A representação dos corpos a partir da criação de ciclos naturais – escritores improváveis
- Autores
- Silva Santos, Tatiane
- Año de publicación
- 2020
- Idioma
- portugués
- Tipo de recurso
- artículo
- Estado
- versión publicada
- Descripción
- Embora existam, em quase todos os meios, discursos para que a literatura ocupe mais espaços na sociedade, há uma contradição em relação ao que acontece na prática: o padrão de textos produzidos, em sua maioria, por homens brancos. A população da América Latina: também feminina, indígena, negra, parda, LGBTQIA+, etc., não cabe nesta especificação, no entanto, os discursos nos levam a normalizar a situação projetada a partir da predominância de escritores e personagens uniformes. Os leitores, ou melhor, as imagens criadas sobre estes leitores, são parecidas, refletindo a constituição da elite dominante. Questionamos, portanto, onde estão os outros corpos, os corpos de escritores e personagens constituintes da real diversidade existente. Achille Mbembe em seu ensaio Necropolítica (2018), a partir do conceito de biopoder explicitado por Foucault sobre os controles sobre a vida e a morte, questiona: “Se considerarmos a política uma forma de guerra, devemos perguntar: que lugar é dado à vida, à morte e ao corpo humano (em especial o corpo ferido ou massacrado)? Como eles estão inscritos na ordem de poder?” (Mbembe, 2018, p. 6-7). Trazemos as questões para o campo literário: como os diferentes corpos estão inscritos na literatura? Na busca por respostas, encontramos nos livros a tentativa de apagamento, de construção de uma ordem constituída para privilegiar grupos específicos.
Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación - Fuente
- Revistas de la FAHCE
- Materia
-
Letras
Literatura
Lectura
Escritura - Nivel de accesibilidad
- acceso abierto
- Condiciones de uso
- http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/
- Repositorio
- Institución
- Universidad Nacional de La Plata
- OAI Identificador
- oai:sedici.unlp.edu.ar:10915/117218
Ver los metadatos del registro completo
id |
SEDICI_8ac597b41b0959ee3d0fa15ab871550e |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:sedici.unlp.edu.ar:10915/117218 |
network_acronym_str |
SEDICI |
repository_id_str |
1329 |
network_name_str |
SEDICI (UNLP) |
spelling |
A representação dos corpos a partir da criação de ciclos naturais – escritores improváveisSilva Santos, TatianeLetrasLiteraturaLecturaEscrituraEmbora existam, em quase todos os meios, discursos para que a literatura ocupe mais espaços na sociedade, há uma contradição em relação ao que acontece na prática: o padrão de textos produzidos, em sua maioria, por homens brancos. A população da América Latina: também feminina, indígena, negra, parda, LGBTQIA+, etc., não cabe nesta especificação, no entanto, os discursos nos levam a normalizar a situação projetada a partir da predominância de escritores e personagens uniformes. Os leitores, ou melhor, as imagens criadas sobre estes leitores, são parecidas, refletindo a constituição da elite dominante. Questionamos, portanto, onde estão os outros corpos, os corpos de escritores e personagens constituintes da real diversidade existente. Achille Mbembe em seu ensaio <i>Necropolítica</i> (2018), a partir do conceito de biopoder explicitado por Foucault sobre os controles sobre a vida e a morte, questiona: “Se considerarmos a política uma forma de guerra, devemos perguntar: que lugar é dado à vida, à morte e ao corpo humano (em especial o corpo ferido ou massacrado)? Como eles estão inscritos na ordem de poder?” (Mbembe, 2018, p. 6-7). Trazemos as questões para o campo literário: como os diferentes corpos estão inscritos na literatura? Na busca por respostas, encontramos nos livros a tentativa de apagamento, de construção de uma ordem constituída para privilegiar grupos específicos.Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación2020-07info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArticulohttp://purl.org/coar/resource_type/c_6501info:ar-repo/semantics/articuloapplication/pdf468-482http://sedici.unlp.edu.ar/handle/10915/117218<a href="http://revistas.fahce.unlp.edu.ar" target="_blank">Revistas de la FAHCE</a>reponame:SEDICI (UNLP)instname:Universidad Nacional de La Platainstacron:UNLPinfo:eu-repo/semantics/altIdentifier/url/http://www.eltoldodeastier.fahce.unlp.edu.ar/numeros/numero20/pdf/SilvaSantos.pdfinfo:eu-repo/semantics/altIdentifier/issn/1853-3124info:eu-repo/semantics/openAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Unported (CC BY-NC-SA 3.0)por2025-09-29T11:27:34Zoai:sedici.unlp.edu.ar:10915/117218Institucionalhttp://sedici.unlp.edu.ar/Universidad públicaNo correspondehttp://sedici.unlp.edu.ar/oai/snrdalira@sedici.unlp.edu.arArgentinaNo correspondeNo correspondeNo correspondeopendoar:13292025-09-29 11:27:35.03SEDICI (UNLP) - Universidad Nacional de La Platafalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
A representação dos corpos a partir da criação de ciclos naturais – escritores improváveis |
title |
A representação dos corpos a partir da criação de ciclos naturais – escritores improváveis |
spellingShingle |
A representação dos corpos a partir da criação de ciclos naturais – escritores improváveis Silva Santos, Tatiane Letras Literatura Lectura Escritura |
title_short |
A representação dos corpos a partir da criação de ciclos naturais – escritores improváveis |
title_full |
A representação dos corpos a partir da criação de ciclos naturais – escritores improváveis |
title_fullStr |
A representação dos corpos a partir da criação de ciclos naturais – escritores improváveis |
title_full_unstemmed |
A representação dos corpos a partir da criação de ciclos naturais – escritores improváveis |
title_sort |
A representação dos corpos a partir da criação de ciclos naturais – escritores improváveis |
dc.creator.none.fl_str_mv |
Silva Santos, Tatiane |
author |
Silva Santos, Tatiane |
author_facet |
Silva Santos, Tatiane |
author_role |
author |
dc.subject.none.fl_str_mv |
Letras Literatura Lectura Escritura |
topic |
Letras Literatura Lectura Escritura |
dc.description.none.fl_txt_mv |
Embora existam, em quase todos os meios, discursos para que a literatura ocupe mais espaços na sociedade, há uma contradição em relação ao que acontece na prática: o padrão de textos produzidos, em sua maioria, por homens brancos. A população da América Latina: também feminina, indígena, negra, parda, LGBTQIA+, etc., não cabe nesta especificação, no entanto, os discursos nos levam a normalizar a situação projetada a partir da predominância de escritores e personagens uniformes. Os leitores, ou melhor, as imagens criadas sobre estes leitores, são parecidas, refletindo a constituição da elite dominante. Questionamos, portanto, onde estão os outros corpos, os corpos de escritores e personagens constituintes da real diversidade existente. Achille Mbembe em seu ensaio <i>Necropolítica</i> (2018), a partir do conceito de biopoder explicitado por Foucault sobre os controles sobre a vida e a morte, questiona: “Se considerarmos a política uma forma de guerra, devemos perguntar: que lugar é dado à vida, à morte e ao corpo humano (em especial o corpo ferido ou massacrado)? Como eles estão inscritos na ordem de poder?” (Mbembe, 2018, p. 6-7). Trazemos as questões para o campo literário: como os diferentes corpos estão inscritos na literatura? Na busca por respostas, encontramos nos livros a tentativa de apagamento, de construção de uma ordem constituída para privilegiar grupos específicos. Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación |
description |
Embora existam, em quase todos os meios, discursos para que a literatura ocupe mais espaços na sociedade, há uma contradição em relação ao que acontece na prática: o padrão de textos produzidos, em sua maioria, por homens brancos. A população da América Latina: também feminina, indígena, negra, parda, LGBTQIA+, etc., não cabe nesta especificação, no entanto, os discursos nos levam a normalizar a situação projetada a partir da predominância de escritores e personagens uniformes. Os leitores, ou melhor, as imagens criadas sobre estes leitores, são parecidas, refletindo a constituição da elite dominante. Questionamos, portanto, onde estão os outros corpos, os corpos de escritores e personagens constituintes da real diversidade existente. Achille Mbembe em seu ensaio <i>Necropolítica</i> (2018), a partir do conceito de biopoder explicitado por Foucault sobre os controles sobre a vida e a morte, questiona: “Se considerarmos a política uma forma de guerra, devemos perguntar: que lugar é dado à vida, à morte e ao corpo humano (em especial o corpo ferido ou massacrado)? Como eles estão inscritos na ordem de poder?” (Mbembe, 2018, p. 6-7). Trazemos as questões para o campo literário: como os diferentes corpos estão inscritos na literatura? Na busca por respostas, encontramos nos livros a tentativa de apagamento, de construção de uma ordem constituída para privilegiar grupos específicos. |
publishDate |
2020 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2020-07 |
dc.type.none.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion Articulo http://purl.org/coar/resource_type/c_6501 info:ar-repo/semantics/articulo |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.none.fl_str_mv |
http://sedici.unlp.edu.ar/handle/10915/117218 |
url |
http://sedici.unlp.edu.ar/handle/10915/117218 |
dc.language.none.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/altIdentifier/url/http://www.eltoldodeastier.fahce.unlp.edu.ar/numeros/numero20/pdf/SilvaSantos.pdf info:eu-repo/semantics/altIdentifier/issn/1853-3124 |
dc.rights.none.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/ Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Unported (CC BY-NC-SA 3.0) |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
rights_invalid_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/ Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Unported (CC BY-NC-SA 3.0) |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf 468-482 |
dc.source.none.fl_str_mv |
<a href="http://revistas.fahce.unlp.edu.ar" target="_blank">Revistas de la FAHCE</a> reponame:SEDICI (UNLP) instname:Universidad Nacional de La Plata instacron:UNLP |
reponame_str |
SEDICI (UNLP) |
collection |
SEDICI (UNLP) |
instname_str |
Universidad Nacional de La Plata |
instacron_str |
UNLP |
institution |
UNLP |
repository.name.fl_str_mv |
SEDICI (UNLP) - Universidad Nacional de La Plata |
repository.mail.fl_str_mv |
alira@sedici.unlp.edu.ar |
_version_ |
1844616153571262464 |
score |
13.070432 |