Epistemología anarquista y conocimiento étnico-racial en América Latina y el Caribe
- Autores
- Silva, Igor Oliveira da; Martins, Gracy Kelli
- Año de publicación
- 2024
- Idioma
- portugués
- Tipo de recurso
- documento de conferencia
- Estado
- versión publicada
- Descripción
- O presente trabalho tem por objetivo desenvolver uma reflexão crítica decolonial que evidencia a influência das epistemologias latino-americanas e caribenhas na produção do conhecimento científico. Trata-se de uma proposta cuja preocupação fundamental é situar as questões decoloniais do conhecimento, as quais privilegiam as discussões existentes fora dos contextos hegemônicos de produção dos saberes. Como procedimento metodológico para construção dessa investigação, foi realizada uma pesquisa exploratória por meio de uma revisão bibliográfica. Orienta-se pelo princípio de que a visão eurocêntrica de mundo interveio na produção do conhecimento, atingindo proporções universais e monopolizando a totalidade do saber concernente ao "outro". Por conseguinte, toda produção intelectual que se inscrevia num quadro diferente da estrutura europeia de pensamento foi silenciada e, com o passar do tempo, apagada. Apesar disso, uma parcela do conhecimento situado resistiu ao tempo por meio da oralidade e de produções negligenciadas nas formações acadêmicas. Diante desse contexto, surge um problema epistemológico: o conhecimento científico foi utilizado como instrumento de poder para omitir o de outrem. A fim de minimizar as questões conflitantes, cabe à Biblioteconomia e à Ciência da Informação articular o conhecimento situado latino-americano e caribenho no âmbito científico e incentivar a produção epistemológica de registros informacionais como forma de recuperar o conhecimento perdido/apagado ao longo dos últimos cinco séculos, destacando que os sujeitos informacionais autóctones, ou seja, sujeitos que pertencem/habitam um território região, participem ativamente na produção e comunicação do conhecimento. Na contemporaneidade, autores como Mignolo (2003, 2005) e Walsh (2013) têm travado uma série de discussões epistemológicas acerca da decolonialidade do conhecimento como forma de contribuir para que diferentes epistemologias adentrem ao campo científico. Nesse percurso, utilizando uma abordagem interdisciplinar, a Biblioteconomia e a Ciência da Informação têm mantido um constante diálogo dos saberes situados - negro/camponês/indígena/feminista -, oriundos de diferentes realidades culturais, com os instrumentos de produção e disseminação da informação que normalmente privilegia uma estrutura colonial de poder. Com base nessas imbricações, iniciam-se as discussões sobre os estudos decoloniais como forma de empreender o pluralismo metodológico (Duque-Cardona, Mazo, Uribe, 2023) e legitimar diferentes saberes que ainda buscam conquistar espaço na produção epistemológica. Ao fim, destaca-se a necessidade de romper com o modelo universal e empreender o anarquismo epistemológico, visto que, na perspectiva decolonial, o pensamento europeu é apenas uma parcela do conhecimento e nenhuma epistemologia pode ser tomada como cânones para se sobrepor as demais.
Fil: Silva, Igor Oliveira da. Universidade Federal da Paraíba.
Fil: Martins, Gracy Kelli. Universidade Federal da Paraíba. - Fuente
- VII Jornadas de Intercambio y Reflexión acerca de la Investigación en Bibliotecología; Ensenada, Argentina, 17-19 de abril de 2024
ISSN 1853-5631 - Materia
-
Bibliotecología y ciencia de la información
Anarquismo Epistemológico
Epistemologia latino-americana
Epistemologia caribenha
Decolonialidade - Nivel de accesibilidad
- acceso abierto
- Condiciones de uso
- https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/
- Repositorio
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- Institución
- Universidad Nacional de La Plata. Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación
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O presente trabalho tem por objetivo desenvolver uma reflexão crítica decolonial que evidencia a influência das epistemologias latino-americanas e caribenhas na produção do conhecimento científico. Trata-se de uma proposta cuja preocupação fundamental é situar as questões decoloniais do conhecimento, as quais privilegiam as discussões existentes fora dos contextos hegemônicos de produção dos saberes. Como procedimento metodológico para construção dessa investigação, foi realizada uma pesquisa exploratória por meio de uma revisão bibliográfica. Orienta-se pelo princípio de que a visão eurocêntrica de mundo interveio na produção do conhecimento, atingindo proporções universais e monopolizando a totalidade do saber concernente ao "outro". Por conseguinte, toda produção intelectual que se inscrevia num quadro diferente da estrutura europeia de pensamento foi silenciada e, com o passar do tempo, apagada. Apesar disso, uma parcela do conhecimento situado resistiu ao tempo por meio da oralidade e de produções negligenciadas nas formações acadêmicas. Diante desse contexto, surge um problema epistemológico: o conhecimento científico foi utilizado como instrumento de poder para omitir o de outrem. A fim de minimizar as questões conflitantes, cabe à Biblioteconomia e à Ciência da Informação articular o conhecimento situado latino-americano e caribenho no âmbito científico e incentivar a produção epistemológica de registros informacionais como forma de recuperar o conhecimento perdido/apagado ao longo dos últimos cinco séculos, destacando que os sujeitos informacionais autóctones, ou seja, sujeitos que pertencem/habitam um território região, participem ativamente na produção e comunicação do conhecimento. Na contemporaneidade, autores como Mignolo (2003, 2005) e Walsh (2013) têm travado uma série de discussões epistemológicas acerca da decolonialidade do conhecimento como forma de contribuir para que diferentes epistemologias adentrem ao campo científico. Nesse percurso, utilizando uma abordagem interdisciplinar, a Biblioteconomia e a Ciência da Informação têm mantido um constante diálogo dos saberes situados - negro/camponês/indígena/feminista -, oriundos de diferentes realidades culturais, com os instrumentos de produção e disseminação da informação que normalmente privilegia uma estrutura colonial de poder. Com base nessas imbricações, iniciam-se as discussões sobre os estudos decoloniais como forma de empreender o pluralismo metodológico (Duque-Cardona, Mazo, Uribe, 2023) e legitimar diferentes saberes que ainda buscam conquistar espaço na produção epistemológica. Ao fim, destaca-se a necessidade de romper com o modelo universal e empreender o anarquismo epistemológico, visto que, na perspectiva decolonial, o pensamento europeu é apenas uma parcela do conhecimento e nenhuma epistemologia pode ser tomada como cânones para se sobrepor as demais. |
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