Pibid e formação de professores na uff: cultura, imagens e simbolismos

Autores
Hardoim, Roberta Lopes Alfradique; Chaves, Iduina Mont’Alverne
Año de publicación
2014
Idioma
portugués
Tipo de recurso
artículo
Estado
versión aceptada
Descripción
Objetivo deste trabalho é apresentar minha pesquisa de mestrado, defendida em 2013, na Universidade Federal Fluminense (UFF). Tal pesquisa buscou compreender o papel do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) para a formação inicial de professores no âmbito da UFF no que se refere à construção de uma identidade profissional docente e à realização de uma efetiva iniciação à docência. Para isso, a partir de uma perspectiva socioantropológica, utilizou-se como referencial teórico-metodológico a Antropologia da Complexidade de Edgar Morin e a Sociologia do Cotidiano de Michel Maffesoli, além de contar também com as contribuições dos estudos da Pesquisa Narrativa proposta por Chaves, Clandinin & Connelly. No que tange à formação de professores, fundamentou-se no aporte teórico de Gatti, André, Chaves, Nóvoa, Imbernón, Pimenta, Ghedin, Roldão, Schön, Tardif, Pérez-Gómez, Zeichner entre outros. Como instrumentos de pesquisa, foram utilizadas as seguintes heurísticas: pesquisa documental, questionário e entrevista narrativa com o objetivo de compreender o Pibid no âmbito da CAPES/MEC e da UFF, bem como mapear a cultura patente e latente dos alunos bolsistas do Pibid e discutir as/os imagens/elementos que permeiam o seu ideário pedagógico e o seu imaginário a respeito dos sentidos que atribuem à formação vivenciada neste programa. Como principais conclusões, esta pesquisa apontou para a contribuição do Pibid para a realização de uma efetiva aprendizagem docente, bem como para a dimensão iniciática que tal programa vem assumindo. Nos últimos anos, o Ministério da Educação tem colocado em prática uma série de ações que possuem como objetivo elevar, não só, a qualidade do ensino nos cursos de licenciatura, mas também a qualidade da Educação Básica. O Pibid aparece nesse contexto com o intuito de apoiar projetos de iniciação à docência, elaborados e coordenados pelas Instituições de Educação Superior (IES), visando à melhoria da formação oferecida pelos cursos de licenciatura, bem como da Educação Básica. Criado em 2007, quando foi divulgado o seu primeiro edital, e coordenado pela Diretoria de Formação de Professores da Educação Básica da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC), o Pibid se fundamenta legalmente em três documentos básicos: na Portaria nº. 096/2013, na Lei nº. 12.796/2013, bem como no Decreto nº. 7.219/2010. Podemos dizer que, em linhas gerais, o Pibid busca promover a iniciação à docência, de maneira a contribuir para a melhoria da formação de docentes em nível superior e da qualidade da Educação Básica pública brasileira. A princípio, o Edital MEC/CAPES/FNDE nº 01/2007 tinha como prioridade atender justamente as áreas com maior carência de professores: Física, Química, Biologia e Matemática. Todavia, a partir de 2009, o programa passou a atender a toda a Educação Básica, incluindo educação de jovens e adultos, indígena, do campo e de quilombolas. Atualmente, são as instituições participantes do programa que definem quais os níveis serão atendidos pelos seus subprojetos (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, inclusive a Educação Profissional Técnica de Nível Médio) e as áreas que devem ser priorizadas, a partir da necessidade educacional e social do local ou da região. A cada chamada pública de seleção, as Instituições de Educação Superior (IES), que possuem interesse em participar do Pibid, apresentam à Capes seus Projetos Institucionais de Iniciação à Docência (PIID), conforme as normas presentes no respectivo edital. Cada PIID só pode ter um 01subprojeto por licenciatura/habilitação em cada campus, devendo buscar promover a inserção dos estudantes no contexto das escolas públicas, desde o início da sua formação acadêmica, para que desenvolvam atividades didático-pedagógicas sob orientação de um docente da licenciatura e de um professor da escola básica. Caso tenha o projeto aprovado, o qual passa por uma seleção que toma como parâmetro uma análise técnica e uma análise de mérito, a IES recebe cotas de bolsas e recursos de custeio e de capital para desenvolver as atividades de seu projeto, elaborando a escolha dos bolsistas por meio de seleções promovidas pela própria instituição. A Capes concede 05 tipos de bolsas no âmbito do Pibid: de coordenação institucional, aos professores de licenciatura que articulam e implementam o programa nas IES; de coordenação de área de gestão de processos educacionais, aos docentes dos cursos de licenciatura que auxiliam os coordenadores institucionais na implementação do programa; de coordenação de área, aos professores de licenciatura responsáveis pela coordenação e pelo desenvolvimento dos subprojetos e também pela orientação dos bolsistas; de supervisão, aos docentes da escola pública responsáveis pelo acompanhamento e pela orientação da prática docente dos bolsistas nas referidas instituições; e de iniciação à docência, aos estudantes matriculados nos cursos de licenciatura que desenvolvem atividades pedagógicas em escolas da rede pública da Educação Básica. Atualmente, o Pibid conta com um total de 49.321 bolsas concedidas em todo país, número que era bem menor em dezembro de 2009, um pouco mais de 10.000 bolsas. Das mais de 49 mil bolsas, 40.092 destinam-se aos Bolsistas de Iniciação à Docência (BID), 3.052 são concedidas aos Coordenadores e 6.177, aos Supervisores. Já com relação à atuação do Pibid na UFF, para o ano de 2014, tendo em vista o atendimento ao Edital nº 061/2013 Capes/DEB, a previsão é que o Projeto PIBID UFF, que foi apresentado a Capes, passe a ser constituído por um total de 25 cursos. Isso envolveria, ao todo, 915 bolsistas, sendo 56 coordenadores de área, 112 professores supervisores e 745 bolsistas de iniciação à docência, além do coordenador institucional (01) e o coordenador de gestão (01). Dentro desse contexto, o Pibid surge como uma política pública quem vem adquirindo cada vez mais importância no cenário educacional brasileiro e que tem ampliado mais e mais sua atuação no âmbito da formação de professores e da Educação Básica na tentativa de elevar a qualidade de ambos
Fil: Hardoim, Roberta Lopes Alfradique. Universidade Federal Fluminense; Brasil
Fil: Chaves, Iduina Mont’Alverne. Universidade Federal Fluminense; Brasil
Materia
Brasil
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência
Educación
Enseñanza superior
Formación de docentes
Calidad de la educación
Nivel de accesibilidad
acceso abierto
Condiciones de uso
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Repositorio
RIDAA (UNICEN)
Institución
Universidad Nacional del Centro de la Provincia de Buenos Aires
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Para isso, a partir de uma perspectiva socioantropológica, utilizou-se como referencial teórico-metodológico a Antropologia da Complexidade de Edgar Morin e a Sociologia do Cotidiano de Michel Maffesoli, além de contar também com as contribuições dos estudos da Pesquisa Narrativa proposta por Chaves, Clandinin & Connelly. No que tange à formação de professores, fundamentou-se no aporte teórico de Gatti, André, Chaves, Nóvoa, Imbernón, Pimenta, Ghedin, Roldão, Schön, Tardif, Pérez-Gómez, Zeichner entre outros. Como instrumentos de pesquisa, foram utilizadas as seguintes heurísticas: pesquisa documental, questionário e entrevista narrativa com o objetivo de compreender o Pibid no âmbito da CAPES/MEC e da UFF, bem como mapear a cultura patente e latente dos alunos bolsistas do Pibid e discutir as/os imagens/elementos que permeiam o seu ideário pedagógico e o seu imaginário a respeito dos sentidos que atribuem à formação vivenciada neste programa. Como principais conclusões, esta pesquisa apontou para a contribuição do Pibid para a realização de uma efetiva aprendizagem docente, bem como para a dimensão iniciática que tal programa vem assumindo. Nos últimos anos, o Ministério da Educação tem colocado em prática uma série de ações que possuem como objetivo elevar, não só, a qualidade do ensino nos cursos de licenciatura, mas também a qualidade da Educação Básica. O Pibid aparece nesse contexto com o intuito de apoiar projetos de iniciação à docência, elaborados e coordenados pelas Instituições de Educação Superior (IES), visando à melhoria da formação oferecida pelos cursos de licenciatura, bem como da Educação Básica. Criado em 2007, quando foi divulgado o seu primeiro edital, e coordenado pela Diretoria de Formação de Professores da Educação Básica da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC), o Pibid se fundamenta legalmente em três documentos básicos: na Portaria nº. 096/2013, na Lei nº. 12.796/2013, bem como no Decreto nº. 7.219/2010. Podemos dizer que, em linhas gerais, o Pibid busca promover a iniciação à docência, de maneira a contribuir para a melhoria da formação de docentes em nível superior e da qualidade da Educação Básica pública brasileira. A princípio, o Edital MEC/CAPES/FNDE nº 01/2007 tinha como prioridade atender justamente as áreas com maior carência de professores: Física, Química, Biologia e Matemática. Todavia, a partir de 2009, o programa passou a atender a toda a Educação Básica, incluindo educação de jovens e adultos, indígena, do campo e de quilombolas. 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Universidade Federal Fluminense; BrasilFil: Chaves, Iduina Mont’Alverne. Universidade Federal Fluminense; BrasilUniversidad Nacional del Centro de la Provincia de Buenos Aires. Facultad de Ciencias Humanas. 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Como instrumentos de pesquisa, foram utilizadas as seguintes heurísticas: pesquisa documental, questionário e entrevista narrativa com o objetivo de compreender o Pibid no âmbito da CAPES/MEC e da UFF, bem como mapear a cultura patente e latente dos alunos bolsistas do Pibid e discutir as/os imagens/elementos que permeiam o seu ideário pedagógico e o seu imaginário a respeito dos sentidos que atribuem à formação vivenciada neste programa. Como principais conclusões, esta pesquisa apontou para a contribuição do Pibid para a realização de uma efetiva aprendizagem docente, bem como para a dimensão iniciática que tal programa vem assumindo. Nos últimos anos, o Ministério da Educação tem colocado em prática uma série de ações que possuem como objetivo elevar, não só, a qualidade do ensino nos cursos de licenciatura, mas também a qualidade da Educação Básica. O Pibid aparece nesse contexto com o intuito de apoiar projetos de iniciação à docência, elaborados e coordenados pelas Instituições de Educação Superior (IES), visando à melhoria da formação oferecida pelos cursos de licenciatura, bem como da Educação Básica. Criado em 2007, quando foi divulgado o seu primeiro edital, e coordenado pela Diretoria de Formação de Professores da Educação Básica da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC), o Pibid se fundamenta legalmente em três documentos básicos: na Portaria nº. 096/2013, na Lei nº. 12.796/2013, bem como no Decreto nº. 7.219/2010. Podemos dizer que, em linhas gerais, o Pibid busca promover a iniciação à docência, de maneira a contribuir para a melhoria da formação de docentes em nível superior e da qualidade da Educação Básica pública brasileira. A princípio, o Edital MEC/CAPES/FNDE nº 01/2007 tinha como prioridade atender justamente as áreas com maior carência de professores: Física, Química, Biologia e Matemática. Todavia, a partir de 2009, o programa passou a atender a toda a Educação Básica, incluindo educação de jovens e adultos, indígena, do campo e de quilombolas. Atualmente, são as instituições participantes do programa que definem quais os níveis serão atendidos pelos seus subprojetos (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, inclusive a Educação Profissional Técnica de Nível Médio) e as áreas que devem ser priorizadas, a partir da necessidade educacional e social do local ou da região. A cada chamada pública de seleção, as Instituições de Educação Superior (IES), que possuem interesse em participar do Pibid, apresentam à Capes seus Projetos Institucionais de Iniciação à Docência (PIID), conforme as normas presentes no respectivo edital. Cada PIID só pode ter um 01subprojeto por licenciatura/habilitação em cada campus, devendo buscar promover a inserção dos estudantes no contexto das escolas públicas, desde o início da sua formação acadêmica, para que desenvolvam atividades didático-pedagógicas sob orientação de um docente da licenciatura e de um professor da escola básica. Caso tenha o projeto aprovado, o qual passa por uma seleção que toma como parâmetro uma análise técnica e uma análise de mérito, a IES recebe cotas de bolsas e recursos de custeio e de capital para desenvolver as atividades de seu projeto, elaborando a escolha dos bolsistas por meio de seleções promovidas pela própria instituição. A Capes concede 05 tipos de bolsas no âmbito do Pibid: de coordenação institucional, aos professores de licenciatura que articulam e implementam o programa nas IES; de coordenação de área de gestão de processos educacionais, aos docentes dos cursos de licenciatura que auxiliam os coordenadores institucionais na implementação do programa; de coordenação de área, aos professores de licenciatura responsáveis pela coordenação e pelo desenvolvimento dos subprojetos e também pela orientação dos bolsistas; de supervisão, aos docentes da escola pública responsáveis pelo acompanhamento e pela orientação da prática docente dos bolsistas nas referidas instituições; e de iniciação à docência, aos estudantes matriculados nos cursos de licenciatura que desenvolvem atividades pedagógicas em escolas da rede pública da Educação Básica. Atualmente, o Pibid conta com um total de 49.321 bolsas concedidas em todo país, número que era bem menor em dezembro de 2009, um pouco mais de 10.000 bolsas. Das mais de 49 mil bolsas, 40.092 destinam-se aos Bolsistas de Iniciação à Docência (BID), 3.052 são concedidas aos Coordenadores e 6.177, aos Supervisores. Já com relação à atuação do Pibid na UFF, para o ano de 2014, tendo em vista o atendimento ao Edital nº 061/2013 Capes/DEB, a previsão é que o Projeto PIBID UFF, que foi apresentado a Capes, passe a ser constituído por um total de 25 cursos. Isso envolveria, ao todo, 915 bolsistas, sendo 56 coordenadores de área, 112 professores supervisores e 745 bolsistas de iniciação à docência, além do coordenador institucional (01) e o coordenador de gestão (01). Dentro desse contexto, o Pibid surge como uma política pública quem vem adquirindo cada vez mais importância no cenário educacional brasileiro e que tem ampliado mais e mais sua atuação no âmbito da formação de professores e da Educação Básica na tentativa de elevar a qualidade de ambos
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Como instrumentos de pesquisa, foram utilizadas as seguintes heurísticas: pesquisa documental, questionário e entrevista narrativa com o objetivo de compreender o Pibid no âmbito da CAPES/MEC e da UFF, bem como mapear a cultura patente e latente dos alunos bolsistas do Pibid e discutir as/os imagens/elementos que permeiam o seu ideário pedagógico e o seu imaginário a respeito dos sentidos que atribuem à formação vivenciada neste programa. Como principais conclusões, esta pesquisa apontou para a contribuição do Pibid para a realização de uma efetiva aprendizagem docente, bem como para a dimensão iniciática que tal programa vem assumindo. Nos últimos anos, o Ministério da Educação tem colocado em prática uma série de ações que possuem como objetivo elevar, não só, a qualidade do ensino nos cursos de licenciatura, mas também a qualidade da Educação Básica. O Pibid aparece nesse contexto com o intuito de apoiar projetos de iniciação à docência, elaborados e coordenados pelas Instituições de Educação Superior (IES), visando à melhoria da formação oferecida pelos cursos de licenciatura, bem como da Educação Básica. Criado em 2007, quando foi divulgado o seu primeiro edital, e coordenado pela Diretoria de Formação de Professores da Educação Básica da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC), o Pibid se fundamenta legalmente em três documentos básicos: na Portaria nº. 096/2013, na Lei nº. 12.796/2013, bem como no Decreto nº. 7.219/2010. Podemos dizer que, em linhas gerais, o Pibid busca promover a iniciação à docência, de maneira a contribuir para a melhoria da formação de docentes em nível superior e da qualidade da Educação Básica pública brasileira. A princípio, o Edital MEC/CAPES/FNDE nº 01/2007 tinha como prioridade atender justamente as áreas com maior carência de professores: Física, Química, Biologia e Matemática. Todavia, a partir de 2009, o programa passou a atender a toda a Educação Básica, incluindo educação de jovens e adultos, indígena, do campo e de quilombolas. Atualmente, são as instituições participantes do programa que definem quais os níveis serão atendidos pelos seus subprojetos (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, inclusive a Educação Profissional Técnica de Nível Médio) e as áreas que devem ser priorizadas, a partir da necessidade educacional e social do local ou da região. A cada chamada pública de seleção, as Instituições de Educação Superior (IES), que possuem interesse em participar do Pibid, apresentam à Capes seus Projetos Institucionais de Iniciação à Docência (PIID), conforme as normas presentes no respectivo edital. 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Das mais de 49 mil bolsas, 40.092 destinam-se aos Bolsistas de Iniciação à Docência (BID), 3.052 são concedidas aos Coordenadores e 6.177, aos Supervisores. Já com relação à atuação do Pibid na UFF, para o ano de 2014, tendo em vista o atendimento ao Edital nº 061/2013 Capes/DEB, a previsão é que o Projeto PIBID UFF, que foi apresentado a Capes, passe a ser constituído por um total de 25 cursos. Isso envolveria, ao todo, 915 bolsistas, sendo 56 coordenadores de área, 112 professores supervisores e 745 bolsistas de iniciação à docência, além do coordenador institucional (01) e o coordenador de gestão (01). Dentro desse contexto, o Pibid surge como uma política pública quem vem adquirindo cada vez mais importância no cenário educacional brasileiro e que tem ampliado mais e mais sua atuação no âmbito da formação de professores e da Educação Básica na tentativa de elevar a qualidade de ambos
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