As diferenças e as pessoas surdas

Autores
Skliar, Carlos Bernardo
Año de publicación
2017
Idioma
portugués
Tipo de recurso
artículo
Estado
versión publicada
Descripción
O presente ensaio convida a pensar acerca da ideia de uma educaçãobilíngue voltada às pessoas surdas. Nesse sentido, pergunta se aindahá espaço ou se ainda nos damos espaço para pensar em uma educaçãobilíngue para surdos sem a absurda pretensão da normalidade,sem o desejo de mesmidade, fora de um debate imobilizador e obsoletoque opõe a língua ?dos outros? à língua de ?um nós?, para além deum discurso excessivamente jurídico, textual, que aponta todos os seusesforços para a chamada inclusão educativa. Através de uma linguagemque passeia entre o sensível e o literário, o texto provoca a pensar o educativo como uma conversação com o outro: ?toda pedagogia éuma conversação ou, se pudesse ser ainda mais claro: sem conversaçãonão há pedagogia possível?. Assim, tecendo algumas considerações arespeito do percurso da educação bilíngue para surdos, provoca-nosa pensar a educação de surdos não buscando uma essência impossívelde quem são os surdos ou do que é a surdez, mas uma atenção euma abertura a sentir e estar presente no educativo, voltado, muitomais, para aquilo que fazemos juntos, o que traz consigo o desafio deenxergar o outro, de estar com ele, de ouvir sua língua, receber seusgestos, estar, pensar e talvez sentir juntos. E estar, pensar e sentir juntossignifica não abdicar de nossa singularidade, nossa língua, nossa cultura...tampouco esperar que o outro abdique da sua, porque nenhumaeducação pode desejar ou implicar na negação da língua do outro.
El presente ensayo invita a pensar acerca de la idea de una educación bilingüe dirigida a las personas sordas. En ese sentido, pregunta si aún hay espacio o si todavía nos damos espacio para pensar acerca de una educación bilingüe para sordos sin la absurda pretensión de la normalidad, sin el deseo de mesmidad, más allá de un debate inmovilizador y obsoleto que opone la lengua “de los otros” a la lengua de “uno nosotros” y, también, más allá de un discurso excesivamente jurídico, textual, que apunta todos sus esfuerzos hacia la llamada inclusión educativa. A través de un lenguaje que pasea entre lo sensible y lo literario, el texto provoca pensar al educativo como una conversación con el otro: “Toda pedagogía es una conversación o, si pudiera ser aún más claro: sin conversación no hay pedagogía posible”. Así, haciendo algunas consideraciones acerca del recorrido de la educación bilingüe de los sordos, nos provoca pensar la educación de sordos no buscando una esencia imposible de quienes son los sordos o de lo que es la sordera, sino una atención y una apertura al sentir y a lo educativo, que se centra en aquello que hacemos juntos, lo que trae consigo el desafío de ver al otro, de estar con él, de oír su lengua, recibir sus gestos, estar, pensar y tal vez sentir juntos. Y estar, pensar y sentir juntos significa no abdicar de nuestra singularidad, nuestra lengua, nuestra cultura... tampoco esperar que el otro abdique de la suya, porque ninguna educación puede desear o implicar en la negación de la lengua del otro.
Fil: Skliar, Carlos Bernardo. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas; Argentina. Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales; Argentina
Materia
EDUCAÇAO DE SURDOS
LÍNGUA
BILINGÜISMO
DIFERENÇA
Nivel de accesibilidad
acceso abierto
Condiciones de uso
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/ar/
Repositorio
CONICET Digital (CONICET)
Institución
Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas
OAI Identificador
oai:ri.conicet.gov.ar:11336/76221

id CONICETDig_8f3036003a15dacbdf1a3e6e36b1e2e6
oai_identifier_str oai:ri.conicet.gov.ar:11336/76221
network_acronym_str CONICETDig
repository_id_str 3498
network_name_str CONICET Digital (CONICET)
spelling As diferenças e as pessoas surdasLas diferencias y las personas sordasSkliar, Carlos BernardoEDUCAÇAO DE SURDOSLÍNGUABILINGÜISMODIFERENÇAhttps://purl.org/becyt/ford/5.3https://purl.org/becyt/ford/5O presente ensaio convida a pensar acerca da ideia de uma educaçãobilíngue voltada às pessoas surdas. Nesse sentido, pergunta se aindahá espaço ou se ainda nos damos espaço para pensar em uma educaçãobilíngue para surdos sem a absurda pretensão da normalidade,sem o desejo de mesmidade, fora de um debate imobilizador e obsoletoque opõe a língua ?dos outros? à língua de ?um nós?, para além deum discurso excessivamente jurídico, textual, que aponta todos os seusesforços para a chamada inclusão educativa. Através de uma linguagemque passeia entre o sensível e o literário, o texto provoca a pensar o educativo como uma conversação com o outro: ?toda pedagogia éuma conversação ou, se pudesse ser ainda mais claro: sem conversaçãonão há pedagogia possível?. Assim, tecendo algumas considerações arespeito do percurso da educação bilíngue para surdos, provoca-nosa pensar a educação de surdos não buscando uma essência impossívelde quem são os surdos ou do que é a surdez, mas uma atenção euma abertura a sentir e estar presente no educativo, voltado, muitomais, para aquilo que fazemos juntos, o que traz consigo o desafio deenxergar o outro, de estar com ele, de ouvir sua língua, receber seusgestos, estar, pensar e talvez sentir juntos. E estar, pensar e sentir juntossignifica não abdicar de nossa singularidade, nossa língua, nossa cultura...tampouco esperar que o outro abdique da sua, porque nenhumaeducação pode desejar ou implicar na negação da língua do outro.El presente ensayo invita a pensar acerca de la idea de una educación bilingüe dirigida a las personas sordas. En ese sentido, pregunta si aún hay espacio o si todavía nos damos espacio para pensar acerca de una educación bilingüe para sordos sin la absurda pretensión de la normalidad, sin el deseo de mesmidad, más allá de un debate inmovilizador y obsoleto que opone la lengua “de los otros” a la lengua de “uno nosotros” y, también, más allá de un discurso excesivamente jurídico, textual, que apunta todos sus esfuerzos hacia la llamada inclusión educativa. A través de un lenguaje que pasea entre lo sensible y lo literario, el texto provoca pensar al educativo como una conversación con el otro: “Toda pedagogía es una conversación o, si pudiera ser aún más claro: sin conversación no hay pedagogía posible”. Así, haciendo algunas consideraciones acerca del recorrido de la educación bilingüe de los sordos, nos provoca pensar la educación de sordos no buscando una esencia imposible de quienes son los sordos o de lo que es la sordera, sino una atención y una apertura al sentir y a lo educativo, que se centra en aquello que hacemos juntos, lo que trae consigo el desafío de ver al otro, de estar con él, de oír su lengua, recibir sus gestos, estar, pensar y tal vez sentir juntos. Y estar, pensar y sentir juntos significa no abdicar de nuestra singularidad, nuestra lengua, nuestra cultura... tampoco esperar que el otro abdique de la suya, porque ninguna educación puede desear o implicar en la negación de la lengua del otro.Fil: Skliar, Carlos Bernardo. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas; Argentina. Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales; ArgentinaInstituto Nacional de Educação de Surdos2017-06info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionhttp://purl.org/coar/resource_type/c_6501info:ar-repo/semantics/articuloapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11336/76221Skliar, Carlos Bernardo; As diferenças e as pessoas surdas; Instituto Nacional de Educação de Surdos; Revista Fórum; 35; 6-2017; 17-242525-6211CONICET DigitalCONICETporinfo:eu-repo/semantics/altIdentifier/url/https://index.pkp.sfu.ca/index.php/record/view/805675info:eu-repo/semantics/altIdentifier/doi/10.20395/fb.v1i36.384info:eu-repo/semantics/openAccesshttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/ar/reponame:CONICET Digital (CONICET)instname:Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas2025-09-29T10:31:20Zoai:ri.conicet.gov.ar:11336/76221instacron:CONICETInstitucionalhttp://ri.conicet.gov.ar/Organismo científico-tecnológicoNo correspondehttp://ri.conicet.gov.ar/oai/requestdasensio@conicet.gov.ar; lcarlino@conicet.gov.arArgentinaNo correspondeNo correspondeNo correspondeopendoar:34982025-09-29 10:31:21.205CONICET Digital (CONICET) - Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicasfalse
dc.title.none.fl_str_mv As diferenças e as pessoas surdas
Las diferencias y las personas sordas
title As diferenças e as pessoas surdas
spellingShingle As diferenças e as pessoas surdas
Skliar, Carlos Bernardo
EDUCAÇAO DE SURDOS
LÍNGUA
BILINGÜISMO
DIFERENÇA
title_short As diferenças e as pessoas surdas
title_full As diferenças e as pessoas surdas
title_fullStr As diferenças e as pessoas surdas
title_full_unstemmed As diferenças e as pessoas surdas
title_sort As diferenças e as pessoas surdas
dc.creator.none.fl_str_mv Skliar, Carlos Bernardo
author Skliar, Carlos Bernardo
author_facet Skliar, Carlos Bernardo
author_role author
dc.subject.none.fl_str_mv EDUCAÇAO DE SURDOS
LÍNGUA
BILINGÜISMO
DIFERENÇA
topic EDUCAÇAO DE SURDOS
LÍNGUA
BILINGÜISMO
DIFERENÇA
purl_subject.fl_str_mv https://purl.org/becyt/ford/5.3
https://purl.org/becyt/ford/5
dc.description.none.fl_txt_mv O presente ensaio convida a pensar acerca da ideia de uma educaçãobilíngue voltada às pessoas surdas. Nesse sentido, pergunta se aindahá espaço ou se ainda nos damos espaço para pensar em uma educaçãobilíngue para surdos sem a absurda pretensão da normalidade,sem o desejo de mesmidade, fora de um debate imobilizador e obsoletoque opõe a língua ?dos outros? à língua de ?um nós?, para além deum discurso excessivamente jurídico, textual, que aponta todos os seusesforços para a chamada inclusão educativa. Através de uma linguagemque passeia entre o sensível e o literário, o texto provoca a pensar o educativo como uma conversação com o outro: ?toda pedagogia éuma conversação ou, se pudesse ser ainda mais claro: sem conversaçãonão há pedagogia possível?. Assim, tecendo algumas considerações arespeito do percurso da educação bilíngue para surdos, provoca-nosa pensar a educação de surdos não buscando uma essência impossívelde quem são os surdos ou do que é a surdez, mas uma atenção euma abertura a sentir e estar presente no educativo, voltado, muitomais, para aquilo que fazemos juntos, o que traz consigo o desafio deenxergar o outro, de estar com ele, de ouvir sua língua, receber seusgestos, estar, pensar e talvez sentir juntos. E estar, pensar e sentir juntossignifica não abdicar de nossa singularidade, nossa língua, nossa cultura...tampouco esperar que o outro abdique da sua, porque nenhumaeducação pode desejar ou implicar na negação da língua do outro.
El presente ensayo invita a pensar acerca de la idea de una educación bilingüe dirigida a las personas sordas. En ese sentido, pregunta si aún hay espacio o si todavía nos damos espacio para pensar acerca de una educación bilingüe para sordos sin la absurda pretensión de la normalidad, sin el deseo de mesmidad, más allá de un debate inmovilizador y obsoleto que opone la lengua “de los otros” a la lengua de “uno nosotros” y, también, más allá de un discurso excesivamente jurídico, textual, que apunta todos sus esfuerzos hacia la llamada inclusión educativa. A través de un lenguaje que pasea entre lo sensible y lo literario, el texto provoca pensar al educativo como una conversación con el otro: “Toda pedagogía es una conversación o, si pudiera ser aún más claro: sin conversación no hay pedagogía posible”. Así, haciendo algunas consideraciones acerca del recorrido de la educación bilingüe de los sordos, nos provoca pensar la educación de sordos no buscando una esencia imposible de quienes son los sordos o de lo que es la sordera, sino una atención y una apertura al sentir y a lo educativo, que se centra en aquello que hacemos juntos, lo que trae consigo el desafío de ver al otro, de estar con él, de oír su lengua, recibir sus gestos, estar, pensar y tal vez sentir juntos. Y estar, pensar y sentir juntos significa no abdicar de nuestra singularidad, nuestra lengua, nuestra cultura... tampoco esperar que el otro abdique de la suya, porque ninguna educación puede desear o implicar en la negación de la lengua del otro.
Fil: Skliar, Carlos Bernardo. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas; Argentina. Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales; Argentina
description O presente ensaio convida a pensar acerca da ideia de uma educaçãobilíngue voltada às pessoas surdas. Nesse sentido, pergunta se aindahá espaço ou se ainda nos damos espaço para pensar em uma educaçãobilíngue para surdos sem a absurda pretensão da normalidade,sem o desejo de mesmidade, fora de um debate imobilizador e obsoletoque opõe a língua ?dos outros? à língua de ?um nós?, para além deum discurso excessivamente jurídico, textual, que aponta todos os seusesforços para a chamada inclusão educativa. Através de uma linguagemque passeia entre o sensível e o literário, o texto provoca a pensar o educativo como uma conversação com o outro: ?toda pedagogia éuma conversação ou, se pudesse ser ainda mais claro: sem conversaçãonão há pedagogia possível?. Assim, tecendo algumas considerações arespeito do percurso da educação bilíngue para surdos, provoca-nosa pensar a educação de surdos não buscando uma essência impossívelde quem são os surdos ou do que é a surdez, mas uma atenção euma abertura a sentir e estar presente no educativo, voltado, muitomais, para aquilo que fazemos juntos, o que traz consigo o desafio deenxergar o outro, de estar com ele, de ouvir sua língua, receber seusgestos, estar, pensar e talvez sentir juntos. E estar, pensar e sentir juntossignifica não abdicar de nossa singularidade, nossa língua, nossa cultura...tampouco esperar que o outro abdique da sua, porque nenhumaeducação pode desejar ou implicar na negação da língua do outro.
publishDate 2017
dc.date.none.fl_str_mv 2017-06
dc.type.none.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
http://purl.org/coar/resource_type/c_6501
info:ar-repo/semantics/articulo
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.none.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11336/76221
Skliar, Carlos Bernardo; As diferenças e as pessoas surdas; Instituto Nacional de Educação de Surdos; Revista Fórum; 35; 6-2017; 17-24
2525-6211
CONICET Digital
CONICET
url http://hdl.handle.net/11336/76221
identifier_str_mv Skliar, Carlos Bernardo; As diferenças e as pessoas surdas; Instituto Nacional de Educação de Surdos; Revista Fórum; 35; 6-2017; 17-24
2525-6211
CONICET Digital
CONICET
dc.language.none.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/altIdentifier/url/https://index.pkp.sfu.ca/index.php/record/view/805675
info:eu-repo/semantics/altIdentifier/doi/10.20395/fb.v1i36.384
dc.rights.none.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/ar/
eu_rights_str_mv openAccess
rights_invalid_str_mv https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/ar/
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Instituto Nacional de Educação de Surdos
publisher.none.fl_str_mv Instituto Nacional de Educação de Surdos
dc.source.none.fl_str_mv reponame:CONICET Digital (CONICET)
instname:Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas
reponame_str CONICET Digital (CONICET)
collection CONICET Digital (CONICET)
instname_str Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas
repository.name.fl_str_mv CONICET Digital (CONICET) - Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas
repository.mail.fl_str_mv dasensio@conicet.gov.ar; lcarlino@conicet.gov.ar
_version_ 1844614323435995136
score 13.070432