Florações de dinoflagelados durante Cretáceo - Eoceno da sub-bacia James Ross, Antarctica

Autores
de Araujo Carvalho, Marcelo; Rodriguez Amenabar, Cecilia; Costa, Heloisa; Abbate, Vivian; Santiago, Gustavo
Año de publicación
2022
Idioma
español castellano
Tipo de recurso
documento de conferencia
Estado
versión publicada
Descripción
Estudos anteriores mostram que registros de florações dinoflagelados fósseis são relativamente bem conhecidos. Esse fenômeno natural de proliferação de algas, normalmente ocorre devido a mudanças ambientais ou climáticas abruptas, onde a floração ocorre de maneira monoespecífica ou com poucas espécies. Na Antártica foram reconhecidos alguns eventos de floração de dinoflagelados, especialmente durante o Cretáceo, mas também em alguns estratos cenozoicos. Nesse estudo, ainda preliminar, são caracterizados 5 eventos de floração de dinoflagelados, sendo 3 reconhecidas no material coletado na Sub-bacia James Ross, Península Antártica (Cretáceo e Eoceno) e 2 eventos obtidos da literatura; um do latest Maastrichtian, e um do latest Maastrichtian/Danian (limite K/T). Em uma seção da Formação Santa Marta (Santoniano inferior) foi registrado uma floração da espécie Odontochitina porifera. O acme de abundância alcança 80% da associação marinha (92 cistos em total). A floração coincide com os menores valores de elementos terrígenos (esporos, grãos de pólen e fitoclastos) indicando um ambiente marinho distante de fontes terrígenas. Na formaçõ Snow Hill Island (Campaniano superior - Maastricthiano inferior), um pico de abundância de Impletosphaeridium clavus (73% e 31% da associação marinha, respectivamente) foi identificado, que foi produzido em resposta a um pulso frio durante o Cretáceo, mas não implica necessariamente o desenvolvimento de cobertura de gelo marinho. No entanto, o acme da Impletosphaeridium clavus (99% do conjunto marinho) no final do Cretáceo (latest Maastrichtian) de uma seção da Formação López de Bertodano foi informado em lá literatura. Em esta misma seccion o acme registrado representa várias espécies do gênero Manumiella (68% dos cistos). O gênero é relacionado a ambiente costeiro e plataforma interna pode indicar regressões de curto prazo e/ou resfriamento oceânico antes do limite K/Pg. Finalmente, um acme de ambos táxones poderia ser uma combinação de águas frias e um mar ambiente com águas superficiais ricas em nutrientes que teria favorecido o aumento das gêneros. No início do Paleoceno (Daniano), a literatura mostra que a Formação Sobral revela um aumento da espécie Senegalinium obscurum (23% dos cistos) perto da base de uma unidade rica em glauconagem, que ajuda a identificar a limite de K/Pg na Ilha Seymour. Ademais, em esta mesma formação foi registrada Palaeoperidinium pyrophorum, em intervalos que ocorrem em grandes números (........). Enfim, na Formação La Meseta (Eoceno médio a tardio), nos alomembros Valle de las Focas e Acantilados I ou Telm 1), o acme é atribuído à espécie do dinoflagelado ou acritarch Enigmadinium cylindrifloriferum, que atinge mais de 90% das amostras analisadas (média de ~150 cistos). Trabalhos anteriores associam a alta abundância da espécie ao ambiente marinho raso e estressante possivelmente em uma parte externa do estuário, dominada por ondas, dada a forte influência marinha. É evidente que as causas das florações são variadas, mas que elas se repetem consistentemente em todo o Mesozóico e Cenozóico da Antárctica. Estas ocorrem principalmente com cistos peridinoides (Manumiella, Senegalinium, Palaeoperidinium) e, em menor medida, com cistos gonyaulacoides (Odontochitina porifera, Impletosphaeridum e possivelmente Enigmadinium). Essas flores de cisto peridinoides marcam bioventos, alguns dos quais são reconhecidos mundialmente (e.g. Manumiella spike).
Fil: de Araujo Carvalho, Marcelo. Universidade Federal Do Rio de Janeiro. Museu Nacional; Brasil
Fil: Rodriguez Amenabar, Cecilia. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas. Oficina de Coordinación Administrativa Ciudad Universitaria. Instituto de Estudios Andinos "Don Pablo Groeber". Universidad de Buenos Aires. Facultad de Ciencias Exactas y Naturales. Instituto de Estudios Andinos "Don Pablo Groeber"; Argentina. Ministerio de Relaciones Exteriores, Comercio Interno y Culto. Dirección Nacional del Antártico. Instituto Antártico Argentino; Argentina. Universidad de Buenos Aires. Facultad de Ciencias Exactas y Naturales. Departamento de Geología. Cátedra de Paleontología; Argentina
Fil: Costa, Heloisa. Universidade Federal Do Rio de Janeiro. Museu Nacional; Brasil
Fil: Abbate, Vivian. Universidade Federal Do Rio de Janeiro. Museu Nacional; Brasil
Fil: Santiago, Gustavo. Universidade Federal Do Rio de Janeiro. Museu Nacional; Brasil
XXVII Congresso Brasileiro de Paleontologia
Cuiabá
Brasil
Sociedade Brasileira de Paleontologia
Materia
DINOFLAGELADOS
FLORACIONES
PALEOAMBIENTE
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Nivel de accesibilidad
acceso abierto
Condiciones de uso
https://creativecommons.org/licenses/by/2.5/ar/
Repositorio
CONICET Digital (CONICET)
Institución
Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas
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Nesse estudo, ainda preliminar, são caracterizados 5 eventos de floração de dinoflagelados, sendo 3 reconhecidas no material coletado na Sub-bacia James Ross, Península Antártica (Cretáceo e Eoceno) e 2 eventos obtidos da literatura; um do latest Maastrichtian, e um do latest Maastrichtian/Danian (limite K/T). Em uma seção da Formação Santa Marta (Santoniano inferior) foi registrado uma floração da espécie Odontochitina porifera. O acme de abundância alcança 80% da associação marinha (92 cistos em total). A floração coincide com os menores valores de elementos terrígenos (esporos, grãos de pólen e fitoclastos) indicando um ambiente marinho distante de fontes terrígenas. Na formaçõ Snow Hill Island (Campaniano superior - Maastricthiano inferior), um pico de abundância de Impletosphaeridium clavus (73% e 31% da associação marinha, respectivamente) foi identificado, que foi produzido em resposta a um pulso frio durante o Cretáceo, mas não implica necessariamente o desenvolvimento de cobertura de gelo marinho. No entanto, o acme da Impletosphaeridium clavus (99% do conjunto marinho) no final do Cretáceo (latest Maastrichtian) de uma seção da Formação López de Bertodano foi informado em lá literatura. Em esta misma seccion o acme registrado representa várias espécies do gênero Manumiella (68% dos cistos). O gênero é relacionado a ambiente costeiro e plataforma interna pode indicar regressões de curto prazo e/ou resfriamento oceânico antes do limite K/Pg. Finalmente, um acme de ambos táxones poderia ser uma combinação de águas frias e um mar ambiente com águas superficiais ricas em nutrientes que teria favorecido o aumento das gêneros. No início do Paleoceno (Daniano), a literatura mostra que a Formação Sobral revela um aumento da espécie Senegalinium obscurum (23% dos cistos) perto da base de uma unidade rica em glauconagem, que ajuda a identificar a limite de K/Pg na Ilha Seymour. Ademais, em esta mesma formação foi registrada Palaeoperidinium pyrophorum, em intervalos que ocorrem em grandes números (........). Enfim, na Formação La Meseta (Eoceno médio a tardio), nos alomembros Valle de las Focas e Acantilados I ou Telm 1), o acme é atribuído à espécie do dinoflagelado ou acritarch Enigmadinium cylindrifloriferum, que atinge mais de 90% das amostras analisadas (média de ~150 cistos). Trabalhos anteriores associam a alta abundância da espécie ao ambiente marinho raso e estressante possivelmente em uma parte externa do estuário, dominada por ondas, dada a forte influência marinha. É evidente que as causas das florações são variadas, mas que elas se repetem consistentemente em todo o Mesozóico e Cenozóico da Antárctica. Estas ocorrem principalmente com cistos peridinoides (Manumiella, Senegalinium, Palaeoperidinium) e, em menor medida, com cistos gonyaulacoides (Odontochitina porifera, Impletosphaeridum e possivelmente Enigmadinium). Essas flores de cisto peridinoides marcam bioventos, alguns dos quais são reconhecidos mundialmente (e.g. Manumiella spike).Fil: de Araujo Carvalho, Marcelo. Universidade Federal Do Rio de Janeiro. Museu Nacional; BrasilFil: Rodriguez Amenabar, Cecilia. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas. Oficina de Coordinación Administrativa Ciudad Universitaria. Instituto de Estudios Andinos "Don Pablo Groeber". Universidad de Buenos Aires. Facultad de Ciencias Exactas y Naturales. Instituto de Estudios Andinos "Don Pablo Groeber"; Argentina. Ministerio de Relaciones Exteriores, Comercio Interno y Culto. Dirección Nacional del Antártico. Instituto Antártico Argentino; Argentina. Universidad de Buenos Aires. Facultad de Ciencias Exactas y Naturales. Departamento de Geología. Cátedra de Paleontología; ArgentinaFil: Costa, Heloisa. Universidade Federal Do Rio de Janeiro. Museu Nacional; BrasilFil: Abbate, Vivian. Universidade Federal Do Rio de Janeiro. Museu Nacional; BrasilFil: Santiago, Gustavo. Universidade Federal Do Rio de Janeiro. 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Fil: de Araujo Carvalho, Marcelo. Universidade Federal Do Rio de Janeiro. Museu Nacional; Brasil
Fil: Rodriguez Amenabar, Cecilia. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas. Oficina de Coordinación Administrativa Ciudad Universitaria. Instituto de Estudios Andinos "Don Pablo Groeber". Universidad de Buenos Aires. Facultad de Ciencias Exactas y Naturales. Instituto de Estudios Andinos "Don Pablo Groeber"; Argentina. Ministerio de Relaciones Exteriores, Comercio Interno y Culto. Dirección Nacional del Antártico. Instituto Antártico Argentino; Argentina. Universidad de Buenos Aires. Facultad de Ciencias Exactas y Naturales. Departamento de Geología. Cátedra de Paleontología; Argentina
Fil: Costa, Heloisa. Universidade Federal Do Rio de Janeiro. Museu Nacional; Brasil
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