A preposição para no português brasileiro : Entre a invariância de funcionamento e a variação semântica
- Autores
- Souza Gonçalves, Paula de
- Año de publicación
- 2012
- Idioma
- portugués
- Tipo de recurso
- documento de conferencia
- Estado
- versión publicada
- Descripción
- Nosso trabalho, fundamentado na Teoria das Operaçoes Predicativas e Enunciativas (TOPE) de Antoine Culioli, analisa um conjunto de enunciados do português brasileiro em que se faz presente a preposiçao PARA, caracterizada como "preposiçao de discernimento", de acordo com a Grammaire des prépositions, de J. J. Franckel e D. Paillard (Paris, Editions Ophrys, 2007). Ao longo de nossas análises, buscaremos evidenciar as operaçoes que, constitutivas da natureza semântica de PARA, decorrem das diversas interaçoes suscetíveis de se estabelecer entre essa preposiçao e os termos (noçoes) que, de um lado, a antecedem, de outro, sao por ela introduzidos. No âmbito da TOPE, uma preposiçao nao é apreendida como a traduçao de um sentido que existiria independentemente do próprio material verbal no qual ela se encontra inserida, o que atesta a impossibilidade de identificá la, semanticamente, por meio de um sentido básico, de um "conteúdo permanente", visto ser este necessariamente fruto da inserçao discursiva da preposiçao. A partir dessa hipótese, ilustrada por diferentes enunciados, mostraremos ser possível propor uma definiçao semântica unitária (dinâmica invariante ou forma esquemática) de PARA sustentada por esquemas operatórios que se manifestam no conjunto de seus empregos, independentemente de consideraçoes de natureza gramatical que concebem os sintagmas preposicionais como partes de processos de complementaçao, adjunçao ou outros. Com uma metodologia sistemática de paráfrases e glosas, pudemos formalizar uma dinâmica invariante que seria constitutiva da funçao exercida pela preposiçao PARA no âmbito das construçoes por ela integradas. Essa invariante seria uma forma definidora da variaçao. Assim, em poucas palavras, em relaçao ao funcionamento desta preposiçao, sustentamos a hipótese de que, dado um enunciado do tipo X PARA Y, PARA marca que Y constitui um modo de apreensao (nao definitivo) de X, considerando Xy do ponto de vista de uma categorizaçao que é externa ao que é intrinsecamente constitutivo de X
Fil: Souza Gonçalves, Paula de. Universidad Estatal Paulista "Júlio de Mesquita Filho". - Fuente
- V Jornadas Internacionales de Investigación en Filología Hispánica; Identidades dinámicas. Variación y cambio en el español de América, La Plata, Argentina, 21-23 de marzo de 2012
ISSN 2344-9071 - Materia
-
Lingüística
Filología
Preposiçao
Teoria des Operaçoes Predicativas e Enunciativas
Português brasileiro - Nivel de accesibilidad
- acceso abierto
- Condiciones de uso
- https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/2.5/ar/
- Repositorio
- Institución
- Universidad Nacional de La Plata. Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación
- OAI Identificador
- oai:memoria.fahce.unlp.edu.ar:snrd:Jev3823
Ver los metadatos del registro completo
id |
MemAca_d977fc4040d7e7be3c79fc1791e6b0d6 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:memoria.fahce.unlp.edu.ar:snrd:Jev3823 |
network_acronym_str |
MemAca |
repository_id_str |
1341 |
network_name_str |
Memoria Académica (UNLP-FAHCE) |
spelling |
A preposição para no português brasileiro : Entre a invariância de funcionamento e a variação semânticaSouza Gonçalves, Paula deLingüísticaFilologíaPreposiçaoTeoria des Operaçoes Predicativas e EnunciativasPortuguês brasileiroNosso trabalho, fundamentado na Teoria das Operaçoes Predicativas e Enunciativas (TOPE) de Antoine Culioli, analisa um conjunto de enunciados do português brasileiro em que se faz presente a preposiçao PARA, caracterizada como "preposiçao de discernimento", de acordo com a Grammaire des prépositions, de J. J. Franckel e D. Paillard (Paris, Editions Ophrys, 2007). Ao longo de nossas análises, buscaremos evidenciar as operaçoes que, constitutivas da natureza semântica de PARA, decorrem das diversas interaçoes suscetíveis de se estabelecer entre essa preposiçao e os termos (noçoes) que, de um lado, a antecedem, de outro, sao por ela introduzidos. No âmbito da TOPE, uma preposiçao nao é apreendida como a traduçao de um sentido que existiria independentemente do próprio material verbal no qual ela se encontra inserida, o que atesta a impossibilidade de identificá la, semanticamente, por meio de um sentido básico, de um "conteúdo permanente", visto ser este necessariamente fruto da inserçao discursiva da preposiçao. A partir dessa hipótese, ilustrada por diferentes enunciados, mostraremos ser possível propor uma definiçao semântica unitária (dinâmica invariante ou forma esquemática) de PARA sustentada por esquemas operatórios que se manifestam no conjunto de seus empregos, independentemente de consideraçoes de natureza gramatical que concebem os sintagmas preposicionais como partes de processos de complementaçao, adjunçao ou outros. Com uma metodologia sistemática de paráfrases e glosas, pudemos formalizar uma dinâmica invariante que seria constitutiva da funçao exercida pela preposiçao PARA no âmbito das construçoes por ela integradas. Essa invariante seria uma forma definidora da variaçao. Assim, em poucas palavras, em relaçao ao funcionamento desta preposiçao, sustentamos a hipótese de que, dado um enunciado do tipo X PARA Y, PARA marca que Y constitui um modo de apreensao (nao definitivo) de X, considerando Xy do ponto de vista de uma categorizaçao que é externa ao que é intrinsecamente constitutivo de XFil: Souza Gonçalves, Paula de. Universidad Estatal Paulista "Júlio de Mesquita Filho".2012info:eu-repo/semantics/conferenceObjectinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionhttp://purl.org/coar/resource_type/c_5794info:ar-repo/semantics/documentoDeConferenciaapplication/pdfhttps://www.memoria.fahce.unlp.edu.ar/trab_eventos/ev.3823/ev.3823.pdfV Jornadas Internacionales de Investigación en Filología Hispánica; Identidades dinámicas. Variación y cambio en el español de América, La Plata, Argentina, 21-23 de marzo de 2012ISSN 2344-9071reponame:Memoria Académica (UNLP-FAHCE)instname:Universidad Nacional de La Plata. Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educacióninstacron:UNLPinfo:eu-repo/semantics/openAccesshttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/2.5/ar/por2025-09-03T12:04:46Zoai:memoria.fahce.unlp.edu.ar:snrd:Jev3823Institucionalhttps://www.memoria.fahce.unlp.edu.ar/Universidad públicahttps://www.fahce.unlp.edu.ar/https://www.memoria.fahce.unlp.edu.ar/oaiserver.cgimemoria@fahce.unlp.edu.arArgentinaNo correspondeNo correspondeNo correspondeopendoar:13412025-09-03 12:04:47.138Memoria Académica (UNLP-FAHCE) - Universidad Nacional de La Plata. Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educaciónfalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
A preposição para no português brasileiro : Entre a invariância de funcionamento e a variação semântica |
title |
A preposição para no português brasileiro : Entre a invariância de funcionamento e a variação semântica |
spellingShingle |
A preposição para no português brasileiro : Entre a invariância de funcionamento e a variação semântica Souza Gonçalves, Paula de Lingüística Filología Preposiçao Teoria des Operaçoes Predicativas e Enunciativas Português brasileiro |
title_short |
A preposição para no português brasileiro : Entre a invariância de funcionamento e a variação semântica |
title_full |
A preposição para no português brasileiro : Entre a invariância de funcionamento e a variação semântica |
title_fullStr |
A preposição para no português brasileiro : Entre a invariância de funcionamento e a variação semântica |
title_full_unstemmed |
A preposição para no português brasileiro : Entre a invariância de funcionamento e a variação semântica |
title_sort |
A preposição para no português brasileiro : Entre a invariância de funcionamento e a variação semântica |
dc.creator.none.fl_str_mv |
Souza Gonçalves, Paula de |
author |
Souza Gonçalves, Paula de |
author_facet |
Souza Gonçalves, Paula de |
author_role |
author |
dc.subject.none.fl_str_mv |
Lingüística Filología Preposiçao Teoria des Operaçoes Predicativas e Enunciativas Português brasileiro |
topic |
Lingüística Filología Preposiçao Teoria des Operaçoes Predicativas e Enunciativas Português brasileiro |
dc.description.none.fl_txt_mv |
Nosso trabalho, fundamentado na Teoria das Operaçoes Predicativas e Enunciativas (TOPE) de Antoine Culioli, analisa um conjunto de enunciados do português brasileiro em que se faz presente a preposiçao PARA, caracterizada como "preposiçao de discernimento", de acordo com a Grammaire des prépositions, de J. J. Franckel e D. Paillard (Paris, Editions Ophrys, 2007). Ao longo de nossas análises, buscaremos evidenciar as operaçoes que, constitutivas da natureza semântica de PARA, decorrem das diversas interaçoes suscetíveis de se estabelecer entre essa preposiçao e os termos (noçoes) que, de um lado, a antecedem, de outro, sao por ela introduzidos. No âmbito da TOPE, uma preposiçao nao é apreendida como a traduçao de um sentido que existiria independentemente do próprio material verbal no qual ela se encontra inserida, o que atesta a impossibilidade de identificá la, semanticamente, por meio de um sentido básico, de um "conteúdo permanente", visto ser este necessariamente fruto da inserçao discursiva da preposiçao. A partir dessa hipótese, ilustrada por diferentes enunciados, mostraremos ser possível propor uma definiçao semântica unitária (dinâmica invariante ou forma esquemática) de PARA sustentada por esquemas operatórios que se manifestam no conjunto de seus empregos, independentemente de consideraçoes de natureza gramatical que concebem os sintagmas preposicionais como partes de processos de complementaçao, adjunçao ou outros. Com uma metodologia sistemática de paráfrases e glosas, pudemos formalizar uma dinâmica invariante que seria constitutiva da funçao exercida pela preposiçao PARA no âmbito das construçoes por ela integradas. Essa invariante seria uma forma definidora da variaçao. Assim, em poucas palavras, em relaçao ao funcionamento desta preposiçao, sustentamos a hipótese de que, dado um enunciado do tipo X PARA Y, PARA marca que Y constitui um modo de apreensao (nao definitivo) de X, considerando Xy do ponto de vista de uma categorizaçao que é externa ao que é intrinsecamente constitutivo de X Fil: Souza Gonçalves, Paula de. Universidad Estatal Paulista "Júlio de Mesquita Filho". |
description |
Nosso trabalho, fundamentado na Teoria das Operaçoes Predicativas e Enunciativas (TOPE) de Antoine Culioli, analisa um conjunto de enunciados do português brasileiro em que se faz presente a preposiçao PARA, caracterizada como "preposiçao de discernimento", de acordo com a Grammaire des prépositions, de J. J. Franckel e D. Paillard (Paris, Editions Ophrys, 2007). Ao longo de nossas análises, buscaremos evidenciar as operaçoes que, constitutivas da natureza semântica de PARA, decorrem das diversas interaçoes suscetíveis de se estabelecer entre essa preposiçao e os termos (noçoes) que, de um lado, a antecedem, de outro, sao por ela introduzidos. No âmbito da TOPE, uma preposiçao nao é apreendida como a traduçao de um sentido que existiria independentemente do próprio material verbal no qual ela se encontra inserida, o que atesta a impossibilidade de identificá la, semanticamente, por meio de um sentido básico, de um "conteúdo permanente", visto ser este necessariamente fruto da inserçao discursiva da preposiçao. A partir dessa hipótese, ilustrada por diferentes enunciados, mostraremos ser possível propor uma definiçao semântica unitária (dinâmica invariante ou forma esquemática) de PARA sustentada por esquemas operatórios que se manifestam no conjunto de seus empregos, independentemente de consideraçoes de natureza gramatical que concebem os sintagmas preposicionais como partes de processos de complementaçao, adjunçao ou outros. Com uma metodologia sistemática de paráfrases e glosas, pudemos formalizar uma dinâmica invariante que seria constitutiva da funçao exercida pela preposiçao PARA no âmbito das construçoes por ela integradas. Essa invariante seria uma forma definidora da variaçao. Assim, em poucas palavras, em relaçao ao funcionamento desta preposiçao, sustentamos a hipótese de que, dado um enunciado do tipo X PARA Y, PARA marca que Y constitui um modo de apreensao (nao definitivo) de X, considerando Xy do ponto de vista de uma categorizaçao que é externa ao que é intrinsecamente constitutivo de X |
publishDate |
2012 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2012 |
dc.type.none.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/conferenceObject info:eu-repo/semantics/publishedVersion http://purl.org/coar/resource_type/c_5794 info:ar-repo/semantics/documentoDeConferencia |
format |
conferenceObject |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.none.fl_str_mv |
https://www.memoria.fahce.unlp.edu.ar/trab_eventos/ev.3823/ev.3823.pdf |
url |
https://www.memoria.fahce.unlp.edu.ar/trab_eventos/ev.3823/ev.3823.pdf |
dc.language.none.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.none.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/2.5/ar/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
rights_invalid_str_mv |
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/2.5/ar/ |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
V Jornadas Internacionales de Investigación en Filología Hispánica; Identidades dinámicas. Variación y cambio en el español de América, La Plata, Argentina, 21-23 de marzo de 2012 ISSN 2344-9071 reponame:Memoria Académica (UNLP-FAHCE) instname:Universidad Nacional de La Plata. Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación instacron:UNLP |
reponame_str |
Memoria Académica (UNLP-FAHCE) |
collection |
Memoria Académica (UNLP-FAHCE) |
instname_str |
Universidad Nacional de La Plata. Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación |
instacron_str |
UNLP |
institution |
UNLP |
repository.name.fl_str_mv |
Memoria Académica (UNLP-FAHCE) - Universidad Nacional de La Plata. Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación |
repository.mail.fl_str_mv |
memoria@fahce.unlp.edu.ar |
_version_ |
1842261402489716736 |
score |
13.13397 |