Formação inicial de professores: emancipação como contraposição ao mal estar docente gerado pelas políticas neoliberais
- Autores
- Cerqueira Ribeiro de Souza, R. C.; Martins Oliveira Magalhães, S.
- Año de publicación
- 2014
- Idioma
- portugués
- Tipo de recurso
- artículo
- Estado
- versión aceptada
- Descripción
- Esse artigo propõe uma análise sobre processos de formação inicial de docentes em relação com trajetórias de professores de escolas públicas brasileiras e com processos de emancipação. Apresentamos as consequências pedagógicas das políticas neoliberais presentes na educação superior brasileira e refletimos sobre sua lógica no ambiente escolar, gerando o distanciamento e o envolvimento entre professores e alunos. Trazemos a discussão sobre identidade profissional docente, profissionalização e participação em sindicatos e associações. Analisamos as consequências das políticas educacionais sobre os professores tais como: sua fragilidade associativa, a insistente desvalorização docente nos documentos oficiais e na mídia, os projetos de carreira docente e a desvalorização crescentes dos seus salários, como geradoras do mal estar docente e analisamos possibilidades de construir pontes para o seu bem estar a partir da formação para emancipação. O estudo busca a compreensão de processos, ou seja, sua gênese histórica, procurando captar a natureza e a significação da complexidade que representa a práxis dos professores nas escolas públicas e sua relação com processos formativos, políticos e ideológicos. Apresentamos a busca de indícios que abram caminhos para descobrir não apenas a existência, mas a natureza do processo, ou seja, o caráter dialético do mal estar dos professores, procurando ultrapassar a exterioridade dos fenômenos, construindo análise crítica e ressaltando a dinâmica a ela inerente. Isso requer que seja abordada a ideia da produção da não-existência do professor, fortemente articulada às lógicas alicerçadas nas políticas neoliberais. Pensamos que, em muitos casos, professores das escolas públicas têm passado por formações que lhes têm proporcionado importantes conhecimentos tanto de fundamentos, como metodológicos ou de conteúdos. Podem responder às demandas nesses quesitos de maneira apropriada, se assim o desejarem. Julgamos, porém, que não estão preparados para enfrentar questões políticas, ideológicas, epistemológicas que envolvem sua profissão. Não têm consciência da importância da sua participação em coletivos de professores, em associações e sindicatos. Além disso, não se sentem capazes de enfrentar as questões das relações com eles mesmos e com os outros com os quais convivem. Seus colegas docentes são estranhos com quem quase não se comunicam. Seus alunos apresentam-se com histórias de vida, com desejos e necessidades com os quais nunca aprenderam a lidar e para os quais acabam por se convencer de que não há soluções. Propomos procurar formas de pensar e agir no sentido de superar essas contradições, já que sustentamos a ideia de uma docência emancipatória que, para realizar seu percurso, exige articular o ser humano em sua inteireza, ou seja, (des)pensar e repensar a formação inicial dos professores, assumir a docência como práxis, produtora de conhecimentos, como prática complexa e transdisciplinar. Essa concepção implica admitir que o trabalho docente tem dimensão de totalidade, pois compõe-se de múltiplos saberes que devem ser compreendidos em suas várias relações. Tal perspectiva supõe, em primeiro lugar, “reinvenção epistemológica” e, suas repercussões pedagógicas e didáticas. A práxis docente passa a ser apreendida como um contexto de compreensão compartilhado, enriquecido com a contribuição dos participantes em que a aprendizagem se constrói de maneira cooperativa, dentro de um grupo com vida própria, com interesses, necessidades e exigências que vão formando uma cultura particular. Significa compreender a escola como espaço de conhecimento construído mediante negociação aberta e permanente, de maneira que se priorize a reconstrução crítica do conhecimento, de mundo, que o aluno assimila acriticamente fora dela. Significa, ainda, que a aula se transforme em um ambiente dialógico de compartilhamentos e de trocas simbólicas dos quais todos participem e criar uma ambiência [trans]formativa que possibilite aos estudantes e a seus formadores construir convicções e, assim, contrapor-se à naturalização da não existência do professor, que tem sido imposta pelas atuais políticas educacionais para as universidades.
Fil: Cerqueira Ribeiro de Souza, R. C. Universidade Federal de Goiás; Brasil
Fil: Martins Oliveira Magalhães, S. Universidade Federal de Goiás; Brasil - Materia
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Analisamos as consequências das políticas educacionais sobre os professores tais como: sua fragilidade associativa, a insistente desvalorização docente nos documentos oficiais e na mídia, os projetos de carreira docente e a desvalorização crescentes dos seus salários, como geradoras do mal estar docente e analisamos possibilidades de construir pontes para o seu bem estar a partir da formação para emancipação. O estudo busca a compreensão de processos, ou seja, sua gênese histórica, procurando captar a natureza e a significação da complexidade que representa a práxis dos professores nas escolas públicas e sua relação com processos formativos, políticos e ideológicos. Apresentamos a busca de indícios que abram caminhos para descobrir não apenas a existência, mas a natureza do processo, ou seja, o caráter dialético do mal estar dos professores, procurando ultrapassar a exterioridade dos fenômenos, construindo análise crítica e ressaltando a dinâmica a ela inerente. Isso requer que seja abordada a ideia da produção da não-existência do professor, fortemente articulada às lógicas alicerçadas nas políticas neoliberais. Pensamos que, em muitos casos, professores das escolas públicas têm passado por formações que lhes têm proporcionado importantes conhecimentos tanto de fundamentos, como metodológicos ou de conteúdos. Podem responder às demandas nesses quesitos de maneira apropriada, se assim o desejarem. Julgamos, porém, que não estão preparados para enfrentar questões políticas, ideológicas, epistemológicas que envolvem sua profissão. Não têm consciência da importância da sua participação em coletivos de professores, em associações e sindicatos. Além disso, não se sentem capazes de enfrentar as questões das relações com eles mesmos e com os outros com os quais convivem. Seus colegas docentes são estranhos com quem quase não se comunicam. Seus alunos apresentam-se com histórias de vida, com desejos e necessidades com os quais nunca aprenderam a lidar e para os quais acabam por se convencer de que não há soluções. Propomos procurar formas de pensar e agir no sentido de superar essas contradições, já que sustentamos a ideia de uma docência emancipatória que, para realizar seu percurso, exige articular o ser humano em sua inteireza, ou seja, (des)pensar e repensar a formação inicial dos professores, assumir a docência como práxis, produtora de conhecimentos, como prática complexa e transdisciplinar. Essa concepção implica admitir que o trabalho docente tem dimensão de totalidade, pois compõe-se de múltiplos saberes que devem ser compreendidos em suas várias relações. Tal perspectiva supõe, em primeiro lugar, “reinvenção epistemológica” e, suas repercussões pedagógicas e didáticas. 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Universidade Federal de Goiás; BrasilFil: Martins Oliveira Magalhães, S. Universidade Federal de Goiás; BrasilUniversidad Nacional del Centro de la Provincia de Buenos Aires. Facultad de Ciencias Humanas. 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