A história dos livros e das bibliotecas em Abya Yala: o porvir na Biblioteconomia e na Ciência da Informação

Autores
Santos, Eva Dayane Jesus dos; Caldera, Orledys María de Jesús López
Año de publicación
2024
Idioma
portugués
Tipo de recurso
documento de conferencia
Estado
versión publicada
Descripción
O presente trabalho tem por objetivo disseminar as informações produzidas pelos povos de Abya Yala. A prática do controle da produção e disseminação da informação, que geralmente evidenciam a cultura anglo-eurocêntrica, ocultam outras culturas e grupos étnicos no território de Abya Yala. A essa prática operante e racista, nomeamos por epistemicídio (Kilomba, 2019). Ela tem colaborado historicamente para a desvalorização das culturas não hegemônicas dentro e fora de espaços acadêmicos, na sociedade, pois é colocado sempre em evidência o conhecimento produzido pela cultura anglo-eurocêntrica. No entanto, paralelamente às práticas de disseminação e difusão da “história única” (Chimamanda, 2019), coexiste e resiste a história não contada oficialmente, mas contada e continuada em comunidades, sobretudo em aldeias, roçados, povoados, favelas e quilombos. O objetivo deste trabalho é problematizar os marcadores utilizados na Biblioteconomia e Ciência da Informação como referenciais para iniciar e recontar a história dos livros e das bibliotecas. Por que a África não é o centro, quando aprendemos desde sempre, que esse continente é o berço civilizatório com grandes civilizações, que passam a ser rapidamente esquecidas com a emergência da Grécia? E o que se sabe ou tem-se a saber sobre esse conhecimento em Abya Yala? O que as bibliotecas abertas nas pirâmides dos ancestrais Incas, Maias e Astecas tem a nos dizer? E as inforvivências (Santos, 2022) materializadas nas culturas de Abya Yala? E no Brasil, o que precisamos aprender com os povos pindorâmicos? Será que conseguimos alcançar esses saberes com mentes tão “civilizadas”? Os objetivos específicos são fomentar as discussões a respeito da produção dos livros e bibliotecas em continuidade e disseminadas em Abya Yala; e disseminar ideias para novas pesquisas na área voltadas para aprofundar o conhecimento sobre tal temática. Utilizamos como metodologia a Sankofa, que significa resumidamente voltar e pegar no passado elementos para construir o presente. Consideramos que uma forma de contribuir para a formação de uma consciência letrada sobre Abya Yala, seja por meio de práticas antirracistas, desconstruindo a ideia da democracia racial que ainda é bastante disseminada nos currículos, escolas e sociedade em geral. Potencializar as discussões poderão gerar ideias criativas e inovadoras, tomando como ponto de partida as inforvivências pindorâmicas presentes no cotidiano de cada pessoa em Abya Yala. Esses conhecimentos precisam estar nas referências, nos currículos e bibliotecas, deve ser uma missão de todos. O letramento racial deve ser parte integrante das políticas institucionais para a construção e consolidação de bibliotecas antirracistas.
Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación
Materia
Bibliotecología
Bibliotecas Abya Yala
bibliotecas pindorâmicas
letramento racial - bibliotecas
livros Abya Yala
inforvivências
Nivel de accesibilidad
acceso abierto
Condiciones de uso
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/
Repositorio
SEDICI (UNLP)
Institución
Universidad Nacional de La Plata
OAI Identificador
oai:sedici.unlp.edu.ar:10915/181128

id SEDICI_cfa59ec059e4e9d89ddae5f1b4c45bb0
oai_identifier_str oai:sedici.unlp.edu.ar:10915/181128
network_acronym_str SEDICI
repository_id_str 1329
network_name_str SEDICI (UNLP)
spelling A história dos livros e das bibliotecas em Abya Yala: o porvir na Biblioteconomia e na Ciência da InformaçãoSantos, Eva Dayane Jesus dosCaldera, Orledys María de Jesús LópezBibliotecologíaBibliotecas Abya Yalabibliotecas pindorâmicasletramento racial - bibliotecaslivros Abya YalainforvivênciasO presente trabalho tem por objetivo disseminar as informações produzidas pelos povos de Abya Yala. A prática do controle da produção e disseminação da informação, que geralmente evidenciam a cultura anglo-eurocêntrica, ocultam outras culturas e grupos étnicos no território de Abya Yala. A essa prática operante e racista, nomeamos por epistemicídio (Kilomba, 2019). Ela tem colaborado historicamente para a desvalorização das culturas não hegemônicas dentro e fora de espaços acadêmicos, na sociedade, pois é colocado sempre em evidência o conhecimento produzido pela cultura anglo-eurocêntrica. No entanto, paralelamente às práticas de disseminação e difusão da “história única” (Chimamanda, 2019), coexiste e resiste a história não contada oficialmente, mas contada e continuada em comunidades, sobretudo em aldeias, roçados, povoados, favelas e quilombos. O objetivo deste trabalho é problematizar os marcadores utilizados na Biblioteconomia e Ciência da Informação como referenciais para iniciar e recontar a história dos livros e das bibliotecas. Por que a África não é o centro, quando aprendemos desde sempre, que esse continente é o berço civilizatório com grandes civilizações, que passam a ser rapidamente esquecidas com a emergência da Grécia? E o que se sabe ou tem-se a saber sobre esse conhecimento em Abya Yala? O que as bibliotecas abertas nas pirâmides dos ancestrais Incas, Maias e Astecas tem a nos dizer? E as inforvivências (Santos, 2022) materializadas nas culturas de Abya Yala? E no Brasil, o que precisamos aprender com os povos pindorâmicos? Será que conseguimos alcançar esses saberes com mentes tão “civilizadas”? Os objetivos específicos são fomentar as discussões a respeito da produção dos livros e bibliotecas em continuidade e disseminadas em Abya Yala; e disseminar ideias para novas pesquisas na área voltadas para aprofundar o conhecimento sobre tal temática. Utilizamos como metodologia a Sankofa, que significa resumidamente voltar e pegar no passado elementos para construir o presente. Consideramos que uma forma de contribuir para a formação de uma consciência letrada sobre Abya Yala, seja por meio de práticas antirracistas, desconstruindo a ideia da democracia racial que ainda é bastante disseminada nos currículos, escolas e sociedade em geral. Potencializar as discussões poderão gerar ideias criativas e inovadoras, tomando como ponto de partida as inforvivências pindorâmicas presentes no cotidiano de cada pessoa em Abya Yala. Esses conhecimentos precisam estar nas referências, nos currículos e bibliotecas, deve ser uma missão de todos. O letramento racial deve ser parte integrante das políticas institucionais para a construção e consolidação de bibliotecas antirracistas.Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación2024info:eu-repo/semantics/conferenceObjectinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionObjeto de conferenciahttp://purl.org/coar/resource_type/c_5794info:ar-repo/semantics/documentoDeConferenciaapplication/pdfhttp://sedici.unlp.edu.ar/handle/10915/181128info:eu-repo/semantics/altIdentifier/url/http://jornadabibliotecologia.fahce.unlp.edu.ar/jornadas-2024/actas/ponencia-241216140324843692/@@display-file/file/Mesa 9_dos_Santos.pdfinfo:eu-repo/semantics/altIdentifier/issn/1853-5631info:eu-repo/semantics/openAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International (CC BY-NC-SA 4.0)porreponame:SEDICI (UNLP)instname:Universidad Nacional de La Platainstacron:UNLP2025-09-03T11:20:45Zoai:sedici.unlp.edu.ar:10915/181128Institucionalhttp://sedici.unlp.edu.ar/Universidad públicaNo correspondehttp://sedici.unlp.edu.ar/oai/snrdalira@sedici.unlp.edu.arArgentinaNo correspondeNo correspondeNo correspondeopendoar:13292025-09-03 11:20:45.805SEDICI (UNLP) - Universidad Nacional de La Platafalse
dc.title.none.fl_str_mv A história dos livros e das bibliotecas em Abya Yala: o porvir na Biblioteconomia e na Ciência da Informação
title A história dos livros e das bibliotecas em Abya Yala: o porvir na Biblioteconomia e na Ciência da Informação
spellingShingle A história dos livros e das bibliotecas em Abya Yala: o porvir na Biblioteconomia e na Ciência da Informação
Santos, Eva Dayane Jesus dos
Bibliotecología
Bibliotecas Abya Yala
bibliotecas pindorâmicas
letramento racial - bibliotecas
livros Abya Yala
inforvivências
title_short A história dos livros e das bibliotecas em Abya Yala: o porvir na Biblioteconomia e na Ciência da Informação
title_full A história dos livros e das bibliotecas em Abya Yala: o porvir na Biblioteconomia e na Ciência da Informação
title_fullStr A história dos livros e das bibliotecas em Abya Yala: o porvir na Biblioteconomia e na Ciência da Informação
title_full_unstemmed A história dos livros e das bibliotecas em Abya Yala: o porvir na Biblioteconomia e na Ciência da Informação
title_sort A história dos livros e das bibliotecas em Abya Yala: o porvir na Biblioteconomia e na Ciência da Informação
dc.creator.none.fl_str_mv Santos, Eva Dayane Jesus dos
Caldera, Orledys María de Jesús López
author Santos, Eva Dayane Jesus dos
author_facet Santos, Eva Dayane Jesus dos
Caldera, Orledys María de Jesús López
author_role author
author2 Caldera, Orledys María de Jesús López
author2_role author
dc.subject.none.fl_str_mv Bibliotecología
Bibliotecas Abya Yala
bibliotecas pindorâmicas
letramento racial - bibliotecas
livros Abya Yala
inforvivências
topic Bibliotecología
Bibliotecas Abya Yala
bibliotecas pindorâmicas
letramento racial - bibliotecas
livros Abya Yala
inforvivências
dc.description.none.fl_txt_mv O presente trabalho tem por objetivo disseminar as informações produzidas pelos povos de Abya Yala. A prática do controle da produção e disseminação da informação, que geralmente evidenciam a cultura anglo-eurocêntrica, ocultam outras culturas e grupos étnicos no território de Abya Yala. A essa prática operante e racista, nomeamos por epistemicídio (Kilomba, 2019). Ela tem colaborado historicamente para a desvalorização das culturas não hegemônicas dentro e fora de espaços acadêmicos, na sociedade, pois é colocado sempre em evidência o conhecimento produzido pela cultura anglo-eurocêntrica. No entanto, paralelamente às práticas de disseminação e difusão da “história única” (Chimamanda, 2019), coexiste e resiste a história não contada oficialmente, mas contada e continuada em comunidades, sobretudo em aldeias, roçados, povoados, favelas e quilombos. O objetivo deste trabalho é problematizar os marcadores utilizados na Biblioteconomia e Ciência da Informação como referenciais para iniciar e recontar a história dos livros e das bibliotecas. Por que a África não é o centro, quando aprendemos desde sempre, que esse continente é o berço civilizatório com grandes civilizações, que passam a ser rapidamente esquecidas com a emergência da Grécia? E o que se sabe ou tem-se a saber sobre esse conhecimento em Abya Yala? O que as bibliotecas abertas nas pirâmides dos ancestrais Incas, Maias e Astecas tem a nos dizer? E as inforvivências (Santos, 2022) materializadas nas culturas de Abya Yala? E no Brasil, o que precisamos aprender com os povos pindorâmicos? Será que conseguimos alcançar esses saberes com mentes tão “civilizadas”? Os objetivos específicos são fomentar as discussões a respeito da produção dos livros e bibliotecas em continuidade e disseminadas em Abya Yala; e disseminar ideias para novas pesquisas na área voltadas para aprofundar o conhecimento sobre tal temática. Utilizamos como metodologia a Sankofa, que significa resumidamente voltar e pegar no passado elementos para construir o presente. Consideramos que uma forma de contribuir para a formação de uma consciência letrada sobre Abya Yala, seja por meio de práticas antirracistas, desconstruindo a ideia da democracia racial que ainda é bastante disseminada nos currículos, escolas e sociedade em geral. Potencializar as discussões poderão gerar ideias criativas e inovadoras, tomando como ponto de partida as inforvivências pindorâmicas presentes no cotidiano de cada pessoa em Abya Yala. Esses conhecimentos precisam estar nas referências, nos currículos e bibliotecas, deve ser uma missão de todos. O letramento racial deve ser parte integrante das políticas institucionais para a construção e consolidação de bibliotecas antirracistas.
Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación
description O presente trabalho tem por objetivo disseminar as informações produzidas pelos povos de Abya Yala. A prática do controle da produção e disseminação da informação, que geralmente evidenciam a cultura anglo-eurocêntrica, ocultam outras culturas e grupos étnicos no território de Abya Yala. A essa prática operante e racista, nomeamos por epistemicídio (Kilomba, 2019). Ela tem colaborado historicamente para a desvalorização das culturas não hegemônicas dentro e fora de espaços acadêmicos, na sociedade, pois é colocado sempre em evidência o conhecimento produzido pela cultura anglo-eurocêntrica. No entanto, paralelamente às práticas de disseminação e difusão da “história única” (Chimamanda, 2019), coexiste e resiste a história não contada oficialmente, mas contada e continuada em comunidades, sobretudo em aldeias, roçados, povoados, favelas e quilombos. O objetivo deste trabalho é problematizar os marcadores utilizados na Biblioteconomia e Ciência da Informação como referenciais para iniciar e recontar a história dos livros e das bibliotecas. Por que a África não é o centro, quando aprendemos desde sempre, que esse continente é o berço civilizatório com grandes civilizações, que passam a ser rapidamente esquecidas com a emergência da Grécia? E o que se sabe ou tem-se a saber sobre esse conhecimento em Abya Yala? O que as bibliotecas abertas nas pirâmides dos ancestrais Incas, Maias e Astecas tem a nos dizer? E as inforvivências (Santos, 2022) materializadas nas culturas de Abya Yala? E no Brasil, o que precisamos aprender com os povos pindorâmicos? Será que conseguimos alcançar esses saberes com mentes tão “civilizadas”? Os objetivos específicos são fomentar as discussões a respeito da produção dos livros e bibliotecas em continuidade e disseminadas em Abya Yala; e disseminar ideias para novas pesquisas na área voltadas para aprofundar o conhecimento sobre tal temática. Utilizamos como metodologia a Sankofa, que significa resumidamente voltar e pegar no passado elementos para construir o presente. Consideramos que uma forma de contribuir para a formação de uma consciência letrada sobre Abya Yala, seja por meio de práticas antirracistas, desconstruindo a ideia da democracia racial que ainda é bastante disseminada nos currículos, escolas e sociedade em geral. Potencializar as discussões poderão gerar ideias criativas e inovadoras, tomando como ponto de partida as inforvivências pindorâmicas presentes no cotidiano de cada pessoa em Abya Yala. Esses conhecimentos precisam estar nas referências, nos currículos e bibliotecas, deve ser uma missão de todos. O letramento racial deve ser parte integrante das políticas institucionais para a construção e consolidação de bibliotecas antirracistas.
publishDate 2024
dc.date.none.fl_str_mv 2024
dc.type.none.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/conferenceObject
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
Objeto de conferencia
http://purl.org/coar/resource_type/c_5794
info:ar-repo/semantics/documentoDeConferencia
format conferenceObject
status_str publishedVersion
dc.identifier.none.fl_str_mv http://sedici.unlp.edu.ar/handle/10915/181128
url http://sedici.unlp.edu.ar/handle/10915/181128
dc.language.none.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/altIdentifier/url/http://jornadabibliotecologia.fahce.unlp.edu.ar/jornadas-2024/actas/ponencia-241216140324843692/@@display-file/file/Mesa 9_dos_Santos.pdf
info:eu-repo/semantics/altIdentifier/issn/1853-5631
dc.rights.none.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/
Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International (CC BY-NC-SA 4.0)
eu_rights_str_mv openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/
Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International (CC BY-NC-SA 4.0)
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:SEDICI (UNLP)
instname:Universidad Nacional de La Plata
instacron:UNLP
reponame_str SEDICI (UNLP)
collection SEDICI (UNLP)
instname_str Universidad Nacional de La Plata
instacron_str UNLP
institution UNLP
repository.name.fl_str_mv SEDICI (UNLP) - Universidad Nacional de La Plata
repository.mail.fl_str_mv alira@sedici.unlp.edu.ar
_version_ 1842260713370812416
score 13.13397