Esse moço é adé? Não, é inglês : reflexões sobre o potencial queerizante de uma proposta decolonial antropofágica

Autores
Luque, Cecilia Inés
Año de publicación
2020
Idioma
portugués
Tipo de recurso
documento de conferencia
Estado
versión publicada
Descripción
Fil: Luque, Cecilia Inés. Universidad Nacional de Córdoba. Facultad de Filosofía y Humanidades. Escuela de Letras; Argentina.
Fil: Luque, Cecilia Inés. Universidad Nacional de Córdoba. Facultad de Filosofía y Humanidades. Centro de Investigaciones Facultad de Filosofía y Humanidades; Argentina.
Fil: Luque, Cecilia Inés. Universidad Nacional de Córdoba. Facultad de Lenguas; Argentina.
O Xangô de Baker Street (romance de Jô Soares, Brasil, 1995) relata uma suposta visita de Sherlock Holmes ao Brasil em 1886, durante o final do império de Pedro II. Soares apropria-se criticamente de uma obra icônica da cultura "universal" para questionar a matriz ilustrada e colonialista moderna que tal obra representa, segundo a qual a razão lógico-instrumental é a base do progresso das sociedades "civilizadas", enquanto a sensualidade, a irracionalidade e a moleza são suas inimigas. Para isso, o escritor brasileiro constrói uma "vacina antropofágica" através de dois mecanismos discursivos contramodernos -a paródia e a transculturação- e aplica-a no personagem de Doyle para desativar nele a "[p]este dos chamados povos cultos e cristianizados [:] conceber o espírito sem o corpo" (Manifesto Antropófago). Mediante essas estratégias narrativas, Soares põe em dúvida os discursos que construíram as diferenças dos povos outros como a "alteridade constitutiva" do Ocidente Moderno. Em uma primeira releitura de O Xangô de Baker Street, eu sugiro que a proposta antropofágica do romance não é só descolonizadora mas também queerizante, pois a matriz epistemológica moderna estabelece uma identidade tácita entre subjetividade e masculinidade falogocêntrica, e não se pode parodiar a primeira sem afetar a segunda. Mas, em uma segunda releitura, aponto para alguns aspectos do processo queerizador que me aparecem como teoricamente problemáticos.
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Fil: Luque, Cecilia Inés. Universidad Nacional de Córdoba. Facultad de Filosofía y Humanidades. Escuela de Letras; Argentina.
Fil: Luque, Cecilia Inés. Universidad Nacional de Córdoba. Facultad de Filosofía y Humanidades. Centro de Investigaciones Facultad de Filosofía y Humanidades; Argentina.
Fil: Luque, Cecilia Inés. Universidad Nacional de Córdoba. Facultad de Lenguas; Argentina.
Literaturas Específicas
Materia
Masculinidade
Modernidade
Decolonialidade
Antropofagia
Nivel de accesibilidad
acceso abierto
Condiciones de uso
Repositorio
Repositorio Digital Universitario (UNC)
Institución
Universidad Nacional de Córdoba
OAI Identificador
oai:rdu.unc.edu.ar:11086/559828

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O Xangô de Baker Street (romance de Jô Soares, Brasil, 1995) relata uma suposta visita de Sherlock Holmes ao Brasil em 1886, durante o final do império de Pedro II. Soares apropria-se criticamente de uma obra icônica da cultura "universal" para questionar a matriz ilustrada e colonialista moderna que tal obra representa, segundo a qual a razão lógico-instrumental é a base do progresso das sociedades "civilizadas", enquanto a sensualidade, a irracionalidade e a moleza são suas inimigas. Para isso, o escritor brasileiro constrói uma "vacina antropofágica" através de dois mecanismos discursivos contramodernos -a paródia e a transculturação- e aplica-a no personagem de Doyle para desativar nele a "[p]este dos chamados povos cultos e cristianizados [:] conceber o espírito sem o corpo" (Manifesto Antropófago). Mediante essas estratégias narrativas, Soares põe em dúvida os discursos que construíram as diferenças dos povos outros como a "alteridade constitutiva" do Ocidente Moderno. Em uma primeira releitura de O Xangô de Baker Street, eu sugiro que a proposta antropofágica do romance não é só descolonizadora mas também queerizante, pois a matriz epistemológica moderna estabelece uma identidade tácita entre subjetividade e masculinidade falogocêntrica, e não se pode parodiar a primeira sem afetar a segunda. Mas, em uma segunda releitura, aponto para alguns aspectos do processo queerizador que me aparecem como teoricamente problemáticos.
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