Linguagem inclusiva na aula de língua estrangeira: criar modos de existir junto
- Autores
- Bereciartua, Juliana; Nascimento de Souza, Rosanne María; Peez Klein, Daniela Inés
- Año de publicación
- 2018
- Idioma
- portugués
- Tipo de recurso
- documento de conferencia
- Estado
- versión publicada
- Descripción
- Em 1985, Joan W. Scott começava seu ensaio “Gender: a useful category of Historical Analysis” com as seguintes palavras: “Aquelas pessoas que se propõem a codificar os sentidos das palavras lutam por uma causa perdida, porque as palavras, como as idéias e as coisas que elas significam, têm uma história” (p.37). Neste texto, o autor explorava os significados de “gênero” e promovia a reformulação desta categoria de análise a fim de impulsionar os estudos daquela área em desenvolvimento na época. Hoje em dia, usufruímos dos avanços de teóricxs e travamos batalhas dos corpos no terreno cultural. No entanto, a pergunta que Scott (1985) colocava continua vigorando: “Se as significações de gênero e poder se constroem reciprocamente, como é possível mudar as coisas?” (p.72). Existem indícios a respeito de como continuar o processo de visibilização e tratamento (dos sistemas) de desigualdade nas nossas sociedades contemporâneas. Se as redes de poder se baseiam na oposição binária e no processo social de relações de gênero, questionar ou subverter/alterar algum de seus aspectos ameaça a totalidade do sistema . As contribuições dos estudos pós-coloniais e decoloniais denunciaram a estrutura do mundo social simbólico moldado/construído ao/pelo olhar e aos/pelos interesses das culturas europeias dominantes em terra americana. Consequentemente, as culturas subalternas ficaram cativas de uma malha simbólica esmagadora e procrastinadora de qualquer valorização da alteridade (subordinada). Propomos pensar um paralelo no terreno dos gêneros: nossos sistemas simbólicos organizam-se de acordo com a matriz androcêntrica inquestionável. Será que desejamos continuar a nos perceber dessa maneira?
Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación - Fuente
- Memoria académica
- Materia
-
Educación
Lengua extranjera
Lenguaje inclusivo - Nivel de accesibilidad
- acceso abierto
- Condiciones de uso
- http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/
- Repositorio
- Institución
- Universidad Nacional de La Plata
- OAI Identificador
- oai:sedici.unlp.edu.ar:10915/112094
Ver los metadatos del registro completo
id |
SEDICI_fb1b40dd8aa8e0bed80efea7aa406e85 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:sedici.unlp.edu.ar:10915/112094 |
network_acronym_str |
SEDICI |
repository_id_str |
1329 |
network_name_str |
SEDICI (UNLP) |
spelling |
Linguagem inclusiva na aula de língua estrangeira: criar modos de existir juntoBereciartua, JulianaNascimento de Souza, Rosanne MaríaPeez Klein, Daniela InésEducaciónLengua extranjeraLenguaje inclusivoEm 1985, Joan W. Scott começava seu ensaio “Gender: a useful category of Historical Analysis” com as seguintes palavras: “Aquelas pessoas que se propõem a codificar os sentidos das palavras lutam por uma causa perdida, porque as palavras, como as idéias e as coisas que elas significam, têm uma história” (p.37). Neste texto, o autor explorava os significados de “gênero” e promovia a reformulação desta categoria de análise a fim de impulsionar os estudos daquela área em desenvolvimento na época. Hoje em dia, usufruímos dos avanços de teóricxs e travamos batalhas dos corpos no terreno cultural. No entanto, a pergunta que Scott (1985) colocava continua vigorando: “Se as significações de gênero e poder se constroem reciprocamente, como é possível mudar as coisas?” (p.72). Existem indícios a respeito de como continuar o processo de visibilização e tratamento (dos sistemas) de desigualdade nas nossas sociedades contemporâneas. Se as redes de poder se baseiam na oposição binária e no processo social de relações de gênero, questionar ou subverter/alterar algum de seus aspectos ameaça a totalidade do sistema . As contribuições dos estudos pós-coloniais e decoloniais denunciaram a estrutura do mundo social simbólico moldado/construído ao/pelo olhar e aos/pelos interesses das culturas europeias dominantes em terra americana. Consequentemente, as culturas subalternas ficaram cativas de uma malha simbólica esmagadora e procrastinadora de qualquer valorização da alteridade (subordinada). Propomos pensar um paralelo no terreno dos gêneros: nossos sistemas simbólicos organizam-se de acordo com a matriz androcêntrica inquestionável. Será que desejamos continuar a nos perceber dessa maneira?Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación2018-09info:eu-repo/semantics/conferenceObjectinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionObjeto de conferenciahttp://purl.org/coar/resource_type/c_5794info:ar-repo/semantics/documentoDeConferenciaapplication/pdfhttp://sedici.unlp.edu.ar/handle/10915/112094<a href="http://www.memoria.fahce.unlp.edu.ar" target="_blank">Memoria académica</a>reponame:SEDICI (UNLP)instname:Universidad Nacional de La Platainstacron:UNLPinfo:eu-repo/semantics/altIdentifier/url/http://www.memoria.fahce.unlp.edu.ar/trab_eventos/ev.13458/ev.13458.pdfinfo:eu-repo/semantics/altIdentifier/issn/2250-7396info:eu-repo/semantics/openAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International (CC BY-NC-SA 4.0)por2025-10-15T11:17:29Zoai:sedici.unlp.edu.ar:10915/112094Institucionalhttp://sedici.unlp.edu.ar/Universidad públicaNo correspondehttp://sedici.unlp.edu.ar/oai/snrdalira@sedici.unlp.edu.arArgentinaNo correspondeNo correspondeNo correspondeopendoar:13292025-10-15 11:17:30.202SEDICI (UNLP) - Universidad Nacional de La Platafalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Linguagem inclusiva na aula de língua estrangeira: criar modos de existir junto |
title |
Linguagem inclusiva na aula de língua estrangeira: criar modos de existir junto |
spellingShingle |
Linguagem inclusiva na aula de língua estrangeira: criar modos de existir junto Bereciartua, Juliana Educación Lengua extranjera Lenguaje inclusivo |
title_short |
Linguagem inclusiva na aula de língua estrangeira: criar modos de existir junto |
title_full |
Linguagem inclusiva na aula de língua estrangeira: criar modos de existir junto |
title_fullStr |
Linguagem inclusiva na aula de língua estrangeira: criar modos de existir junto |
title_full_unstemmed |
Linguagem inclusiva na aula de língua estrangeira: criar modos de existir junto |
title_sort |
Linguagem inclusiva na aula de língua estrangeira: criar modos de existir junto |
dc.creator.none.fl_str_mv |
Bereciartua, Juliana Nascimento de Souza, Rosanne María Peez Klein, Daniela Inés |
author |
Bereciartua, Juliana |
author_facet |
Bereciartua, Juliana Nascimento de Souza, Rosanne María Peez Klein, Daniela Inés |
author_role |
author |
author2 |
Nascimento de Souza, Rosanne María Peez Klein, Daniela Inés |
author2_role |
author author |
dc.subject.none.fl_str_mv |
Educación Lengua extranjera Lenguaje inclusivo |
topic |
Educación Lengua extranjera Lenguaje inclusivo |
dc.description.none.fl_txt_mv |
Em 1985, Joan W. Scott começava seu ensaio “Gender: a useful category of Historical Analysis” com as seguintes palavras: “Aquelas pessoas que se propõem a codificar os sentidos das palavras lutam por uma causa perdida, porque as palavras, como as idéias e as coisas que elas significam, têm uma história” (p.37). Neste texto, o autor explorava os significados de “gênero” e promovia a reformulação desta categoria de análise a fim de impulsionar os estudos daquela área em desenvolvimento na época. Hoje em dia, usufruímos dos avanços de teóricxs e travamos batalhas dos corpos no terreno cultural. No entanto, a pergunta que Scott (1985) colocava continua vigorando: “Se as significações de gênero e poder se constroem reciprocamente, como é possível mudar as coisas?” (p.72). Existem indícios a respeito de como continuar o processo de visibilização e tratamento (dos sistemas) de desigualdade nas nossas sociedades contemporâneas. Se as redes de poder se baseiam na oposição binária e no processo social de relações de gênero, questionar ou subverter/alterar algum de seus aspectos ameaça a totalidade do sistema . As contribuições dos estudos pós-coloniais e decoloniais denunciaram a estrutura do mundo social simbólico moldado/construído ao/pelo olhar e aos/pelos interesses das culturas europeias dominantes em terra americana. Consequentemente, as culturas subalternas ficaram cativas de uma malha simbólica esmagadora e procrastinadora de qualquer valorização da alteridade (subordinada). Propomos pensar um paralelo no terreno dos gêneros: nossos sistemas simbólicos organizam-se de acordo com a matriz androcêntrica inquestionável. Será que desejamos continuar a nos perceber dessa maneira? Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación |
description |
Em 1985, Joan W. Scott começava seu ensaio “Gender: a useful category of Historical Analysis” com as seguintes palavras: “Aquelas pessoas que se propõem a codificar os sentidos das palavras lutam por uma causa perdida, porque as palavras, como as idéias e as coisas que elas significam, têm uma história” (p.37). Neste texto, o autor explorava os significados de “gênero” e promovia a reformulação desta categoria de análise a fim de impulsionar os estudos daquela área em desenvolvimento na época. Hoje em dia, usufruímos dos avanços de teóricxs e travamos batalhas dos corpos no terreno cultural. No entanto, a pergunta que Scott (1985) colocava continua vigorando: “Se as significações de gênero e poder se constroem reciprocamente, como é possível mudar as coisas?” (p.72). Existem indícios a respeito de como continuar o processo de visibilização e tratamento (dos sistemas) de desigualdade nas nossas sociedades contemporâneas. Se as redes de poder se baseiam na oposição binária e no processo social de relações de gênero, questionar ou subverter/alterar algum de seus aspectos ameaça a totalidade do sistema . As contribuições dos estudos pós-coloniais e decoloniais denunciaram a estrutura do mundo social simbólico moldado/construído ao/pelo olhar e aos/pelos interesses das culturas europeias dominantes em terra americana. Consequentemente, as culturas subalternas ficaram cativas de uma malha simbólica esmagadora e procrastinadora de qualquer valorização da alteridade (subordinada). Propomos pensar um paralelo no terreno dos gêneros: nossos sistemas simbólicos organizam-se de acordo com a matriz androcêntrica inquestionável. Será que desejamos continuar a nos perceber dessa maneira? |
publishDate |
2018 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2018-09 |
dc.type.none.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/conferenceObject info:eu-repo/semantics/publishedVersion Objeto de conferencia http://purl.org/coar/resource_type/c_5794 info:ar-repo/semantics/documentoDeConferencia |
format |
conferenceObject |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.none.fl_str_mv |
http://sedici.unlp.edu.ar/handle/10915/112094 |
url |
http://sedici.unlp.edu.ar/handle/10915/112094 |
dc.language.none.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/altIdentifier/url/http://www.memoria.fahce.unlp.edu.ar/trab_eventos/ev.13458/ev.13458.pdf info:eu-repo/semantics/altIdentifier/issn/2250-7396 |
dc.rights.none.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/ Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International (CC BY-NC-SA 4.0) |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
rights_invalid_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/ Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International (CC BY-NC-SA 4.0) |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
<a href="http://www.memoria.fahce.unlp.edu.ar" target="_blank">Memoria académica</a> reponame:SEDICI (UNLP) instname:Universidad Nacional de La Plata instacron:UNLP |
reponame_str |
SEDICI (UNLP) |
collection |
SEDICI (UNLP) |
instname_str |
Universidad Nacional de La Plata |
instacron_str |
UNLP |
institution |
UNLP |
repository.name.fl_str_mv |
SEDICI (UNLP) - Universidad Nacional de La Plata |
repository.mail.fl_str_mv |
alira@sedici.unlp.edu.ar |
_version_ |
1846064233053159424 |
score |
13.22299 |