“Outras” arquiteturas e “outros” arquitetos no espaco arquitetonico brasileiro nos inícios do século 20.

Autores
Falbel, Anat; Cabral, Maria Cristina
Año de publicación
2019
Idioma
portugués
Tipo de recurso
documento de conferencia
Estado
versión publicada
Descripción
A historiografia da arquitetura do período compreendido entre o século XVIII e o início do século XX, assim como foi desenvolvida por estudiosos europeus e norte-americanos desde a década de 1970 apresenta dois enfoques principais. O primeiro diz respeito à s discussões que tiveram inicio no pós-guerra dedicadas à relação entre arquitetura moderna e os princípios clássicos, exemplificadas pela obra de Rudolf Wittkower em Princípios Arquitetônicos de na Era do Humanismo (1949) a partir do entedimento da forma como contentora e transmissora de significados. Enquanto que o segundo enfoque é fruto dos debates em torno das transferencias culturais, assim como se apresentaram na esteira da pós modernidade. No Brasil os estudos sobre a arquitetura do período começaram a ser elaborados a partir do final da década de 1930 em meio à atmosfera nacionalista da ditadura de Getúlio Vargas. Nessa conjuntura cultural, o responsável pela primeira narrativa historiografica da arquitetura moderna brasileira, o arquiteto Lucio Costa, apontou para uma relação figural entre a modernidade arquitetonica e as manifestacoes do barroco, entendido como a primeira expressão da nacionalidade. A necessidade de assercão de uma identidade nacional no campo das artes e da arquitetura sustentou a narrativa de Costa até os meados da década de 1980, impedindo o reconhecimento de outras expressões e outros profissionais que coexistiram desde então e ao longo do século XIX, já sob a incidencia do ensino da Academia de Belas Artes, fundada em 1826, no Rio de Janeiro. Para enfrentar o desafio sugerido pelo encontro The Beaux-Arts Model and the Academic Culture in Latin American Architecture, 1870-1930, propomos duas analises distintas. A primeira delas dedicada à investigação da nova perspectiva de estudos que contemplaram os “outros” arquitetos e as “outras” arquiteturas que dividiram o espaco da cultura arquitetonica brasileira no período, considerando seus pressupostos teóricos e principais temas. E, a segunda analise voltada especificamente a um grupo de arquitetos de origem europeia, que circulou na América Latina nas primeiras décadas do século 20, contribuindo nos processos de transferências entre culturas. Embora quase esquecidos pela narrativa historiográfica brasileira, profissionais como Joseph Gire, Viret e Marmorat, Henri Sajous ou Robert Prentice participaram ativamente da construção da paisagem do Rio de Janeiro. Enquanto a sua produção, afiliada ao ensino da Beaux-Arts e à s formulações de Julien Guadet, assimilou as condições locais, os novos programas e métodos de composição por eles propostos influenciaram a cultura profissional local.
Facultad de Arquitectura y Urbanismo
Materia
Arquitectura
Rio de Janeiro
École des Beaux-Arts
Brasil
Arquitectura brasileña
Historiografía
Arquitecto
Extranjero
Nivel de accesibilidad
acceso abierto
Condiciones de uso
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
Repositorio
SEDICI (UNLP)
Institución
Universidad Nacional de La Plata
OAI Identificador
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description A historiografia da arquitetura do período compreendido entre o século XVIII e o início do século XX, assim como foi desenvolvida por estudiosos europeus e norte-americanos desde a década de 1970 apresenta dois enfoques principais. O primeiro diz respeito à s discussões que tiveram inicio no pós-guerra dedicadas à relação entre arquitetura moderna e os princípios clássicos, exemplificadas pela obra de Rudolf Wittkower em <i>Princípios Arquitetônicos de na Era do Humanismo</i> (1949) a partir do entedimento da forma como contentora e transmissora de significados. Enquanto que o segundo enfoque é fruto dos debates em torno das transferencias culturais, assim como se apresentaram na esteira da pós modernidade. No Brasil os estudos sobre a arquitetura do período começaram a ser elaborados a partir do final da década de 1930 em meio à atmosfera nacionalista da ditadura de Getúlio Vargas. Nessa conjuntura cultural, o responsável pela primeira narrativa historiografica da arquitetura moderna brasileira, o arquiteto Lucio Costa, apontou para uma relação figural entre a modernidade arquitetonica e as manifestacoes do barroco, entendido como a primeira expressão da nacionalidade. A necessidade de assercão de uma identidade nacional no campo das artes e da arquitetura sustentou a narrativa de Costa até os meados da década de 1980, impedindo o reconhecimento de outras expressões e outros profissionais que coexistiram desde então e ao longo do século XIX, já sob a incidencia do ensino da Academia de Belas Artes, fundada em 1826, no Rio de Janeiro. Para enfrentar o desafio sugerido pelo encontro <i>The Beaux-Arts Model and the Academic Culture in Latin American Architecture, 1870-1930</i>, propomos duas analises distintas. A primeira delas dedicada à investigação da nova perspectiva de estudos que contemplaram os “outros” arquitetos e as “outras” arquiteturas que dividiram o espaco da cultura arquitetonica brasileira no período, considerando seus pressupostos teóricos e principais temas. E, a segunda analise voltada especificamente a um grupo de arquitetos de origem europeia, que circulou na América Latina nas primeiras décadas do século 20, contribuindo nos processos de transferências entre culturas. Embora quase esquecidos pela narrativa historiográfica brasileira, profissionais como Joseph Gire, Viret e Marmorat, Henri Sajous ou Robert Prentice participaram ativamente da construção da paisagem do Rio de Janeiro. Enquanto a sua produção, afiliada ao ensino da Beaux-Arts e à s formulações de Julien Guadet, assimilou as condições locais, os novos programas e métodos de composição por eles propostos influenciaram a cultura profissional local.
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