gostaria de frisar, do mesmo modo, que tais performances narrativas nos permite pensar performativo como sendo um espaço de resistência e confrontação política no interior dos discursos dominantes, seguindo aqui Butler e Derrida e, igualmente, nas “estórias de viagem” kalderash como um ato de insurreição destes “sujeitos fantásticos”.
Materia
arte de performance
Nivel de accesibilidad
acceso abierto
Condiciones de uso
Repositorio
Repositorio Digital Universitario (UNC)
Institución
Universidad Nacional de Córdoba
OAI Identificador
oai:rdu.unc.edu.ar:11086/2392

id RDUUNC_a6a7cd3986c748a460ff85b24ff68510
oai_identifier_str oai:rdu.unc.edu.ar:11086/2392
network_acronym_str RDUUNC
repository_id_str 2572
network_name_str Repositorio Digital Universitario (UNC)
spelling A magia social do performativo e os ciganos como seres fantásticos.Casagrande Cichowicz, Ana Paulaarte de performanceA representação incutida no imaginário social acerca do que é um cigano foi em boa parte disseminada através de obras de arte literárias que expressam dois tipos-ideais da “ciganicidade”, figurando estes sujeitos ora como “marginais” e “imundos” -, ora como “festeiros” e “misteriosos”. O trabalho que venho propor para o eixo temático “Poéticas e Políticas de la Performance”, parte de uma pesquisa etnográfica realizada no Brasil junto com ciganos nômades rom-kalderash, na qual tinha por intuito ouvir o que estes sujeitos tinham a dizer sobe eles mesmos. Contariam estórias nas quais seriam personagens? De que modo estas estórias eram contadas? E estas, seriam importantes para o modo como os ciganos se construíam como “sujeito-rom”? Não mais as narrativas literárias grafadas em livros, mas as performances narrativas de um povo ágrafo. Entretanto, antes de pensar as performances narrativas, tornou-se necessário discorrer sobre a noção de “espaço”, devido ao fato de que o modo como os rom vivenciam e praticam os espaços por onde passam em suas “eternas” caminhada sem começo e sem fim, é fundamental para entender o contexto nos quais as narrativas ocorrem, que por sua vez é basilar na compreensão do evento performático. Assim sendo, no interior de um campo fenomênico de transformação de “espaço geográfico” em “espaço antropológico”, as “estórias de viagens” performatizadas pelos rom-kalderash reelaboram os tipos-ideais expostos pela literatura ficcional e são basilares no modo como os kalderash constroem-se como sujeitos rom, ou seja, como “sujeitos fantásticos”. Gostaria de frisar, do mesmo modo, que tais performances narrativas nos permite pensar performativo como sendo um espaço de resistência e confrontação política no interior dos discursos dominantes, seguindo aqui Butler e Derrida e, igualmente, nas “estórias de viagem” kalderash como um ato de insurreição destes “sujeitos fantásticos”.2012info:eu-repo/semantics/conferenceObjectinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionhttp://purl.org/coar/resource_type/c_5794info:ar-repo/semantics/documentoDeConferenciaapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11086/2392info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositorio Digital Universitario (UNC)instname:Universidad Nacional de Córdobainstacron:UNC2025-09-29T13:41:27Zoai:rdu.unc.edu.ar:11086/2392Institucionalhttps://rdu.unc.edu.ar/Universidad públicaNo correspondehttp://rdu.unc.edu.ar/oai/snrdoca.unc@gmail.comArgentinaNo correspondeNo correspondeNo correspondeopendoar:25722025-09-29 13:41:28.093Repositorio Digital Universitario (UNC) - Universidad Nacional de Córdobafalse
dc.title.none.fl_str_mv A magia social do performativo e os ciganos como seres fantásticos.
title A magia social do performativo e os ciganos como seres fantásticos.
spellingShingle A magia social do performativo e os ciganos como seres fantásticos.
Casagrande Cichowicz, Ana Paula
arte de performance
title_short A magia social do performativo e os ciganos como seres fantásticos.
title_full A magia social do performativo e os ciganos como seres fantásticos.
title_fullStr A magia social do performativo e os ciganos como seres fantásticos.
title_full_unstemmed A magia social do performativo e os ciganos como seres fantásticos.
title_sort A magia social do performativo e os ciganos como seres fantásticos.
dc.creator.none.fl_str_mv Casagrande Cichowicz, Ana Paula
author Casagrande Cichowicz, Ana Paula
author_facet Casagrande Cichowicz, Ana Paula
author_role author
dc.subject.none.fl_str_mv arte de performance
topic arte de performance
dc.description.none.fl_txt_mv A representação incutida no imaginário social acerca do que é um cigano foi em boa parte disseminada através de obras de arte literárias que expressam dois tipos-ideais da “ciganicidade”, figurando estes sujeitos ora como “marginais” e “imundos” -, ora como “festeiros” e “misteriosos”. O trabalho que venho propor para o eixo temático “Poéticas e Políticas de la Performance”, parte de uma pesquisa etnográfica realizada no Brasil junto com ciganos nômades rom-kalderash, na qual tinha por intuito ouvir o que estes sujeitos tinham a dizer sobe eles mesmos. Contariam estórias nas quais seriam personagens? De que modo estas estórias eram contadas? E estas, seriam importantes para o modo como os ciganos se construíam como “sujeito-rom”? Não mais as narrativas literárias grafadas em livros, mas as performances narrativas de um povo ágrafo. Entretanto, antes de pensar as performances narrativas, tornou-se necessário discorrer sobre a noção de “espaço”, devido ao fato de que o modo como os rom vivenciam e praticam os espaços por onde passam em suas “eternas” caminhada sem começo e sem fim, é fundamental para entender o contexto nos quais as narrativas ocorrem, que por sua vez é basilar na compreensão do evento performático. Assim sendo, no interior de um campo fenomênico de transformação de “espaço geográfico” em “espaço antropológico”, as “estórias de viagens” performatizadas pelos rom-kalderash reelaboram os tipos-ideais expostos pela literatura ficcional e são basilares no modo como os kalderash constroem-se como sujeitos rom, ou seja, como “sujeitos fantásticos”. Gostaria de frisar, do mesmo modo, que tais performances narrativas nos permite pensar performativo como sendo um espaço de resistência e confrontação política no interior dos discursos dominantes, seguindo aqui Butler e Derrida e, igualmente, nas “estórias de viagem” kalderash como um ato de insurreição destes “sujeitos fantásticos”.
description A representação incutida no imaginário social acerca do que é um cigano foi em boa parte disseminada através de obras de arte literárias que expressam dois tipos-ideais da “ciganicidade”, figurando estes sujeitos ora como “marginais” e “imundos” -, ora como “festeiros” e “misteriosos”. O trabalho que venho propor para o eixo temático “Poéticas e Políticas de la Performance”, parte de uma pesquisa etnográfica realizada no Brasil junto com ciganos nômades rom-kalderash, na qual tinha por intuito ouvir o que estes sujeitos tinham a dizer sobe eles mesmos. Contariam estórias nas quais seriam personagens? De que modo estas estórias eram contadas? E estas, seriam importantes para o modo como os ciganos se construíam como “sujeito-rom”? Não mais as narrativas literárias grafadas em livros, mas as performances narrativas de um povo ágrafo. Entretanto, antes de pensar as performances narrativas, tornou-se necessário discorrer sobre a noção de “espaço”, devido ao fato de que o modo como os rom vivenciam e praticam os espaços por onde passam em suas “eternas” caminhada sem começo e sem fim, é fundamental para entender o contexto nos quais as narrativas ocorrem, que por sua vez é basilar na compreensão do evento performático. Assim sendo, no interior de um campo fenomênico de transformação de “espaço geográfico” em “espaço antropológico”, as “estórias de viagens” performatizadas pelos rom-kalderash reelaboram os tipos-ideais expostos pela literatura ficcional e são basilares no modo como os kalderash constroem-se como sujeitos rom, ou seja, como “sujeitos fantásticos”. Gostaria de frisar, do mesmo modo, que tais performances narrativas nos permite pensar performativo como sendo um espaço de resistência e confrontação política no interior dos discursos dominantes, seguindo aqui Butler e Derrida e, igualmente, nas “estórias de viagem” kalderash como um ato de insurreição destes “sujeitos fantásticos”.
publishDate 2012
dc.date.none.fl_str_mv 2012
dc.type.none.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/conferenceObject
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
http://purl.org/coar/resource_type/c_5794
info:ar-repo/semantics/documentoDeConferencia
format conferenceObject
status_str publishedVersion
dc.identifier.none.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11086/2392
url http://hdl.handle.net/11086/2392
dc.language.none.fl_str_mv por
language por
dc.rights.none.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositorio Digital Universitario (UNC)
instname:Universidad Nacional de Córdoba
instacron:UNC
reponame_str Repositorio Digital Universitario (UNC)
collection Repositorio Digital Universitario (UNC)
instname_str Universidad Nacional de Córdoba
instacron_str UNC
institution UNC
repository.name.fl_str_mv Repositorio Digital Universitario (UNC) - Universidad Nacional de Córdoba
repository.mail.fl_str_mv oca.unc@gmail.com
_version_ 1844618902311534592
score 13.070432