A Fundação Renova como forma corporativa: Estratégias empresariais e arranjos institucionais no desastre da Samarco/Vale/BHP Billiton no rio Doce, Mariana (MG)

Autores
Melendi, Lucila Paula; Martins Lopo, Rafael
Año de publicación
2021
Idioma
portugués
Tipo de recurso
artículo
Estado
versión publicada
Descripción
O dia 5 de novembro marcou a vida de comunidades inteiras. O rompimento da barragem de Fundão, operada pela Samarco, uma joint-ventureentre Vale e BHP Billiton, causou mortes e danos ao longo dos mais de 600 km percorridos pelo mar de lama no curso do leito do rio Doce, de Mariana ao litoral do Espírito Santo. Para gerenciar a crise e lidar com o processo de reparação as empresas responsáveis pelo desastre, em parceria com alguns órgãos do Estado brasileiro, criaram uma figura aparentemente inédita sob a lógica de uma fundação corporativa, chamada de Fundação Renova. O tratamento institucional dado ao desastre reestruturou relações de poder entre órgãos públicos, judiciário, e entidades da socie-dade civil e movimentos sociais. A partir de observações etnográficas e análise de documentos que ver-sam sobre os acordos e arranjos institucionais vinculados à fundação, neste artigo nos perguntamos so-bre a dita autonomia desta, analisando sua posição no sistema de governança do desastre, assim como elementos de sua criação, estrutura interna e trajetória de alguns de seus conselheiros e diretores. Qual o nível de envolvimento da Renova com as empresas? Como ela se apresenta diante do debate acerca dos processos reparatórios? O que ela pode nos dizer sobre as estratégias corporativas envolvendo con-flitos neoextrativistas? Como as populações atingidas lidam com a Fundação nas arenas de discussão? Através de algumas respostas a essas perguntas, sugerimos aqui que a Fundação Renova pode ser considerada como uma forma corporativa que oferece versatilidade às intervenções das mineradoras para gerenciar a crise.
November 5th marked the life of entire communities. The failure of the Fundão dam, operated by Samarco, a joint venture between Vale and BHP Billiton, caused deaths and damages along the 600 km traversed by the sea of mud in the course of the Doce river basin, from Mariana to the coast of Espírito Santo. To manage the crisis and deal with the repair process, the companies responsible for the disaster, in partnership with some agencies of the Brazilian State, created an apparently unprecedented figure under the logic of a corporate foundation presented as autonomous, called the Renova Foundation. The institutional treatment given to the disaster restructured power relations between public agencies, the judiciary, and civil society entities and social movements. Based on ethnographic observations and analysis of documents dealing with institutional agreements linked to the foundation, in this article we ask ourselves about its said autonomy, analyzing its position in the disaster governance system, as well as elements of its creation, internal structure and trajectory of some of its directors. What is Renova's level of involvement with companies? How does it present itself in the face of the debate about reparatory processes? What can it tell us about corporate strategies involving neoextractive conflicts? How do affected populations deal with the Foundation in the discussion arenas? Through some answers to these questions, we suggest here that the Renova Foundation can be considered a corporate form that offers versatility to the interventions of mining companies to manage the crisis.
Fil: Melendi, Lucila Paula. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas. Oficina de Coordinación Administrativa Saavedra 15. Centro de Estudios Urbanos y Regionales; Argentina
Fil: Martins Lopo, Rafael. Associação Estadual de Defesa Ambiental E Social / Mg; Brasil
Materia
NEOEXTRATIVISMO
GOVERNANÇA
DESASTRE DE SAMARCO
FUNDAÇÃO RENOVA
Nivel de accesibilidad
acceso abierto
Condiciones de uso
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/ar/
Repositorio
CONICET Digital (CONICET)
Institución
Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas
OAI Identificador
oai:ri.conicet.gov.ar:11336/170577

id CONICETDig_672cbabc75b03f3ec4b8f8ba516d2868
oai_identifier_str oai:ri.conicet.gov.ar:11336/170577
network_acronym_str CONICETDig
repository_id_str 3498
network_name_str CONICET Digital (CONICET)
spelling A Fundação Renova como forma corporativa: Estratégias empresariais e arranjos institucionais no desastre da Samarco/Vale/BHP Billiton no rio Doce, Mariana (MG)The Renova Foundation as a corporate form: Corporate strategies and institutional arrangements for the Samarco / Vale / BHP Billiton disaster on the Rio Doce, Mariana (MG)Melendi, Lucila PaulaMartins Lopo, RafaelNEOEXTRATIVISMOGOVERNANÇADESASTRE DE SAMARCOFUNDAÇÃO RENOVAhttps://purl.org/becyt/ford/5.9https://purl.org/becyt/ford/5O dia 5 de novembro marcou a vida de comunidades inteiras. O rompimento da barragem de Fundão, operada pela Samarco, uma joint-ventureentre Vale e BHP Billiton, causou mortes e danos ao longo dos mais de 600 km percorridos pelo mar de lama no curso do leito do rio Doce, de Mariana ao litoral do Espírito Santo. Para gerenciar a crise e lidar com o processo de reparação as empresas responsáveis pelo desastre, em parceria com alguns órgãos do Estado brasileiro, criaram uma figura aparentemente inédita sob a lógica de uma fundação corporativa, chamada de Fundação Renova. O tratamento institucional dado ao desastre reestruturou relações de poder entre órgãos públicos, judiciário, e entidades da socie-dade civil e movimentos sociais. A partir de observações etnográficas e análise de documentos que ver-sam sobre os acordos e arranjos institucionais vinculados à fundação, neste artigo nos perguntamos so-bre a dita autonomia desta, analisando sua posição no sistema de governança do desastre, assim como elementos de sua criação, estrutura interna e trajetória de alguns de seus conselheiros e diretores. Qual o nível de envolvimento da Renova com as empresas? Como ela se apresenta diante do debate acerca dos processos reparatórios? O que ela pode nos dizer sobre as estratégias corporativas envolvendo con-flitos neoextrativistas? Como as populações atingidas lidam com a Fundação nas arenas de discussão? Através de algumas respostas a essas perguntas, sugerimos aqui que a Fundação Renova pode ser considerada como uma forma corporativa que oferece versatilidade às intervenções das mineradoras para gerenciar a crise.November 5th marked the life of entire communities. The failure of the Fundão dam, operated by Samarco, a joint venture between Vale and BHP Billiton, caused deaths and damages along the 600 km traversed by the sea of mud in the course of the Doce river basin, from Mariana to the coast of Espírito Santo. To manage the crisis and deal with the repair process, the companies responsible for the disaster, in partnership with some agencies of the Brazilian State, created an apparently unprecedented figure under the logic of a corporate foundation presented as autonomous, called the Renova Foundation. The institutional treatment given to the disaster restructured power relations between public agencies, the judiciary, and civil society entities and social movements. Based on ethnographic observations and analysis of documents dealing with institutional agreements linked to the foundation, in this article we ask ourselves about its said autonomy, analyzing its position in the disaster governance system, as well as elements of its creation, internal structure and trajectory of some of its directors. What is Renova's level of involvement with companies? How does it present itself in the face of the debate about reparatory processes? What can it tell us about corporate strategies involving neoextractive conflicts? How do affected populations deal with the Foundation in the discussion arenas? Through some answers to these questions, we suggest here that the Renova Foundation can be considered a corporate form that offers versatility to the interventions of mining companies to manage the crisis.Fil: Melendi, Lucila Paula. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas. Oficina de Coordinación Administrativa Saavedra 15. Centro de Estudios Urbanos y Regionales; ArgentinaFil: Martins Lopo, Rafael. Associação Estadual de Defesa Ambiental E Social / Mg; BrasilUniversidade Estadual do Oeste do Paraná2021-12info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionhttp://purl.org/coar/resource_type/c_6501info:ar-repo/semantics/articuloapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11336/170577Melendi, Lucila Paula; Martins Lopo, Rafael; A Fundação Renova como forma corporativa: Estratégias empresariais e arranjos institucionais no desastre da Samarco/Vale/BHP Billiton no rio Doce, Mariana (MG); Universidade Estadual do Oeste do Paraná; Ambientes; 3; 2; 12-2021; 206-2502674-6816CONICET DigitalCONICETporinfo:eu-repo/semantics/altIdentifier/url/https://e-revista.unioeste.br/index.php/ambientes/article/view/28438info:eu-repo/semantics/altIdentifier/doi/10.48075/amb.v3i2.28438info:eu-repo/semantics/openAccesshttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/ar/reponame:CONICET Digital (CONICET)instname:Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas2025-09-29T10:23:35Zoai:ri.conicet.gov.ar:11336/170577instacron:CONICETInstitucionalhttp://ri.conicet.gov.ar/Organismo científico-tecnológicoNo correspondehttp://ri.conicet.gov.ar/oai/requestdasensio@conicet.gov.ar; lcarlino@conicet.gov.arArgentinaNo correspondeNo correspondeNo correspondeopendoar:34982025-09-29 10:23:36.091CONICET Digital (CONICET) - Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicasfalse
dc.title.none.fl_str_mv A Fundação Renova como forma corporativa: Estratégias empresariais e arranjos institucionais no desastre da Samarco/Vale/BHP Billiton no rio Doce, Mariana (MG)
The Renova Foundation as a corporate form: Corporate strategies and institutional arrangements for the Samarco / Vale / BHP Billiton disaster on the Rio Doce, Mariana (MG)
title A Fundação Renova como forma corporativa: Estratégias empresariais e arranjos institucionais no desastre da Samarco/Vale/BHP Billiton no rio Doce, Mariana (MG)
spellingShingle A Fundação Renova como forma corporativa: Estratégias empresariais e arranjos institucionais no desastre da Samarco/Vale/BHP Billiton no rio Doce, Mariana (MG)
Melendi, Lucila Paula
NEOEXTRATIVISMO
GOVERNANÇA
DESASTRE DE SAMARCO
FUNDAÇÃO RENOVA
title_short A Fundação Renova como forma corporativa: Estratégias empresariais e arranjos institucionais no desastre da Samarco/Vale/BHP Billiton no rio Doce, Mariana (MG)
title_full A Fundação Renova como forma corporativa: Estratégias empresariais e arranjos institucionais no desastre da Samarco/Vale/BHP Billiton no rio Doce, Mariana (MG)
title_fullStr A Fundação Renova como forma corporativa: Estratégias empresariais e arranjos institucionais no desastre da Samarco/Vale/BHP Billiton no rio Doce, Mariana (MG)
title_full_unstemmed A Fundação Renova como forma corporativa: Estratégias empresariais e arranjos institucionais no desastre da Samarco/Vale/BHP Billiton no rio Doce, Mariana (MG)
title_sort A Fundação Renova como forma corporativa: Estratégias empresariais e arranjos institucionais no desastre da Samarco/Vale/BHP Billiton no rio Doce, Mariana (MG)
dc.creator.none.fl_str_mv Melendi, Lucila Paula
Martins Lopo, Rafael
author Melendi, Lucila Paula
author_facet Melendi, Lucila Paula
Martins Lopo, Rafael
author_role author
author2 Martins Lopo, Rafael
author2_role author
dc.subject.none.fl_str_mv NEOEXTRATIVISMO
GOVERNANÇA
DESASTRE DE SAMARCO
FUNDAÇÃO RENOVA
topic NEOEXTRATIVISMO
GOVERNANÇA
DESASTRE DE SAMARCO
FUNDAÇÃO RENOVA
purl_subject.fl_str_mv https://purl.org/becyt/ford/5.9
https://purl.org/becyt/ford/5
dc.description.none.fl_txt_mv O dia 5 de novembro marcou a vida de comunidades inteiras. O rompimento da barragem de Fundão, operada pela Samarco, uma joint-ventureentre Vale e BHP Billiton, causou mortes e danos ao longo dos mais de 600 km percorridos pelo mar de lama no curso do leito do rio Doce, de Mariana ao litoral do Espírito Santo. Para gerenciar a crise e lidar com o processo de reparação as empresas responsáveis pelo desastre, em parceria com alguns órgãos do Estado brasileiro, criaram uma figura aparentemente inédita sob a lógica de uma fundação corporativa, chamada de Fundação Renova. O tratamento institucional dado ao desastre reestruturou relações de poder entre órgãos públicos, judiciário, e entidades da socie-dade civil e movimentos sociais. A partir de observações etnográficas e análise de documentos que ver-sam sobre os acordos e arranjos institucionais vinculados à fundação, neste artigo nos perguntamos so-bre a dita autonomia desta, analisando sua posição no sistema de governança do desastre, assim como elementos de sua criação, estrutura interna e trajetória de alguns de seus conselheiros e diretores. Qual o nível de envolvimento da Renova com as empresas? Como ela se apresenta diante do debate acerca dos processos reparatórios? O que ela pode nos dizer sobre as estratégias corporativas envolvendo con-flitos neoextrativistas? Como as populações atingidas lidam com a Fundação nas arenas de discussão? Através de algumas respostas a essas perguntas, sugerimos aqui que a Fundação Renova pode ser considerada como uma forma corporativa que oferece versatilidade às intervenções das mineradoras para gerenciar a crise.
November 5th marked the life of entire communities. The failure of the Fundão dam, operated by Samarco, a joint venture between Vale and BHP Billiton, caused deaths and damages along the 600 km traversed by the sea of mud in the course of the Doce river basin, from Mariana to the coast of Espírito Santo. To manage the crisis and deal with the repair process, the companies responsible for the disaster, in partnership with some agencies of the Brazilian State, created an apparently unprecedented figure under the logic of a corporate foundation presented as autonomous, called the Renova Foundation. The institutional treatment given to the disaster restructured power relations between public agencies, the judiciary, and civil society entities and social movements. Based on ethnographic observations and analysis of documents dealing with institutional agreements linked to the foundation, in this article we ask ourselves about its said autonomy, analyzing its position in the disaster governance system, as well as elements of its creation, internal structure and trajectory of some of its directors. What is Renova's level of involvement with companies? How does it present itself in the face of the debate about reparatory processes? What can it tell us about corporate strategies involving neoextractive conflicts? How do affected populations deal with the Foundation in the discussion arenas? Through some answers to these questions, we suggest here that the Renova Foundation can be considered a corporate form that offers versatility to the interventions of mining companies to manage the crisis.
Fil: Melendi, Lucila Paula. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas. Oficina de Coordinación Administrativa Saavedra 15. Centro de Estudios Urbanos y Regionales; Argentina
Fil: Martins Lopo, Rafael. Associação Estadual de Defesa Ambiental E Social / Mg; Brasil
description O dia 5 de novembro marcou a vida de comunidades inteiras. O rompimento da barragem de Fundão, operada pela Samarco, uma joint-ventureentre Vale e BHP Billiton, causou mortes e danos ao longo dos mais de 600 km percorridos pelo mar de lama no curso do leito do rio Doce, de Mariana ao litoral do Espírito Santo. Para gerenciar a crise e lidar com o processo de reparação as empresas responsáveis pelo desastre, em parceria com alguns órgãos do Estado brasileiro, criaram uma figura aparentemente inédita sob a lógica de uma fundação corporativa, chamada de Fundação Renova. O tratamento institucional dado ao desastre reestruturou relações de poder entre órgãos públicos, judiciário, e entidades da socie-dade civil e movimentos sociais. A partir de observações etnográficas e análise de documentos que ver-sam sobre os acordos e arranjos institucionais vinculados à fundação, neste artigo nos perguntamos so-bre a dita autonomia desta, analisando sua posição no sistema de governança do desastre, assim como elementos de sua criação, estrutura interna e trajetória de alguns de seus conselheiros e diretores. Qual o nível de envolvimento da Renova com as empresas? Como ela se apresenta diante do debate acerca dos processos reparatórios? O que ela pode nos dizer sobre as estratégias corporativas envolvendo con-flitos neoextrativistas? Como as populações atingidas lidam com a Fundação nas arenas de discussão? Através de algumas respostas a essas perguntas, sugerimos aqui que a Fundação Renova pode ser considerada como uma forma corporativa que oferece versatilidade às intervenções das mineradoras para gerenciar a crise.
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021-12
dc.type.none.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
http://purl.org/coar/resource_type/c_6501
info:ar-repo/semantics/articulo
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.none.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11336/170577
Melendi, Lucila Paula; Martins Lopo, Rafael; A Fundação Renova como forma corporativa: Estratégias empresariais e arranjos institucionais no desastre da Samarco/Vale/BHP Billiton no rio Doce, Mariana (MG); Universidade Estadual do Oeste do Paraná; Ambientes; 3; 2; 12-2021; 206-250
2674-6816
CONICET Digital
CONICET
url http://hdl.handle.net/11336/170577
identifier_str_mv Melendi, Lucila Paula; Martins Lopo, Rafael; A Fundação Renova como forma corporativa: Estratégias empresariais e arranjos institucionais no desastre da Samarco/Vale/BHP Billiton no rio Doce, Mariana (MG); Universidade Estadual do Oeste do Paraná; Ambientes; 3; 2; 12-2021; 206-250
2674-6816
CONICET Digital
CONICET
dc.language.none.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/altIdentifier/url/https://e-revista.unioeste.br/index.php/ambientes/article/view/28438
info:eu-repo/semantics/altIdentifier/doi/10.48075/amb.v3i2.28438
dc.rights.none.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/ar/
eu_rights_str_mv openAccess
rights_invalid_str_mv https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/ar/
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual do Oeste do Paraná
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual do Oeste do Paraná
dc.source.none.fl_str_mv reponame:CONICET Digital (CONICET)
instname:Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas
reponame_str CONICET Digital (CONICET)
collection CONICET Digital (CONICET)
instname_str Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas
repository.name.fl_str_mv CONICET Digital (CONICET) - Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas
repository.mail.fl_str_mv dasensio@conicet.gov.ar; lcarlino@conicet.gov.ar
_version_ 1844614231245193216
score 13.070432