Cimentos fictícios da Cidade Penitenciária: Metáforas e projetos de reforma carcerária na Era Vargas (Rio de Janeiro, 1930-1945)
- Autores
- González Alvo, Luis Gabriel
- Año de publicación
- 2023
- Idioma
- portugués
- Tipo de recurso
- artículo
- Estado
- versión publicada
- Descripción
- Em 1937 foi publicado um projeto de reforma prisional para a então capital do Brasil, denominado Cidade Penitenciária do Rio de Janeiro. Do ponto de vista arquitetônico, a “cidade” não apresentava diferenças significativas com outras prisões da época, nem se apresentava como espécie de projeto de urbanização. A proposta do seu autor, o arquiteto Adelardo Caiuby, valeu-se de sua experiência como criador do Leprosário Modelo de São Paulo (1918), cuja ideia principal consistia em permitir que os internos, há muito tempo no hospital, levassem uma vida parecida com a que tinham fora do isolamento. Essa ideia –em teoria– foi o que Caiuby tentou transferir para a esfera das prisões, embora o tenha feito com um desenho arquitetônico distante do pretendido. Neste trabalho, procuraremos aprofundar os significados da metáfora da cidade que alguns agentes estatais julgavam adequadas para resolver os problemas do encarceramento. Como eram as condições das prisões do Distrito Federal em 1930? Quem foram os encarregados de buscar soluções? Que experiências tinham? Qual a proposta concreta de funcionamento para esta cidade? Em que se diferenciava das demais prisões existentes? São algumas das perguntas que guiam este artigo.
In 1937, a prison reform project called Cidade Penitenciária do Rio de Janeiro was published for the then capital of Brazil. From the architectural point of view, the “prison city” did not present significant differences from other prisons of the time. Nor was it presented as a kind of urbanization project. The proposal of its author, the architect Adelardo Caiuby, drew on his experience as the creator of the Model Leprosarium of São Paulo (1918), whose main idea was to allow long-time inmates in the hospital to lead a life similar to the one they had out of isolation. In theory, Caiuby tried to transfer this idea to the penitentiary sphere, although he did it with a traditional architectural prison design. In the article, we delve into the meanings of the metaphor of the city that some state agents deemed adequate to solve the problems of incarceration. What were prison conditions like in the Federal District in 1930? Who were the agents in charge of seeking solutions? What experiences did they have? What was the specific operating proposal for this city? How did it differ from other existing prisons? These are some of the questions raised in the article. It different from other existing prisons? These are some of the questions that guide this work.
Fil: González Alvo, Luis Gabriel. Universidad Nacional de Tucuman. Instituto de Investigaciones Territoriales y Tecnologicas Para la Produccion del Habitat. - Consejo Nacional de Investigaciones Cientificas y Tecnicas. Centro Cientifico Tecnologico Conicet Noa Sur. Instituto de Investigaciones Territoriales y Tecnologicas Para la Produccion del Habitat.; Argentina - Materia
-
CIDADE PENITENCIÁRIA
REFORMA PENITENCIÁRIA
ESTADO NOVO
METÁFORAS CARCERÁRIAS - Nivel de accesibilidad
- acceso abierto
- Condiciones de uso
- https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/ar/
- Repositorio
- Institución
- Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas
- OAI Identificador
- oai:ri.conicet.gov.ar:11336/222586
Ver los metadatos del registro completo
id |
CONICETDig_3e1de7e4f20e4fb26261384603822e44 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ri.conicet.gov.ar:11336/222586 |
network_acronym_str |
CONICETDig |
repository_id_str |
3498 |
network_name_str |
CONICET Digital (CONICET) |
spelling |
Cimentos fictícios da Cidade Penitenciária: Metáforas e projetos de reforma carcerária na Era Vargas (Rio de Janeiro, 1930-1945)Fictitious foundations of the penitentiary city: metaphors and prison reform projects in the vargas era (rio de janeiro, 1930-1945)González Alvo, Luis GabrielCIDADE PENITENCIÁRIAREFORMA PENITENCIÁRIAESTADO NOVOMETÁFORAS CARCERÁRIAShttps://purl.org/becyt/ford/6.1https://purl.org/becyt/ford/6Em 1937 foi publicado um projeto de reforma prisional para a então capital do Brasil, denominado Cidade Penitenciária do Rio de Janeiro. Do ponto de vista arquitetônico, a “cidade” não apresentava diferenças significativas com outras prisões da época, nem se apresentava como espécie de projeto de urbanização. A proposta do seu autor, o arquiteto Adelardo Caiuby, valeu-se de sua experiência como criador do Leprosário Modelo de São Paulo (1918), cuja ideia principal consistia em permitir que os internos, há muito tempo no hospital, levassem uma vida parecida com a que tinham fora do isolamento. Essa ideia –em teoria– foi o que Caiuby tentou transferir para a esfera das prisões, embora o tenha feito com um desenho arquitetônico distante do pretendido. Neste trabalho, procuraremos aprofundar os significados da metáfora da cidade que alguns agentes estatais julgavam adequadas para resolver os problemas do encarceramento. Como eram as condições das prisões do Distrito Federal em 1930? Quem foram os encarregados de buscar soluções? Que experiências tinham? Qual a proposta concreta de funcionamento para esta cidade? Em que se diferenciava das demais prisões existentes? São algumas das perguntas que guiam este artigo.In 1937, a prison reform project called Cidade Penitenciária do Rio de Janeiro was published for the then capital of Brazil. From the architectural point of view, the “prison city” did not present significant differences from other prisons of the time. Nor was it presented as a kind of urbanization project. The proposal of its author, the architect Adelardo Caiuby, drew on his experience as the creator of the Model Leprosarium of São Paulo (1918), whose main idea was to allow long-time inmates in the hospital to lead a life similar to the one they had out of isolation. In theory, Caiuby tried to transfer this idea to the penitentiary sphere, although he did it with a traditional architectural prison design. In the article, we delve into the meanings of the metaphor of the city that some state agents deemed adequate to solve the problems of incarceration. What were prison conditions like in the Federal District in 1930? Who were the agents in charge of seeking solutions? What experiences did they have? What was the specific operating proposal for this city? How did it differ from other existing prisons? These are some of the questions raised in the article. It different from other existing prisons? These are some of the questions that guide this work.Fil: González Alvo, Luis Gabriel. Universidad Nacional de Tucuman. Instituto de Investigaciones Territoriales y Tecnologicas Para la Produccion del Habitat. - Consejo Nacional de Investigaciones Cientificas y Tecnicas. Centro Cientifico Tecnologico Conicet Noa Sur. Instituto de Investigaciones Territoriales y Tecnologicas Para la Produccion del Habitat.; ArgentinaInstituto Histórico e Geográfico Brasileiro2023-05info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionhttp://purl.org/coar/resource_type/c_6501info:ar-repo/semantics/articuloapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11336/222586González Alvo, Luis Gabriel; Cimentos fictícios da Cidade Penitenciária: Metáforas e projetos de reforma carcerária na Era Vargas (Rio de Janeiro, 1930-1945); Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro; Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro; 491; 5-2023; 105-1282526-1347CONICET DigitalCONICETporinfo:eu-repo/semantics/altIdentifier/url/https://ihgb.org.br/revista-eletronica/artigos-do-rihgb-491/item/108805-cimentos-ficticios-da-cidade-penitenciaria-metaforas-e-projetos-de-reforma-carceraria-na-era-vargas-rio-de-janeiro-1930-1945.htmlinfo:eu-repo/semantics/altIdentifier/doi/ 10.23927/issn.2526-1347.RIHGB.2023(491):105-128info:eu-repo/semantics/openAccesshttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/ar/reponame:CONICET Digital (CONICET)instname:Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas2025-09-03T09:54:23Zoai:ri.conicet.gov.ar:11336/222586instacron:CONICETInstitucionalhttp://ri.conicet.gov.ar/Organismo científico-tecnológicoNo correspondehttp://ri.conicet.gov.ar/oai/requestdasensio@conicet.gov.ar; lcarlino@conicet.gov.arArgentinaNo correspondeNo correspondeNo correspondeopendoar:34982025-09-03 09:54:23.382CONICET Digital (CONICET) - Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicasfalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Cimentos fictícios da Cidade Penitenciária: Metáforas e projetos de reforma carcerária na Era Vargas (Rio de Janeiro, 1930-1945) Fictitious foundations of the penitentiary city: metaphors and prison reform projects in the vargas era (rio de janeiro, 1930-1945) |
title |
Cimentos fictícios da Cidade Penitenciária: Metáforas e projetos de reforma carcerária na Era Vargas (Rio de Janeiro, 1930-1945) |
spellingShingle |
Cimentos fictícios da Cidade Penitenciária: Metáforas e projetos de reforma carcerária na Era Vargas (Rio de Janeiro, 1930-1945) González Alvo, Luis Gabriel CIDADE PENITENCIÁRIA REFORMA PENITENCIÁRIA ESTADO NOVO METÁFORAS CARCERÁRIAS |
title_short |
Cimentos fictícios da Cidade Penitenciária: Metáforas e projetos de reforma carcerária na Era Vargas (Rio de Janeiro, 1930-1945) |
title_full |
Cimentos fictícios da Cidade Penitenciária: Metáforas e projetos de reforma carcerária na Era Vargas (Rio de Janeiro, 1930-1945) |
title_fullStr |
Cimentos fictícios da Cidade Penitenciária: Metáforas e projetos de reforma carcerária na Era Vargas (Rio de Janeiro, 1930-1945) |
title_full_unstemmed |
Cimentos fictícios da Cidade Penitenciária: Metáforas e projetos de reforma carcerária na Era Vargas (Rio de Janeiro, 1930-1945) |
title_sort |
Cimentos fictícios da Cidade Penitenciária: Metáforas e projetos de reforma carcerária na Era Vargas (Rio de Janeiro, 1930-1945) |
dc.creator.none.fl_str_mv |
González Alvo, Luis Gabriel |
author |
González Alvo, Luis Gabriel |
author_facet |
González Alvo, Luis Gabriel |
author_role |
author |
dc.subject.none.fl_str_mv |
CIDADE PENITENCIÁRIA REFORMA PENITENCIÁRIA ESTADO NOVO METÁFORAS CARCERÁRIAS |
topic |
CIDADE PENITENCIÁRIA REFORMA PENITENCIÁRIA ESTADO NOVO METÁFORAS CARCERÁRIAS |
purl_subject.fl_str_mv |
https://purl.org/becyt/ford/6.1 https://purl.org/becyt/ford/6 |
dc.description.none.fl_txt_mv |
Em 1937 foi publicado um projeto de reforma prisional para a então capital do Brasil, denominado Cidade Penitenciária do Rio de Janeiro. Do ponto de vista arquitetônico, a “cidade” não apresentava diferenças significativas com outras prisões da época, nem se apresentava como espécie de projeto de urbanização. A proposta do seu autor, o arquiteto Adelardo Caiuby, valeu-se de sua experiência como criador do Leprosário Modelo de São Paulo (1918), cuja ideia principal consistia em permitir que os internos, há muito tempo no hospital, levassem uma vida parecida com a que tinham fora do isolamento. Essa ideia –em teoria– foi o que Caiuby tentou transferir para a esfera das prisões, embora o tenha feito com um desenho arquitetônico distante do pretendido. Neste trabalho, procuraremos aprofundar os significados da metáfora da cidade que alguns agentes estatais julgavam adequadas para resolver os problemas do encarceramento. Como eram as condições das prisões do Distrito Federal em 1930? Quem foram os encarregados de buscar soluções? Que experiências tinham? Qual a proposta concreta de funcionamento para esta cidade? Em que se diferenciava das demais prisões existentes? São algumas das perguntas que guiam este artigo. In 1937, a prison reform project called Cidade Penitenciária do Rio de Janeiro was published for the then capital of Brazil. From the architectural point of view, the “prison city” did not present significant differences from other prisons of the time. Nor was it presented as a kind of urbanization project. The proposal of its author, the architect Adelardo Caiuby, drew on his experience as the creator of the Model Leprosarium of São Paulo (1918), whose main idea was to allow long-time inmates in the hospital to lead a life similar to the one they had out of isolation. In theory, Caiuby tried to transfer this idea to the penitentiary sphere, although he did it with a traditional architectural prison design. In the article, we delve into the meanings of the metaphor of the city that some state agents deemed adequate to solve the problems of incarceration. What were prison conditions like in the Federal District in 1930? Who were the agents in charge of seeking solutions? What experiences did they have? What was the specific operating proposal for this city? How did it differ from other existing prisons? These are some of the questions raised in the article. It different from other existing prisons? These are some of the questions that guide this work. Fil: González Alvo, Luis Gabriel. Universidad Nacional de Tucuman. Instituto de Investigaciones Territoriales y Tecnologicas Para la Produccion del Habitat. - Consejo Nacional de Investigaciones Cientificas y Tecnicas. Centro Cientifico Tecnologico Conicet Noa Sur. Instituto de Investigaciones Territoriales y Tecnologicas Para la Produccion del Habitat.; Argentina |
description |
Em 1937 foi publicado um projeto de reforma prisional para a então capital do Brasil, denominado Cidade Penitenciária do Rio de Janeiro. Do ponto de vista arquitetônico, a “cidade” não apresentava diferenças significativas com outras prisões da época, nem se apresentava como espécie de projeto de urbanização. A proposta do seu autor, o arquiteto Adelardo Caiuby, valeu-se de sua experiência como criador do Leprosário Modelo de São Paulo (1918), cuja ideia principal consistia em permitir que os internos, há muito tempo no hospital, levassem uma vida parecida com a que tinham fora do isolamento. Essa ideia –em teoria– foi o que Caiuby tentou transferir para a esfera das prisões, embora o tenha feito com um desenho arquitetônico distante do pretendido. Neste trabalho, procuraremos aprofundar os significados da metáfora da cidade que alguns agentes estatais julgavam adequadas para resolver os problemas do encarceramento. Como eram as condições das prisões do Distrito Federal em 1930? Quem foram os encarregados de buscar soluções? Que experiências tinham? Qual a proposta concreta de funcionamento para esta cidade? Em que se diferenciava das demais prisões existentes? São algumas das perguntas que guiam este artigo. |
publishDate |
2023 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2023-05 |
dc.type.none.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion http://purl.org/coar/resource_type/c_6501 info:ar-repo/semantics/articulo |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.none.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/11336/222586 González Alvo, Luis Gabriel; Cimentos fictícios da Cidade Penitenciária: Metáforas e projetos de reforma carcerária na Era Vargas (Rio de Janeiro, 1930-1945); Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro; Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro; 491; 5-2023; 105-128 2526-1347 CONICET Digital CONICET |
url |
http://hdl.handle.net/11336/222586 |
identifier_str_mv |
González Alvo, Luis Gabriel; Cimentos fictícios da Cidade Penitenciária: Metáforas e projetos de reforma carcerária na Era Vargas (Rio de Janeiro, 1930-1945); Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro; Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro; 491; 5-2023; 105-128 2526-1347 CONICET Digital CONICET |
dc.language.none.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/altIdentifier/url/https://ihgb.org.br/revista-eletronica/artigos-do-rihgb-491/item/108805-cimentos-ficticios-da-cidade-penitenciaria-metaforas-e-projetos-de-reforma-carceraria-na-era-vargas-rio-de-janeiro-1930-1945.html info:eu-repo/semantics/altIdentifier/doi/ 10.23927/issn.2526-1347.RIHGB.2023(491):105-128 |
dc.rights.none.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/ar/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
rights_invalid_str_mv |
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/ar/ |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro |
publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:CONICET Digital (CONICET) instname:Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas |
reponame_str |
CONICET Digital (CONICET) |
collection |
CONICET Digital (CONICET) |
instname_str |
Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas |
repository.name.fl_str_mv |
CONICET Digital (CONICET) - Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas |
repository.mail.fl_str_mv |
dasensio@conicet.gov.ar; lcarlino@conicet.gov.ar |
_version_ |
1842269282910601216 |
score |
13.13397 |