Territorios en conflicto socioambiental y apuntes para la ciencia ciudadana: Reserva Laguna de Rocha y Vale das Ocupações

Autores
Caruso, Sergio Adrian; Souza Braganca, Luciana; Brandao Lopes, Marcela
Año de publicación
2024
Idioma
español castellano
Tipo de recurso
parte de libro
Estado
versión publicada
Descripción
Em tempos de neoliberalismo, o mercado se reposicionou como o principal ator que coordena o uso do solo e a produção de materialidades urbanas nas cidades latino-americanas. Sua ação sobre rios, córregos, lagoas e áreas inundáveis da bacia fez com que se configurassem em áreas de disputa. Esses locais, tradicionalmente ocupados por grupos de menor renda, passaram a ser valorizados por novos atores ligados ao capital privado (imobiliário, industrial etc.) condicionando as formas de uso desses lugares. Consequentemente, as transformações a que foram submetidos os cursos e corpos d’água metropolitanos impactaram na sua degradação ambiental e também habitualmente cercearam os modos e meios de vida de seus habitantes, expondo-os a maiores riscos. Assim, esses locais foram caracterizados pela produção de conflitos socioambientais. Locais estes, onde as comunidades sustentaram suas lutas com base em reivindicações que se referem plenamente aos impactos ambientais adversos de tais práticas, bem como aspectos relacionados ao direito à moradia e à cidade, entre outros. No artigo, dois territórios em conflito são tomados como referências empíricas: a Reserva Laguna de Rocha e o Vale das Ocupações do Barreiro. A primeira, a Reserva Laguna de Rocha, está localizada na bacia do rio Matanza-Riachuelo (Buenos Aires). Aqui, a expansão recente da cidade em direção à várzea, foi realizada pelos grupos mais marginalizados que vivem ao redor daquela lagoa e o capital logístico-industrial dada a possibilidade de acesso a terras urbanas a baixo custo devido a sua condição de inundação. A segunda, localizada no caso dos córregos Jatobá e Capão dos Porcos, na bacia do Ribeirão Arrudas (Belo Horizonte), também registrou tensões entre ocupação urbana de baixa renda e áreas de proteção ambiental. Nesse território também está presente a expação das indústrias do entorno sobre a área de proteção ambiental. Aqui foi desenvolvido o projeto Parques das Ocupações, que visa hibridizar as pautas das lutas ambientais e pelo direito à moradia como objetivo de reforço mútuo. A partir da troca de conhecimentos e experiências, pretende-se destacar pontos comuns e contrastantes entre os dois casos latino-americanos para apontar possibilidades de atuação com base na ciência cidadã que garantam: o direito à cidade das populações; e uma convivência negociada entre ela e os corpos d’água a partir de estratégias de construção de cidades conectadas com seus habitantes e seus rios urbanos.
En tiempo de neoliberalismo, el mercado se reposicionó como el principal actor que coordina los usos del suelo y la producción de materialidades urbanas en las ciudades latinoamericanas. Su accionar sobre ríos, arroyos, lagunas y áreas inundables circundantes condujo a que se configuren en ámbitos de disputa. Estos sitios que, tradicionalmente fueron ocupados por los grupos de más bajos recursos, comenzaron a ser valorizados por nuevos actores vinculados al capital privado mejores posicionados en términos socioeconómicos, en las relaciones de poder y en sus valoraciones respecto las formas de aprovechamiento de esos lugares. Consecuentemente, las transformaciones de la que fueron objeto los cursos y cuerpos de aguas metropolitanos repercutieron en su degradación ambiental y en los modos y medios de vida de sus habitantes. Así, estos sitios se caracterizaron por la producción de conflictos socioambientales. Las comunidades locales sostuvieron sus luchas basadas en reivindicaciones que integralmente remitieron a los impactos ambientales adversos de tales intervenciones así como a aspectos vinculados al derecho a la vivienda y a la ciudad entre otros. En el artículo se toman como referentes empíricos dos territorios en conflicto: la Reserva Laguna de Rocha y el Vale das Ocupações do Barreiro. El primero, se localiza en la cuenca río Matanza-Riachuelo (Buenos Aires). La reciente expansión de la ciudad sobre tierras inundables estuvo protagonizada por los grupos más marginalizados que habitan en torno a esa laguna y el capital logístico-industrial ante la posibilidad de acceder al suelo urbano a bajo costo dada su condición de anegabilidad. El segundo, ubicado en los arroyos do Jatobá y Copaõ dos Porcos en la cuenca Riberaõ Arrudas (Belo Horizonte) también se registraron tensiones entre la ocupación urbana de grupos de bajos recursos y áreas de protección ambiental. Aquí se inscribió el proyecto Parques das Ocupações abocado a hibridar las pautas de las luchas ambientales y de derecho a la vivienda como objetivo de refuerzo mutuo. A partir del intercambio de saberes y experiencias, se pretende resaltar puntos en común y de contraste entre los dos casos latinoamericanos para señalar posibilidades de acción basados en la ciencia ciudadana que garanticen: el derecho a la ciudad de las poblaciones; y una convivencia negociada entre ésta y los cuerpos de agua basada en estrategias de construcción de ciudades conectadas con sus habitantes y sus ríos urbanos.
In times of neoliberalism, which in Brazil was consolidated from 1990 with the Collor government and in Argentina began with the last civil-military dictatorship (1976-1983) and was strengthened during the Menem experience (1989-1999), the market was repositioned as the main actor that coordinates the use of land and the production of urban materials in Latin American cities. Its action on rivers, streams, lagoons and surrounding floodable areas led to them being configured into areas of dispute. These sites, which were traditionally occupied by the lowest-income groups, began to be valued and transformed by new actors linked to private capital that were better positioned in socioeconomic terms, in power relations and in their visions regarding the ways of using these places. Consequently, the transformations that metropolitan watercourses and bodies were subjected to had repercussions on their environmental degradation and on the ways and means of life of their inhabitants. Thus, these sites were characterized by being the object of socio-environmental conflicts. The local communities sustained their struggles based on claims that integrally referred to the adverse environmental impacts of such interventions, as well as to aspects linked to the right to housing and the city, among others. The article takes as empirical references two territories in conflict: the Laguna de Rocha Reserve and the Laguna de Rocha Reserve and the el Valey das Ocupações do Barreiro. The first is located in the Matanza-Riachuelo river basin (Buenos Aires, Argentina). The recent expansion of the city on floodable land was led by the most marginalized groups that live around this lagoon and the logistical-industrial capital due to the possibility of accessing urban land at a low cost given its floodable condition. The second, located in the streams do Jatobá y Copaõ dos Porcos in the basin Riberaõ Arrudas (Belo Horizonte, Brazil) where tensions were also recorded between urban occupation by low-income groups and areas of environmental protection. This is where the project was registered Parques das Ocupações aimed at hybridizing the guidelines of environmental struggles and the right to housing as an objective of mutual reinforcement. Based on the exchange of knowledge and experiences, the aim is to highlight points in common and of contrast between the two Latin American cases in order to point out possibilities of action based on citizen science that guarantee: the right to the city of the populations; and a negotiated coexistence between the latter and the bodies of water based on strategies for building cities connected to their inhabitants and their urban rivers.
Fil: Caruso, Sergio Adrian. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas; Argentina. Universidad de Buenos Aires. Facultad de Filosofía y Letras. Instituto de Geografía "Romualdo Ardissone"; Argentina
Fil: Souza Braganca, Luciana. Universidade Federal de Minas Gerais; Brasil
Fil: Brandao Lopes, Marcela. Universidade Federal de Minas Gerais; Brasil
Materia
CONFLICTOS SOCIOAMBIENTALES
CIENCIA CIUDADANA
TERRITORIO
RIOS URBANOS
Nivel de accesibilidad
acceso abierto
Condiciones de uso
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/ar/
Repositorio
CONICET Digital (CONICET)
Institución
Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas
OAI Identificador
oai:ri.conicet.gov.ar:11336/266931

id CONICETDig_624300079683a2a97991152828c2a1d9
oai_identifier_str oai:ri.conicet.gov.ar:11336/266931
network_acronym_str CONICETDig
repository_id_str 3498
network_name_str CONICET Digital (CONICET)
spelling Territorios en conflicto socioambiental y apuntes para la ciencia ciudadana: Reserva Laguna de Rocha y Vale das OcupaçõesCaruso, Sergio AdrianSouza Braganca, LucianaBrandao Lopes, MarcelaCONFLICTOS SOCIOAMBIENTALESCIENCIA CIUDADANATERRITORIORIOS URBANOShttps://purl.org/becyt/ford/5.9https://purl.org/becyt/ford/5Em tempos de neoliberalismo, o mercado se reposicionou como o principal ator que coordena o uso do solo e a produção de materialidades urbanas nas cidades latino-americanas. Sua ação sobre rios, córregos, lagoas e áreas inundáveis da bacia fez com que se configurassem em áreas de disputa. Esses locais, tradicionalmente ocupados por grupos de menor renda, passaram a ser valorizados por novos atores ligados ao capital privado (imobiliário, industrial etc.) condicionando as formas de uso desses lugares. Consequentemente, as transformações a que foram submetidos os cursos e corpos d’água metropolitanos impactaram na sua degradação ambiental e também habitualmente cercearam os modos e meios de vida de seus habitantes, expondo-os a maiores riscos. Assim, esses locais foram caracterizados pela produção de conflitos socioambientais. Locais estes, onde as comunidades sustentaram suas lutas com base em reivindicações que se referem plenamente aos impactos ambientais adversos de tais práticas, bem como aspectos relacionados ao direito à moradia e à cidade, entre outros. No artigo, dois territórios em conflito são tomados como referências empíricas: a Reserva Laguna de Rocha e o Vale das Ocupações do Barreiro. A primeira, a Reserva Laguna de Rocha, está localizada na bacia do rio Matanza-Riachuelo (Buenos Aires). Aqui, a expansão recente da cidade em direção à várzea, foi realizada pelos grupos mais marginalizados que vivem ao redor daquela lagoa e o capital logístico-industrial dada a possibilidade de acesso a terras urbanas a baixo custo devido a sua condição de inundação. A segunda, localizada no caso dos córregos Jatobá e Capão dos Porcos, na bacia do Ribeirão Arrudas (Belo Horizonte), também registrou tensões entre ocupação urbana de baixa renda e áreas de proteção ambiental. Nesse território também está presente a expação das indústrias do entorno sobre a área de proteção ambiental. Aqui foi desenvolvido o projeto Parques das Ocupações, que visa hibridizar as pautas das lutas ambientais e pelo direito à moradia como objetivo de reforço mútuo. A partir da troca de conhecimentos e experiências, pretende-se destacar pontos comuns e contrastantes entre os dois casos latino-americanos para apontar possibilidades de atuação com base na ciência cidadã que garantam: o direito à cidade das populações; e uma convivência negociada entre ela e os corpos d’água a partir de estratégias de construção de cidades conectadas com seus habitantes e seus rios urbanos.En tiempo de neoliberalismo, el mercado se reposicionó como el principal actor que coordina los usos del suelo y la producción de materialidades urbanas en las ciudades latinoamericanas. Su accionar sobre ríos, arroyos, lagunas y áreas inundables circundantes condujo a que se configuren en ámbitos de disputa. Estos sitios que, tradicionalmente fueron ocupados por los grupos de más bajos recursos, comenzaron a ser valorizados por nuevos actores vinculados al capital privado mejores posicionados en términos socioeconómicos, en las relaciones de poder y en sus valoraciones respecto las formas de aprovechamiento de esos lugares. Consecuentemente, las transformaciones de la que fueron objeto los cursos y cuerpos de aguas metropolitanos repercutieron en su degradación ambiental y en los modos y medios de vida de sus habitantes. Así, estos sitios se caracterizaron por la producción de conflictos socioambientales. Las comunidades locales sostuvieron sus luchas basadas en reivindicaciones que integralmente remitieron a los impactos ambientales adversos de tales intervenciones así como a aspectos vinculados al derecho a la vivienda y a la ciudad entre otros. En el artículo se toman como referentes empíricos dos territorios en conflicto: la Reserva Laguna de Rocha y el Vale das Ocupações do Barreiro. El primero, se localiza en la cuenca río Matanza-Riachuelo (Buenos Aires). La reciente expansión de la ciudad sobre tierras inundables estuvo protagonizada por los grupos más marginalizados que habitan en torno a esa laguna y el capital logístico-industrial ante la posibilidad de acceder al suelo urbano a bajo costo dada su condición de anegabilidad. El segundo, ubicado en los arroyos do Jatobá y Copaõ dos Porcos en la cuenca Riberaõ Arrudas (Belo Horizonte) también se registraron tensiones entre la ocupación urbana de grupos de bajos recursos y áreas de protección ambiental. Aquí se inscribió el proyecto Parques das Ocupações abocado a hibridar las pautas de las luchas ambientales y de derecho a la vivienda como objetivo de refuerzo mutuo. A partir del intercambio de saberes y experiencias, se pretende resaltar puntos en común y de contraste entre los dos casos latinoamericanos para señalar posibilidades de acción basados en la ciencia ciudadana que garanticen: el derecho a la ciudad de las poblaciones; y una convivencia negociada entre ésta y los cuerpos de agua basada en estrategias de construcción de ciudades conectadas con sus habitantes y sus ríos urbanos.In times of neoliberalism, which in Brazil was consolidated from 1990 with the Collor government and in Argentina began with the last civil-military dictatorship (1976-1983) and was strengthened during the Menem experience (1989-1999), the market was repositioned as the main actor that coordinates the use of land and the production of urban materials in Latin American cities. Its action on rivers, streams, lagoons and surrounding floodable areas led to them being configured into areas of dispute. These sites, which were traditionally occupied by the lowest-income groups, began to be valued and transformed by new actors linked to private capital that were better positioned in socioeconomic terms, in power relations and in their visions regarding the ways of using these places. Consequently, the transformations that metropolitan watercourses and bodies were subjected to had repercussions on their environmental degradation and on the ways and means of life of their inhabitants. Thus, these sites were characterized by being the object of socio-environmental conflicts. The local communities sustained their struggles based on claims that integrally referred to the adverse environmental impacts of such interventions, as well as to aspects linked to the right to housing and the city, among others. The article takes as empirical references two territories in conflict: the Laguna de Rocha Reserve and the Laguna de Rocha Reserve and the el Valey das Ocupações do Barreiro. The first is located in the Matanza-Riachuelo river basin (Buenos Aires, Argentina). The recent expansion of the city on floodable land was led by the most marginalized groups that live around this lagoon and the logistical-industrial capital due to the possibility of accessing urban land at a low cost given its floodable condition. The second, located in the streams do Jatobá y Copaõ dos Porcos in the basin Riberaõ Arrudas (Belo Horizonte, Brazil) where tensions were also recorded between urban occupation by low-income groups and areas of environmental protection. This is where the project was registered Parques das Ocupações aimed at hybridizing the guidelines of environmental struggles and the right to housing as an objective of mutual reinforcement. Based on the exchange of knowledge and experiences, the aim is to highlight points in common and of contrast between the two Latin American cases in order to point out possibilities of action based on citizen science that guarantee: the right to the city of the populations; and a negotiated coexistence between the latter and the bodies of water based on strategies for building cities connected to their inhabitants and their urban rivers.Fil: Caruso, Sergio Adrian. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas; Argentina. Universidad de Buenos Aires. Facultad de Filosofía y Letras. Instituto de Geografía "Romualdo Ardissone"; ArgentinaFil: Souza Braganca, Luciana. Universidade Federal de Minas Gerais; BrasilFil: Brandao Lopes, Marcela. Universidade Federal de Minas Gerais; BrasilUniversidade de Sao Pablo. Biblioteca do Instituto de Arquitetura e UrbanismoRodrigues Alves, ManoelFerreira Guimaraes, CamilaRíos, Diego MartínSilva Zambrano, Manuela2024info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bookParthttp://purl.org/coar/resource_type/c_3248info:ar-repo/semantics/parteDeLibroapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11336/266931Caruso, Sergio Adrian; Souza Braganca, Luciana; Brandao Lopes, Marcela; Territorios en conflicto socioambiental y apuntes para la ciencia ciudadana: Reserva Laguna de Rocha y Vale das Ocupações; Universidade de Sao Pablo. Biblioteca do Instituto de Arquitetura e Urbanismo; 2024; 209-244978-85-66624-41-0CONICET DigitalCONICETspainfo:eu-repo/semantics/altIdentifier/url/https://www.livrosabertos.abcd.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/book/1533info:eu-repo/semantics/openAccesshttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/ar/reponame:CONICET Digital (CONICET)instname:Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas2025-09-29T10:07:39Zoai:ri.conicet.gov.ar:11336/266931instacron:CONICETInstitucionalhttp://ri.conicet.gov.ar/Organismo científico-tecnológicoNo correspondehttp://ri.conicet.gov.ar/oai/requestdasensio@conicet.gov.ar; lcarlino@conicet.gov.arArgentinaNo correspondeNo correspondeNo correspondeopendoar:34982025-09-29 10:07:40.168CONICET Digital (CONICET) - Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicasfalse
dc.title.none.fl_str_mv Territorios en conflicto socioambiental y apuntes para la ciencia ciudadana: Reserva Laguna de Rocha y Vale das Ocupações
title Territorios en conflicto socioambiental y apuntes para la ciencia ciudadana: Reserva Laguna de Rocha y Vale das Ocupações
spellingShingle Territorios en conflicto socioambiental y apuntes para la ciencia ciudadana: Reserva Laguna de Rocha y Vale das Ocupações
Caruso, Sergio Adrian
CONFLICTOS SOCIOAMBIENTALES
CIENCIA CIUDADANA
TERRITORIO
RIOS URBANOS
title_short Territorios en conflicto socioambiental y apuntes para la ciencia ciudadana: Reserva Laguna de Rocha y Vale das Ocupações
title_full Territorios en conflicto socioambiental y apuntes para la ciencia ciudadana: Reserva Laguna de Rocha y Vale das Ocupações
title_fullStr Territorios en conflicto socioambiental y apuntes para la ciencia ciudadana: Reserva Laguna de Rocha y Vale das Ocupações
title_full_unstemmed Territorios en conflicto socioambiental y apuntes para la ciencia ciudadana: Reserva Laguna de Rocha y Vale das Ocupações
title_sort Territorios en conflicto socioambiental y apuntes para la ciencia ciudadana: Reserva Laguna de Rocha y Vale das Ocupações
dc.creator.none.fl_str_mv Caruso, Sergio Adrian
Souza Braganca, Luciana
Brandao Lopes, Marcela
author Caruso, Sergio Adrian
author_facet Caruso, Sergio Adrian
Souza Braganca, Luciana
Brandao Lopes, Marcela
author_role author
author2 Souza Braganca, Luciana
Brandao Lopes, Marcela
author2_role author
author
dc.contributor.none.fl_str_mv Rodrigues Alves, Manoel
Ferreira Guimaraes, Camila
Ríos, Diego Martín
Silva Zambrano, Manuela
dc.subject.none.fl_str_mv CONFLICTOS SOCIOAMBIENTALES
CIENCIA CIUDADANA
TERRITORIO
RIOS URBANOS
topic CONFLICTOS SOCIOAMBIENTALES
CIENCIA CIUDADANA
TERRITORIO
RIOS URBANOS
purl_subject.fl_str_mv https://purl.org/becyt/ford/5.9
https://purl.org/becyt/ford/5
dc.description.none.fl_txt_mv Em tempos de neoliberalismo, o mercado se reposicionou como o principal ator que coordena o uso do solo e a produção de materialidades urbanas nas cidades latino-americanas. Sua ação sobre rios, córregos, lagoas e áreas inundáveis da bacia fez com que se configurassem em áreas de disputa. Esses locais, tradicionalmente ocupados por grupos de menor renda, passaram a ser valorizados por novos atores ligados ao capital privado (imobiliário, industrial etc.) condicionando as formas de uso desses lugares. Consequentemente, as transformações a que foram submetidos os cursos e corpos d’água metropolitanos impactaram na sua degradação ambiental e também habitualmente cercearam os modos e meios de vida de seus habitantes, expondo-os a maiores riscos. Assim, esses locais foram caracterizados pela produção de conflitos socioambientais. Locais estes, onde as comunidades sustentaram suas lutas com base em reivindicações que se referem plenamente aos impactos ambientais adversos de tais práticas, bem como aspectos relacionados ao direito à moradia e à cidade, entre outros. No artigo, dois territórios em conflito são tomados como referências empíricas: a Reserva Laguna de Rocha e o Vale das Ocupações do Barreiro. A primeira, a Reserva Laguna de Rocha, está localizada na bacia do rio Matanza-Riachuelo (Buenos Aires). Aqui, a expansão recente da cidade em direção à várzea, foi realizada pelos grupos mais marginalizados que vivem ao redor daquela lagoa e o capital logístico-industrial dada a possibilidade de acesso a terras urbanas a baixo custo devido a sua condição de inundação. A segunda, localizada no caso dos córregos Jatobá e Capão dos Porcos, na bacia do Ribeirão Arrudas (Belo Horizonte), também registrou tensões entre ocupação urbana de baixa renda e áreas de proteção ambiental. Nesse território também está presente a expação das indústrias do entorno sobre a área de proteção ambiental. Aqui foi desenvolvido o projeto Parques das Ocupações, que visa hibridizar as pautas das lutas ambientais e pelo direito à moradia como objetivo de reforço mútuo. A partir da troca de conhecimentos e experiências, pretende-se destacar pontos comuns e contrastantes entre os dois casos latino-americanos para apontar possibilidades de atuação com base na ciência cidadã que garantam: o direito à cidade das populações; e uma convivência negociada entre ela e os corpos d’água a partir de estratégias de construção de cidades conectadas com seus habitantes e seus rios urbanos.
En tiempo de neoliberalismo, el mercado se reposicionó como el principal actor que coordina los usos del suelo y la producción de materialidades urbanas en las ciudades latinoamericanas. Su accionar sobre ríos, arroyos, lagunas y áreas inundables circundantes condujo a que se configuren en ámbitos de disputa. Estos sitios que, tradicionalmente fueron ocupados por los grupos de más bajos recursos, comenzaron a ser valorizados por nuevos actores vinculados al capital privado mejores posicionados en términos socioeconómicos, en las relaciones de poder y en sus valoraciones respecto las formas de aprovechamiento de esos lugares. Consecuentemente, las transformaciones de la que fueron objeto los cursos y cuerpos de aguas metropolitanos repercutieron en su degradación ambiental y en los modos y medios de vida de sus habitantes. Así, estos sitios se caracterizaron por la producción de conflictos socioambientales. Las comunidades locales sostuvieron sus luchas basadas en reivindicaciones que integralmente remitieron a los impactos ambientales adversos de tales intervenciones así como a aspectos vinculados al derecho a la vivienda y a la ciudad entre otros. En el artículo se toman como referentes empíricos dos territorios en conflicto: la Reserva Laguna de Rocha y el Vale das Ocupações do Barreiro. El primero, se localiza en la cuenca río Matanza-Riachuelo (Buenos Aires). La reciente expansión de la ciudad sobre tierras inundables estuvo protagonizada por los grupos más marginalizados que habitan en torno a esa laguna y el capital logístico-industrial ante la posibilidad de acceder al suelo urbano a bajo costo dada su condición de anegabilidad. El segundo, ubicado en los arroyos do Jatobá y Copaõ dos Porcos en la cuenca Riberaõ Arrudas (Belo Horizonte) también se registraron tensiones entre la ocupación urbana de grupos de bajos recursos y áreas de protección ambiental. Aquí se inscribió el proyecto Parques das Ocupações abocado a hibridar las pautas de las luchas ambientales y de derecho a la vivienda como objetivo de refuerzo mutuo. A partir del intercambio de saberes y experiencias, se pretende resaltar puntos en común y de contraste entre los dos casos latinoamericanos para señalar posibilidades de acción basados en la ciencia ciudadana que garanticen: el derecho a la ciudad de las poblaciones; y una convivencia negociada entre ésta y los cuerpos de agua basada en estrategias de construcción de ciudades conectadas con sus habitantes y sus ríos urbanos.
In times of neoliberalism, which in Brazil was consolidated from 1990 with the Collor government and in Argentina began with the last civil-military dictatorship (1976-1983) and was strengthened during the Menem experience (1989-1999), the market was repositioned as the main actor that coordinates the use of land and the production of urban materials in Latin American cities. Its action on rivers, streams, lagoons and surrounding floodable areas led to them being configured into areas of dispute. These sites, which were traditionally occupied by the lowest-income groups, began to be valued and transformed by new actors linked to private capital that were better positioned in socioeconomic terms, in power relations and in their visions regarding the ways of using these places. Consequently, the transformations that metropolitan watercourses and bodies were subjected to had repercussions on their environmental degradation and on the ways and means of life of their inhabitants. Thus, these sites were characterized by being the object of socio-environmental conflicts. The local communities sustained their struggles based on claims that integrally referred to the adverse environmental impacts of such interventions, as well as to aspects linked to the right to housing and the city, among others. The article takes as empirical references two territories in conflict: the Laguna de Rocha Reserve and the Laguna de Rocha Reserve and the el Valey das Ocupações do Barreiro. The first is located in the Matanza-Riachuelo river basin (Buenos Aires, Argentina). The recent expansion of the city on floodable land was led by the most marginalized groups that live around this lagoon and the logistical-industrial capital due to the possibility of accessing urban land at a low cost given its floodable condition. The second, located in the streams do Jatobá y Copaõ dos Porcos in the basin Riberaõ Arrudas (Belo Horizonte, Brazil) where tensions were also recorded between urban occupation by low-income groups and areas of environmental protection. This is where the project was registered Parques das Ocupações aimed at hybridizing the guidelines of environmental struggles and the right to housing as an objective of mutual reinforcement. Based on the exchange of knowledge and experiences, the aim is to highlight points in common and of contrast between the two Latin American cases in order to point out possibilities of action based on citizen science that guarantee: the right to the city of the populations; and a negotiated coexistence between the latter and the bodies of water based on strategies for building cities connected to their inhabitants and their urban rivers.
Fil: Caruso, Sergio Adrian. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas; Argentina. Universidad de Buenos Aires. Facultad de Filosofía y Letras. Instituto de Geografía "Romualdo Ardissone"; Argentina
Fil: Souza Braganca, Luciana. Universidade Federal de Minas Gerais; Brasil
Fil: Brandao Lopes, Marcela. Universidade Federal de Minas Gerais; Brasil
description Em tempos de neoliberalismo, o mercado se reposicionou como o principal ator que coordena o uso do solo e a produção de materialidades urbanas nas cidades latino-americanas. Sua ação sobre rios, córregos, lagoas e áreas inundáveis da bacia fez com que se configurassem em áreas de disputa. Esses locais, tradicionalmente ocupados por grupos de menor renda, passaram a ser valorizados por novos atores ligados ao capital privado (imobiliário, industrial etc.) condicionando as formas de uso desses lugares. Consequentemente, as transformações a que foram submetidos os cursos e corpos d’água metropolitanos impactaram na sua degradação ambiental e também habitualmente cercearam os modos e meios de vida de seus habitantes, expondo-os a maiores riscos. Assim, esses locais foram caracterizados pela produção de conflitos socioambientais. Locais estes, onde as comunidades sustentaram suas lutas com base em reivindicações que se referem plenamente aos impactos ambientais adversos de tais práticas, bem como aspectos relacionados ao direito à moradia e à cidade, entre outros. No artigo, dois territórios em conflito são tomados como referências empíricas: a Reserva Laguna de Rocha e o Vale das Ocupações do Barreiro. A primeira, a Reserva Laguna de Rocha, está localizada na bacia do rio Matanza-Riachuelo (Buenos Aires). Aqui, a expansão recente da cidade em direção à várzea, foi realizada pelos grupos mais marginalizados que vivem ao redor daquela lagoa e o capital logístico-industrial dada a possibilidade de acesso a terras urbanas a baixo custo devido a sua condição de inundação. A segunda, localizada no caso dos córregos Jatobá e Capão dos Porcos, na bacia do Ribeirão Arrudas (Belo Horizonte), também registrou tensões entre ocupação urbana de baixa renda e áreas de proteção ambiental. Nesse território também está presente a expação das indústrias do entorno sobre a área de proteção ambiental. Aqui foi desenvolvido o projeto Parques das Ocupações, que visa hibridizar as pautas das lutas ambientais e pelo direito à moradia como objetivo de reforço mútuo. A partir da troca de conhecimentos e experiências, pretende-se destacar pontos comuns e contrastantes entre os dois casos latino-americanos para apontar possibilidades de atuação com base na ciência cidadã que garantam: o direito à cidade das populações; e uma convivência negociada entre ela e os corpos d’água a partir de estratégias de construção de cidades conectadas com seus habitantes e seus rios urbanos.
publishDate 2024
dc.date.none.fl_str_mv 2024
dc.type.none.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
info:eu-repo/semantics/bookPart
http://purl.org/coar/resource_type/c_3248
info:ar-repo/semantics/parteDeLibro
status_str publishedVersion
format bookPart
dc.identifier.none.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11336/266931
Caruso, Sergio Adrian; Souza Braganca, Luciana; Brandao Lopes, Marcela; Territorios en conflicto socioambiental y apuntes para la ciencia ciudadana: Reserva Laguna de Rocha y Vale das Ocupações; Universidade de Sao Pablo. Biblioteca do Instituto de Arquitetura e Urbanismo; 2024; 209-244
978-85-66624-41-0
CONICET Digital
CONICET
url http://hdl.handle.net/11336/266931
identifier_str_mv Caruso, Sergio Adrian; Souza Braganca, Luciana; Brandao Lopes, Marcela; Territorios en conflicto socioambiental y apuntes para la ciencia ciudadana: Reserva Laguna de Rocha y Vale das Ocupações; Universidade de Sao Pablo. Biblioteca do Instituto de Arquitetura e Urbanismo; 2024; 209-244
978-85-66624-41-0
CONICET Digital
CONICET
dc.language.none.fl_str_mv spa
language spa
dc.relation.none.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/altIdentifier/url/https://www.livrosabertos.abcd.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/book/1533
dc.rights.none.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/ar/
eu_rights_str_mv openAccess
rights_invalid_str_mv https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/ar/
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/pdf
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de Sao Pablo. Biblioteca do Instituto de Arquitetura e Urbanismo
publisher.none.fl_str_mv Universidade de Sao Pablo. Biblioteca do Instituto de Arquitetura e Urbanismo
dc.source.none.fl_str_mv reponame:CONICET Digital (CONICET)
instname:Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas
reponame_str CONICET Digital (CONICET)
collection CONICET Digital (CONICET)
instname_str Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas
repository.name.fl_str_mv CONICET Digital (CONICET) - Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas
repository.mail.fl_str_mv dasensio@conicet.gov.ar; lcarlino@conicet.gov.ar
_version_ 1844613939803979776
score 13.070432