A performance na videopoesia: uma análise de Pessoa de Arnaldo Antunes.
- Autores
- Da Silva Santos, Andreia; Tavares Araújo, Érica
- Año de publicación
- 2012
- Idioma
- portugués
- Tipo de recurso
- documento de conferencia
- Estado
- versión publicada
- Descripción
- O artigo tem como intuito analisar a performance no videopoema Pessoa, que está contido na obra Nome (2005) de autoria de Arnaldo Antunes. O que se apresenta nesta videopoesia é o próprio autor (Antunes), em off, que inicia uma análise morfo-sintática do texto. Mas tal análise choca não pelo inusitado da situação que se desdobra, sobretudo porque ela embota o acompanhamento da leitura do poema, funciona como uma espécie de ruído, tanto do ponto de visto de uma entropia da recepção quanto pelo nonsense e o descabido na experiência da recepção habitual de um tal tipo de análise. A performance em Pessoa é a performance da escrita. O corpo de Antunes que se apresenta na tela não é mais o corpo do poeta, mas o corpo da escrita duplamente, enquanto passa, com tamanho privilegiado, e enquanto fica na parede como rabisco. O poema de Arnaldo Antunes problematiza este competência da performance ao jogar com a inabilidade do leitor em ler textos em movimento. Neste caso, a performance tem um caráter político na medida em que aguça no leitor a consciência de sua inabilidade para tal tipo de semiose contemporânea e o convida, indiretamente, para uma chamada de consciência sobre as novas e velhas maneiras de fazer signo e linguagem. Apesar de sua característica anárquica e de, na sua própria razão de ser, procurar escapar de rótulos e definições, o poema é antes de tudo uma expressão cênica: se um quadro sendo exibido para uma plateia não caracteriza uma performance; alguém pintando esse quadro, ao vivo, já poderia caracterizá-la, como afirma Cohen (2009), em Pessoa é a escrita que encena sua produção. Dessa forma, o que se pretende observar a performance no suporte videográfico aliada ao som, imagem e poesia.
- Materia
- arte de performance
- Nivel de accesibilidad
- acceso abierto
- Condiciones de uso
- Repositorio
- Institución
- Universidad Nacional de Córdoba
- OAI Identificador
- oai:rdu.unc.edu.ar:11086/2398
Ver los metadatos del registro completo
id |
RDUUNC_7cc143cc68d57e3c7da47a689c8f40e9 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:rdu.unc.edu.ar:11086/2398 |
network_acronym_str |
RDUUNC |
repository_id_str |
2572 |
network_name_str |
Repositorio Digital Universitario (UNC) |
spelling |
A performance na videopoesia: uma análise de Pessoa de Arnaldo Antunes.Da Silva Santos, AndreiaTavares Araújo, Éricaarte de performanceO artigo tem como intuito analisar a performance no videopoema Pessoa, que está contido na obra Nome (2005) de autoria de Arnaldo Antunes. O que se apresenta nesta videopoesia é o próprio autor (Antunes), em off, que inicia uma análise morfo-sintática do texto. Mas tal análise choca não pelo inusitado da situação que se desdobra, sobretudo porque ela embota o acompanhamento da leitura do poema, funciona como uma espécie de ruído, tanto do ponto de visto de uma entropia da recepção quanto pelo nonsense e o descabido na experiência da recepção habitual de um tal tipo de análise. A performance em Pessoa é a performance da escrita. O corpo de Antunes que se apresenta na tela não é mais o corpo do poeta, mas o corpo da escrita duplamente, enquanto passa, com tamanho privilegiado, e enquanto fica na parede como rabisco. O poema de Arnaldo Antunes problematiza este competência da performance ao jogar com a inabilidade do leitor em ler textos em movimento. Neste caso, a performance tem um caráter político na medida em que aguça no leitor a consciência de sua inabilidade para tal tipo de semiose contemporânea e o convida, indiretamente, para uma chamada de consciência sobre as novas e velhas maneiras de fazer signo e linguagem. Apesar de sua característica anárquica e de, na sua própria razão de ser, procurar escapar de rótulos e definições, o poema é antes de tudo uma expressão cênica: se um quadro sendo exibido para uma plateia não caracteriza uma performance; alguém pintando esse quadro, ao vivo, já poderia caracterizá-la, como afirma Cohen (2009), em Pessoa é a escrita que encena sua produção. Dessa forma, o que se pretende observar a performance no suporte videográfico aliada ao som, imagem e poesia.2012info:eu-repo/semantics/conferenceObjectinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionhttp://purl.org/coar/resource_type/c_5794info:ar-repo/semantics/documentoDeConferenciaapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11086/2398info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositorio Digital Universitario (UNC)instname:Universidad Nacional de Córdobainstacron:UNC2025-09-29T13:41:01Zoai:rdu.unc.edu.ar:11086/2398Institucionalhttps://rdu.unc.edu.ar/Universidad públicaNo correspondehttp://rdu.unc.edu.ar/oai/snrdoca.unc@gmail.comArgentinaNo correspondeNo correspondeNo correspondeopendoar:25722025-09-29 13:41:01.986Repositorio Digital Universitario (UNC) - Universidad Nacional de Córdobafalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
A performance na videopoesia: uma análise de Pessoa de Arnaldo Antunes. |
title |
A performance na videopoesia: uma análise de Pessoa de Arnaldo Antunes. |
spellingShingle |
A performance na videopoesia: uma análise de Pessoa de Arnaldo Antunes. Da Silva Santos, Andreia arte de performance |
title_short |
A performance na videopoesia: uma análise de Pessoa de Arnaldo Antunes. |
title_full |
A performance na videopoesia: uma análise de Pessoa de Arnaldo Antunes. |
title_fullStr |
A performance na videopoesia: uma análise de Pessoa de Arnaldo Antunes. |
title_full_unstemmed |
A performance na videopoesia: uma análise de Pessoa de Arnaldo Antunes. |
title_sort |
A performance na videopoesia: uma análise de Pessoa de Arnaldo Antunes. |
dc.creator.none.fl_str_mv |
Da Silva Santos, Andreia Tavares Araújo, Érica |
author |
Da Silva Santos, Andreia |
author_facet |
Da Silva Santos, Andreia Tavares Araújo, Érica |
author_role |
author |
author2 |
Tavares Araújo, Érica |
author2_role |
author |
dc.subject.none.fl_str_mv |
arte de performance |
topic |
arte de performance |
dc.description.none.fl_txt_mv |
O artigo tem como intuito analisar a performance no videopoema Pessoa, que está contido na obra Nome (2005) de autoria de Arnaldo Antunes. O que se apresenta nesta videopoesia é o próprio autor (Antunes), em off, que inicia uma análise morfo-sintática do texto. Mas tal análise choca não pelo inusitado da situação que se desdobra, sobretudo porque ela embota o acompanhamento da leitura do poema, funciona como uma espécie de ruído, tanto do ponto de visto de uma entropia da recepção quanto pelo nonsense e o descabido na experiência da recepção habitual de um tal tipo de análise. A performance em Pessoa é a performance da escrita. O corpo de Antunes que se apresenta na tela não é mais o corpo do poeta, mas o corpo da escrita duplamente, enquanto passa, com tamanho privilegiado, e enquanto fica na parede como rabisco. O poema de Arnaldo Antunes problematiza este competência da performance ao jogar com a inabilidade do leitor em ler textos em movimento. Neste caso, a performance tem um caráter político na medida em que aguça no leitor a consciência de sua inabilidade para tal tipo de semiose contemporânea e o convida, indiretamente, para uma chamada de consciência sobre as novas e velhas maneiras de fazer signo e linguagem. Apesar de sua característica anárquica e de, na sua própria razão de ser, procurar escapar de rótulos e definições, o poema é antes de tudo uma expressão cênica: se um quadro sendo exibido para uma plateia não caracteriza uma performance; alguém pintando esse quadro, ao vivo, já poderia caracterizá-la, como afirma Cohen (2009), em Pessoa é a escrita que encena sua produção. Dessa forma, o que se pretende observar a performance no suporte videográfico aliada ao som, imagem e poesia. |
description |
O artigo tem como intuito analisar a performance no videopoema Pessoa, que está contido na obra Nome (2005) de autoria de Arnaldo Antunes. O que se apresenta nesta videopoesia é o próprio autor (Antunes), em off, que inicia uma análise morfo-sintática do texto. Mas tal análise choca não pelo inusitado da situação que se desdobra, sobretudo porque ela embota o acompanhamento da leitura do poema, funciona como uma espécie de ruído, tanto do ponto de visto de uma entropia da recepção quanto pelo nonsense e o descabido na experiência da recepção habitual de um tal tipo de análise. A performance em Pessoa é a performance da escrita. O corpo de Antunes que se apresenta na tela não é mais o corpo do poeta, mas o corpo da escrita duplamente, enquanto passa, com tamanho privilegiado, e enquanto fica na parede como rabisco. O poema de Arnaldo Antunes problematiza este competência da performance ao jogar com a inabilidade do leitor em ler textos em movimento. Neste caso, a performance tem um caráter político na medida em que aguça no leitor a consciência de sua inabilidade para tal tipo de semiose contemporânea e o convida, indiretamente, para uma chamada de consciência sobre as novas e velhas maneiras de fazer signo e linguagem. Apesar de sua característica anárquica e de, na sua própria razão de ser, procurar escapar de rótulos e definições, o poema é antes de tudo uma expressão cênica: se um quadro sendo exibido para uma plateia não caracteriza uma performance; alguém pintando esse quadro, ao vivo, já poderia caracterizá-la, como afirma Cohen (2009), em Pessoa é a escrita que encena sua produção. Dessa forma, o que se pretende observar a performance no suporte videográfico aliada ao som, imagem e poesia. |
publishDate |
2012 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2012 |
dc.type.none.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/conferenceObject info:eu-repo/semantics/publishedVersion http://purl.org/coar/resource_type/c_5794 info:ar-repo/semantics/documentoDeConferencia |
format |
conferenceObject |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.none.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/11086/2398 |
url |
http://hdl.handle.net/11086/2398 |
dc.language.none.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.none.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositorio Digital Universitario (UNC) instname:Universidad Nacional de Córdoba instacron:UNC |
reponame_str |
Repositorio Digital Universitario (UNC) |
collection |
Repositorio Digital Universitario (UNC) |
instname_str |
Universidad Nacional de Córdoba |
instacron_str |
UNC |
institution |
UNC |
repository.name.fl_str_mv |
Repositorio Digital Universitario (UNC) - Universidad Nacional de Córdoba |
repository.mail.fl_str_mv |
oca.unc@gmail.com |
_version_ |
1844618890558046208 |
score |
13.070432 |