Antropología posnormal

Autores
Taddei, Renzo; Hidalgo, Cecilia
Año de publicación
2016
Idioma
español castellano
Tipo de recurso
artículo
Estado
versión publicada
Descripción
Fil: Taddei, Renzo. Universidad Federal de San Pablo; Brasil.
Fil: Hidalgo, Cecilia. Universidad de Buenos Aires; Argentina.
Este artículo intenta problematizar la aceptación tácita por parte de las ciencias sociales en general –y de las prácticas etnográficas en particular– de cierta realidad a la que denominaremos ortodoxia ontológica u ontodoxia. El argumento es el siguiente: la filosofía de la ciencia del siglo xx sacó a la física de la posición de ser la cota de referencia invisible a la hora de juzgar la validez ontológica de todas las preguntas epistemológicas, fueran científicas o no. Dos de las implicaciones lógicas y metodológicas de este hecho –y seguramente las más relevantes para las humanidades y las ciencias sociales– son que cualquier investigación sobre el mundo o sobre un mundo no debería: 1) dar por sentadas las cualidades físicas del mundo (este mundo), ni 2) reducir las dimensiones ontológicas de tal mundo a sus aspectos físicos conocidos. Estas aseveraciones plantean a la etnografía desafíos metodológicos que hasta ahora no han sido analizados. Proponemos pensar en una “Antropología posnormal”, en el sentido que a este último término le atribuyeran Silvio Funtowicz y Jerome Ravetz (1991, 1993) a la hora de enfrentar situaciones en las que el encuentro etnográfico se da en contextos de verdadero choque ontológico y donde los marcos conceptuales que estructuran la perspectiva del etnógrafo no pueden permanecer sin alteraciones.
This paper intends to problematize the tacit acceptance of certain physical reality(ies) –what we will call ontological orthodoxy, or ontodoxy– by social sciences in general, and by the ethnographic practices in particular. The argument runs as follows: 20th century philosophy of science removed physics from the position of invisible benchmark for ontological validity of all epistemological inquiries, scientific or not; two of the logical and methodological implications of this fact –and certainly the ones that are most relevant for the humanities and the social sciences– are that any inquiry into the (or a) world should not: 1) take the physical qualities of the (this) world for granted, and 2) reduce the ontological dimensions of such world to its known physical aspects. These assertions pose methodological challenges to ethnography that have not been addressed so far. We claim that a post-normal anthropology, in the sense given to post-normal by Silvio Funtowicz and Jerome Ravetz (1991, 1993) allows to refer and to conceptualize situations in which the ethnographic encounter takes place in contexts of real ontological clash, and where the conceptual frameworks that structure the perspective of the ethnographer cannot remain unchanged.
Este artigo procura problematizar a aceitação tácita de certa(s) realidade(s) física(s) –o que chamaremos de ortodoxia ontológica, ou ontodoxia– pelas ciências sociais em geral, e pela prática etnográfica em particular. O argumento pode ser resumido da seguinte forma: a filosofia da ciência do século XX removeu a física da posição de padrão de referência invisível para a validação ontológica de toda e qualquer indagação epistemológica, científica ou não; duas das implicações lógicas e metodológicas deste fato –e certamente as mais relevantes para as humanidades e as ciências sociais– são o fato de que uma indagação sobre o (ou em um) mundo não deve: 1) assumir as qualidades físicas deste mundo como dadas, e 2) reduzir as dimensões ontológicas do mesmo aos seus aspectos físicos conhecidos. Tais asserções colocam desafios metodológicos à etnografia que ainda não foram tratados devidamente. Afirmamos que uma antropologia pós-normal, no sentido dado à expressão por Silvio Funtowicz e Jerome Ravetz (1991, 1993), permite a referencia e conceituação de situações nas quais o encontro etnográfico ocorre em contextos de choque ontológico real, e onde o marco conceitual que estrutura a perspectiva do etnógrafo não é capaz de permanecer inalterado.
Fuente
1850-275x
0327-3776
Cuadernos de antropología social 43 (2016)
Materia
ANTROPOLOGIA POSNORMAL
CIENCIA POSNORMAL
CONOCIMIENTO CLIMATICO
ENCUENTRO ETNOGRAFICO
Nivel de accesibilidad
acceso abierto
Condiciones de uso
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
Repositorio
Filo Digital (UBA-FFyL)
Institución
Universidad de Buenos Aires. Facultad de Filosofía y Letras
OAI Identificador
oai:repositorio.filo.uba.ar:filodigital/3049

id Filo_a3d44d66ad10311573b9c19653b297c1
oai_identifier_str oai:repositorio.filo.uba.ar:filodigital/3049
network_acronym_str Filo
repository_id_str 4445
network_name_str Filo Digital (UBA-FFyL)
spelling Antropología posnormalPost-normal anthropologyAntropologia pós-normalTaddei, RenzoHidalgo, CeciliaANTROPOLOGIA POSNORMALCIENCIA POSNORMALCONOCIMIENTO CLIMATICOENCUENTRO ETNOGRAFICOFil: Taddei, Renzo. Universidad Federal de San Pablo; Brasil.Fil: Hidalgo, Cecilia. Universidad de Buenos Aires; Argentina.Este artículo intenta problematizar la aceptación tácita por parte de las ciencias sociales en general –y de las prácticas etnográficas en particular– de cierta realidad a la que denominaremos ortodoxia ontológica u ontodoxia. El argumento es el siguiente: la filosofía de la ciencia del siglo xx sacó a la física de la posición de ser la cota de referencia invisible a la hora de juzgar la validez ontológica de todas las preguntas epistemológicas, fueran científicas o no. Dos de las implicaciones lógicas y metodológicas de este hecho –y seguramente las más relevantes para las humanidades y las ciencias sociales– son que cualquier investigación sobre el mundo o sobre un mundo no debería: 1) dar por sentadas las cualidades físicas del mundo (este mundo), ni 2) reducir las dimensiones ontológicas de tal mundo a sus aspectos físicos conocidos. Estas aseveraciones plantean a la etnografía desafíos metodológicos que hasta ahora no han sido analizados. Proponemos pensar en una “Antropología posnormal”, en el sentido que a este último término le atribuyeran Silvio Funtowicz y Jerome Ravetz (1991, 1993) a la hora de enfrentar situaciones en las que el encuentro etnográfico se da en contextos de verdadero choque ontológico y donde los marcos conceptuales que estructuran la perspectiva del etnógrafo no pueden permanecer sin alteraciones.This paper intends to problematize the tacit acceptance of certain physical reality(ies) –what we will call ontological orthodoxy, or ontodoxy– by social sciences in general, and by the ethnographic practices in particular. The argument runs as follows: 20th century philosophy of science removed physics from the position of invisible benchmark for ontological validity of all epistemological inquiries, scientific or not; two of the logical and methodological implications of this fact –and certainly the ones that are most relevant for the humanities and the social sciences– are that any inquiry into the (or a) world should not: 1) take the physical qualities of the (this) world for granted, and 2) reduce the ontological dimensions of such world to its known physical aspects. These assertions pose methodological challenges to ethnography that have not been addressed so far. We claim that a post-normal anthropology, in the sense given to post-normal by Silvio Funtowicz and Jerome Ravetz (1991, 1993) allows to refer and to conceptualize situations in which the ethnographic encounter takes place in contexts of real ontological clash, and where the conceptual frameworks that structure the perspective of the ethnographer cannot remain unchanged.Este artigo procura problematizar a aceitação tácita de certa(s) realidade(s) física(s) –o que chamaremos de ortodoxia ontológica, ou ontodoxia– pelas ciências sociais em geral, e pela prática etnográfica em particular. O argumento pode ser resumido da seguinte forma: a filosofia da ciência do século XX removeu a física da posição de padrão de referência invisível para a validação ontológica de toda e qualquer indagação epistemológica, científica ou não; duas das implicações lógicas e metodológicas deste fato –e certamente as mais relevantes para as humanidades e as ciências sociais– são o fato de que uma indagação sobre o (ou em um) mundo não deve: 1) assumir as qualidades físicas deste mundo como dadas, e 2) reduzir as dimensões ontológicas do mesmo aos seus aspectos físicos conhecidos. Tais asserções colocam desafios metodológicos à etnografia que ainda não foram tratados devidamente. Afirmamos que uma antropologia pós-normal, no sentido dado à expressão por Silvio Funtowicz e Jerome Ravetz (1991, 1993), permite a referencia e conceituação de situações nas quais o encontro etnográfico ocorre em contextos de choque ontológico real, e onde o marco conceitual que estrutura a perspectiva do etnógrafo não é capaz de permanecer inalterado.Universidad de Buenos Aires. Facultad de Filosofía y Letras. Instituto de Ciencias Antropológicas2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttp://purl.org/coar/resource_type/c_6501info:ar-repo/semantics/articuloapplication/pdf21-32http://revistascientificas.filo.uba.ar/index.php/CAS/article/view/2994Taddei, R. y Hidalgo, C. (2016). Antropología posnormal. Cuadernos de antropología social, 43, 21-32. http://repositorio.filo.uba.ar/handle/filodigital/3049http://repositorio.filo.uba.ar/handle/filodigital/30491850-275x0327-3776Cuadernos de antropología social 43 (2016)reponame:Filo Digital (UBA-FFyL)instname:Universidad de Buenos Aires. Facultad de Filosofía y Letrasesspahttp://revistascientificas.filo.uba.ar/index.php/CAS/article/view/2994/2635https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/info:eu-repo/semantics/openAccess2025-09-29T13:47:03Zoai:repositorio.filo.uba.ar:filodigital/3049instacron:UBA-FFyLInstitucionalhttp://repositorio.filo.uba.ar/xmlui/Universidad públicaNo correspondehttp://repositorio.filo.uba.ar/oai/requestsubsecbibliotecas@filo.uba.arArgentinaNo correspondeNo correspondeNo correspondeopendoar:44452025-09-29 13:47:04.154Filo Digital (UBA-FFyL) - Universidad de Buenos Aires. Facultad de Filosofía y Letrasfalse
dc.title.none.fl_str_mv Antropología posnormal
Post-normal anthropology
Antropologia pós-normal
title Antropología posnormal
spellingShingle Antropología posnormal
Taddei, Renzo
ANTROPOLOGIA POSNORMAL
CIENCIA POSNORMAL
CONOCIMIENTO CLIMATICO
ENCUENTRO ETNOGRAFICO
title_short Antropología posnormal
title_full Antropología posnormal
title_fullStr Antropología posnormal
title_full_unstemmed Antropología posnormal
title_sort Antropología posnormal
dc.creator.none.fl_str_mv Taddei, Renzo
Hidalgo, Cecilia
author Taddei, Renzo
author_facet Taddei, Renzo
Hidalgo, Cecilia
author_role author
author2 Hidalgo, Cecilia
author2_role author
dc.subject.none.fl_str_mv ANTROPOLOGIA POSNORMAL
CIENCIA POSNORMAL
CONOCIMIENTO CLIMATICO
ENCUENTRO ETNOGRAFICO
topic ANTROPOLOGIA POSNORMAL
CIENCIA POSNORMAL
CONOCIMIENTO CLIMATICO
ENCUENTRO ETNOGRAFICO
dc.description.none.fl_txt_mv Fil: Taddei, Renzo. Universidad Federal de San Pablo; Brasil.
Fil: Hidalgo, Cecilia. Universidad de Buenos Aires; Argentina.
Este artículo intenta problematizar la aceptación tácita por parte de las ciencias sociales en general –y de las prácticas etnográficas en particular– de cierta realidad a la que denominaremos ortodoxia ontológica u ontodoxia. El argumento es el siguiente: la filosofía de la ciencia del siglo xx sacó a la física de la posición de ser la cota de referencia invisible a la hora de juzgar la validez ontológica de todas las preguntas epistemológicas, fueran científicas o no. Dos de las implicaciones lógicas y metodológicas de este hecho –y seguramente las más relevantes para las humanidades y las ciencias sociales– son que cualquier investigación sobre el mundo o sobre un mundo no debería: 1) dar por sentadas las cualidades físicas del mundo (este mundo), ni 2) reducir las dimensiones ontológicas de tal mundo a sus aspectos físicos conocidos. Estas aseveraciones plantean a la etnografía desafíos metodológicos que hasta ahora no han sido analizados. Proponemos pensar en una “Antropología posnormal”, en el sentido que a este último término le atribuyeran Silvio Funtowicz y Jerome Ravetz (1991, 1993) a la hora de enfrentar situaciones en las que el encuentro etnográfico se da en contextos de verdadero choque ontológico y donde los marcos conceptuales que estructuran la perspectiva del etnógrafo no pueden permanecer sin alteraciones.
This paper intends to problematize the tacit acceptance of certain physical reality(ies) –what we will call ontological orthodoxy, or ontodoxy– by social sciences in general, and by the ethnographic practices in particular. The argument runs as follows: 20th century philosophy of science removed physics from the position of invisible benchmark for ontological validity of all epistemological inquiries, scientific or not; two of the logical and methodological implications of this fact –and certainly the ones that are most relevant for the humanities and the social sciences– are that any inquiry into the (or a) world should not: 1) take the physical qualities of the (this) world for granted, and 2) reduce the ontological dimensions of such world to its known physical aspects. These assertions pose methodological challenges to ethnography that have not been addressed so far. We claim that a post-normal anthropology, in the sense given to post-normal by Silvio Funtowicz and Jerome Ravetz (1991, 1993) allows to refer and to conceptualize situations in which the ethnographic encounter takes place in contexts of real ontological clash, and where the conceptual frameworks that structure the perspective of the ethnographer cannot remain unchanged.
Este artigo procura problematizar a aceitação tácita de certa(s) realidade(s) física(s) –o que chamaremos de ortodoxia ontológica, ou ontodoxia– pelas ciências sociais em geral, e pela prática etnográfica em particular. O argumento pode ser resumido da seguinte forma: a filosofia da ciência do século XX removeu a física da posição de padrão de referência invisível para a validação ontológica de toda e qualquer indagação epistemológica, científica ou não; duas das implicações lógicas e metodológicas deste fato –e certamente as mais relevantes para as humanidades e as ciências sociais– são o fato de que uma indagação sobre o (ou em um) mundo não deve: 1) assumir as qualidades físicas deste mundo como dadas, e 2) reduzir as dimensões ontológicas do mesmo aos seus aspectos físicos conhecidos. Tais asserções colocam desafios metodológicos à etnografia que ainda não foram tratados devidamente. Afirmamos que uma antropologia pós-normal, no sentido dado à expressão por Silvio Funtowicz e Jerome Ravetz (1991, 1993), permite a referencia e conceituação de situações nas quais o encontro etnográfico ocorre em contextos de choque ontológico real, e onde o marco conceitual que estrutura a perspectiva do etnógrafo não é capaz de permanecer inalterado.
description Fil: Taddei, Renzo. Universidad Federal de San Pablo; Brasil.
publishDate 2016
dc.date.none.fl_str_mv 2016
dc.type.none.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
info:eu-repo/semantics/article
http://purl.org/coar/resource_type/c_6501
info:ar-repo/semantics/articulo
status_str publishedVersion
format article
dc.identifier.none.fl_str_mv http://revistascientificas.filo.uba.ar/index.php/CAS/article/view/2994
Taddei, R. y Hidalgo, C. (2016). Antropología posnormal. Cuadernos de antropología social, 43, 21-32. http://repositorio.filo.uba.ar/handle/filodigital/3049
http://repositorio.filo.uba.ar/handle/filodigital/3049
url http://revistascientificas.filo.uba.ar/index.php/CAS/article/view/2994
http://repositorio.filo.uba.ar/handle/filodigital/3049
identifier_str_mv Taddei, R. y Hidalgo, C. (2016). Antropología posnormal. Cuadernos de antropología social, 43, 21-32. http://repositorio.filo.uba.ar/handle/filodigital/3049
dc.language.none.fl_str_mv es
spa
language_invalid_str_mv es
language spa
dc.relation.none.fl_str_mv http://revistascientificas.filo.uba.ar/index.php/CAS/article/view/2994/2635
dc.rights.none.fl_str_mv https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
21-32
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidad de Buenos Aires. Facultad de Filosofía y Letras. Instituto de Ciencias Antropológicas
publisher.none.fl_str_mv Universidad de Buenos Aires. Facultad de Filosofía y Letras. Instituto de Ciencias Antropológicas
dc.source.none.fl_str_mv 1850-275x
0327-3776
Cuadernos de antropología social 43 (2016)
reponame:Filo Digital (UBA-FFyL)
instname:Universidad de Buenos Aires. Facultad de Filosofía y Letras
reponame_str Filo Digital (UBA-FFyL)
collection Filo Digital (UBA-FFyL)
instname_str Universidad de Buenos Aires. Facultad de Filosofía y Letras
repository.name.fl_str_mv Filo Digital (UBA-FFyL) - Universidad de Buenos Aires. Facultad de Filosofía y Letras
repository.mail.fl_str_mv subsecbibliotecas@filo.uba.ar
_version_ 1844619289538068480
score 12.559606