Entre el control y la incertidumbre: la producción cotidiana de la indetectabilidad

Autores
Gagliolo, Agostina Aixa; Margulies, Susana Silvia
Año de publicación
2022
Idioma
español castellano
Tipo de recurso
artículo
Estado
versión publicada
Descripción
A partir de 2018, a fórmula “Indetectável = Intransmissível” (I=I, indicando uma pessoa com carga viral indetectável tinha zero chances de transmitir sexualmente o vírus HIV) foi levantada pelo UNAIDS e outras organizações internacionais como o “caminho para acabar com a epidemia”. Acompanhados pelo desenvolvimento de tratamentos antirretrovirais altamente efcazes, que implicam a redução de comprimidos e das doses diárias, os discursos “Pós-AIDS” de crescente otimismo têm levantado a “indetectabilidade-intransmissibilidade” como uma resposta abrangente, simples e efcaz tanto para o controle individual do vírus bem como para o seu governo ao nível comunitário. Este artigo pretende observar a “indetectabilidade viral” a partir das diferentes formas como ela se confgura e se produz nos diferentes espaços, relações e tempos vitais em que se põe em jogo. A partir de um estudo etnográfco realizado em um Programa Municipal de HIV da Província de Buenos Aires, resgatamos as narrativas de duas pessoas em tratamento de longa duração para mergulhar na produção cotidiana de “ser”, “fcar” e “manter” indetectável. Consideramos, nesse quadro, que o devir-indetectável implica uma coexistência entre controle e descontrole que se desenvolve em um processo com-outros, no qual os sujeitos realizam buscas para encontrar respostas para seus sofrimentos. Esses processos implicam a formação tanto de vínculos frágeis, momentâneos e incertos quanto de relações com outros que constituem um resseguro para a manutenção dos tratamentos.
As of 2018, the “Undetectable = Intransmissible” (U=U) formula, indicating that a person whose viral load is undetectable has zero chances of transmitting HIV sexually, was raised by UNAIDS and other international organizations as the “path towards ending the epidemic”. Together with the development of highly efective antiretroviral treatments, which imply the reduction of the number of pills and daily intakes, increasingly optimistic “Post-AIDS” discourses have raised “undetectability-untransmissibility” as a comprehensive, simple and efective response for controlling the virus at both the individual and community level. Tis article intends to observe “viral undetectability” taking into account the myriad of ways in which it is confgured and produced in diferent spaces, relationships and vital times in which it’s put into play. Based on an ethnographic study carried out in a Municipal HIV Program in the Province of Buenos Aires, we recover the narratives of two people undergoing long-term treatment to delve into the daily production of “being”, “staying” and “maintaining” undetectable. We consider, within this framework, that becoming-undetectable implies a co-existence between control and lack of control that develops itself within an intersubjective process, in which the subjects carry out searches to fnd answers to their sufering. Tese processes imply the formation of both fragile, momentary and uncertain ties as well as relationships with-others that constitute a reinsurance for treatment continuity.
Fil: Gagliolo, Agostina Aixa. Universidad de Buenos Aires. Facultad de Filosofía y Letras. Instituto de Ciencias Antropológicas. Sección de Antropología Social; Argentina. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas; Argentina
Fil: Margulies, Susana Silvia. Universidad de Buenos Aires. Facultad de Filosofía y Letras. Instituto de Ciencias Antropológicas. Sección de Antropología Social; Argentina
Materia
HIV
CARGA VIRAL
FIM DA EPIDEMIA
INDETECTABILIDADE
Nivel de accesibilidad
acceso abierto
Condiciones de uso
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/ar/
Repositorio
CONICET Digital (CONICET)
Institución
Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas
OAI Identificador
oai:ri.conicet.gov.ar:11336/206014

id CONICETDig_7b6a83e9db572848c0d26a19ec9e8a46
oai_identifier_str oai:ri.conicet.gov.ar:11336/206014
network_acronym_str CONICETDig
repository_id_str 3498
network_name_str CONICET Digital (CONICET)
spelling Entre el control y la incertidumbre: la producción cotidiana de la indetectabilidadBetween control and uncertainty: the daily production of undetectabilityGagliolo, Agostina AixaMargulies, Susana SilviaHIVCARGA VIRALFIM DA EPIDEMIAINDETECTABILIDADEhttps://purl.org/becyt/ford/5.4https://purl.org/becyt/ford/5A partir de 2018, a fórmula “Indetectável = Intransmissível” (I=I, indicando uma pessoa com carga viral indetectável tinha zero chances de transmitir sexualmente o vírus HIV) foi levantada pelo UNAIDS e outras organizações internacionais como o “caminho para acabar com a epidemia”. Acompanhados pelo desenvolvimento de tratamentos antirretrovirais altamente efcazes, que implicam a redução de comprimidos e das doses diárias, os discursos “Pós-AIDS” de crescente otimismo têm levantado a “indetectabilidade-intransmissibilidade” como uma resposta abrangente, simples e efcaz tanto para o controle individual do vírus bem como para o seu governo ao nível comunitário. Este artigo pretende observar a “indetectabilidade viral” a partir das diferentes formas como ela se confgura e se produz nos diferentes espaços, relações e tempos vitais em que se põe em jogo. A partir de um estudo etnográfco realizado em um Programa Municipal de HIV da Província de Buenos Aires, resgatamos as narrativas de duas pessoas em tratamento de longa duração para mergulhar na produção cotidiana de “ser”, “fcar” e “manter” indetectável. Consideramos, nesse quadro, que o devir-indetectável implica uma coexistência entre controle e descontrole que se desenvolve em um processo com-outros, no qual os sujeitos realizam buscas para encontrar respostas para seus sofrimentos. Esses processos implicam a formação tanto de vínculos frágeis, momentâneos e incertos quanto de relações com outros que constituem um resseguro para a manutenção dos tratamentos.As of 2018, the “Undetectable = Intransmissible” (U=U) formula, indicating that a person whose viral load is undetectable has zero chances of transmitting HIV sexually, was raised by UNAIDS and other international organizations as the “path towards ending the epidemic”. Together with the development of highly efective antiretroviral treatments, which imply the reduction of the number of pills and daily intakes, increasingly optimistic “Post-AIDS” discourses have raised “undetectability-untransmissibility” as a comprehensive, simple and efective response for controlling the virus at both the individual and community level. Tis article intends to observe “viral undetectability” taking into account the myriad of ways in which it is confgured and produced in diferent spaces, relationships and vital times in which it’s put into play. Based on an ethnographic study carried out in a Municipal HIV Program in the Province of Buenos Aires, we recover the narratives of two people undergoing long-term treatment to delve into the daily production of “being”, “staying” and “maintaining” undetectable. We consider, within this framework, that becoming-undetectable implies a co-existence between control and lack of control that develops itself within an intersubjective process, in which the subjects carry out searches to fnd answers to their sufering. Tese processes imply the formation of both fragile, momentary and uncertain ties as well as relationships with-others that constitute a reinsurance for treatment continuity.Fil: Gagliolo, Agostina Aixa. Universidad de Buenos Aires. Facultad de Filosofía y Letras. Instituto de Ciencias Antropológicas. Sección de Antropología Social; Argentina. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas; ArgentinaFil: Margulies, Susana Silvia. Universidad de Buenos Aires. Facultad de Filosofía y Letras. Instituto de Ciencias Antropológicas. Sección de Antropología Social; ArgentinaUniversidad Federal de Río Grande del Norte2022-12info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionhttp://purl.org/coar/resource_type/c_6501info:ar-repo/semantics/articuloapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11336/206014Gagliolo, Agostina Aixa; Margulies, Susana Silvia; Entre el control y la incertidumbre: la producción cotidiana de la indetectabilidad; Universidad Federal de Río Grande del Norte; Vivencia: Revista de Antropología; 1; 60; 12-2022; 21-432238-6009CONICET DigitalCONICETspainfo:eu-repo/semantics/altIdentifier/doi/10.21680/2238-6009.2022v1n60ID31082info:eu-repo/semantics/altIdentifier/url/https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/31082info:eu-repo/semantics/openAccesshttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/ar/reponame:CONICET Digital (CONICET)instname:Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas2025-09-29T10:01:24Zoai:ri.conicet.gov.ar:11336/206014instacron:CONICETInstitucionalhttp://ri.conicet.gov.ar/Organismo científico-tecnológicoNo correspondehttp://ri.conicet.gov.ar/oai/requestdasensio@conicet.gov.ar; lcarlino@conicet.gov.arArgentinaNo correspondeNo correspondeNo correspondeopendoar:34982025-09-29 10:01:24.876CONICET Digital (CONICET) - Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicasfalse
dc.title.none.fl_str_mv Entre el control y la incertidumbre: la producción cotidiana de la indetectabilidad
Between control and uncertainty: the daily production of undetectability
title Entre el control y la incertidumbre: la producción cotidiana de la indetectabilidad
spellingShingle Entre el control y la incertidumbre: la producción cotidiana de la indetectabilidad
Gagliolo, Agostina Aixa
HIV
CARGA VIRAL
FIM DA EPIDEMIA
INDETECTABILIDADE
title_short Entre el control y la incertidumbre: la producción cotidiana de la indetectabilidad
title_full Entre el control y la incertidumbre: la producción cotidiana de la indetectabilidad
title_fullStr Entre el control y la incertidumbre: la producción cotidiana de la indetectabilidad
title_full_unstemmed Entre el control y la incertidumbre: la producción cotidiana de la indetectabilidad
title_sort Entre el control y la incertidumbre: la producción cotidiana de la indetectabilidad
dc.creator.none.fl_str_mv Gagliolo, Agostina Aixa
Margulies, Susana Silvia
author Gagliolo, Agostina Aixa
author_facet Gagliolo, Agostina Aixa
Margulies, Susana Silvia
author_role author
author2 Margulies, Susana Silvia
author2_role author
dc.subject.none.fl_str_mv HIV
CARGA VIRAL
FIM DA EPIDEMIA
INDETECTABILIDADE
topic HIV
CARGA VIRAL
FIM DA EPIDEMIA
INDETECTABILIDADE
purl_subject.fl_str_mv https://purl.org/becyt/ford/5.4
https://purl.org/becyt/ford/5
dc.description.none.fl_txt_mv A partir de 2018, a fórmula “Indetectável = Intransmissível” (I=I, indicando uma pessoa com carga viral indetectável tinha zero chances de transmitir sexualmente o vírus HIV) foi levantada pelo UNAIDS e outras organizações internacionais como o “caminho para acabar com a epidemia”. Acompanhados pelo desenvolvimento de tratamentos antirretrovirais altamente efcazes, que implicam a redução de comprimidos e das doses diárias, os discursos “Pós-AIDS” de crescente otimismo têm levantado a “indetectabilidade-intransmissibilidade” como uma resposta abrangente, simples e efcaz tanto para o controle individual do vírus bem como para o seu governo ao nível comunitário. Este artigo pretende observar a “indetectabilidade viral” a partir das diferentes formas como ela se confgura e se produz nos diferentes espaços, relações e tempos vitais em que se põe em jogo. A partir de um estudo etnográfco realizado em um Programa Municipal de HIV da Província de Buenos Aires, resgatamos as narrativas de duas pessoas em tratamento de longa duração para mergulhar na produção cotidiana de “ser”, “fcar” e “manter” indetectável. Consideramos, nesse quadro, que o devir-indetectável implica uma coexistência entre controle e descontrole que se desenvolve em um processo com-outros, no qual os sujeitos realizam buscas para encontrar respostas para seus sofrimentos. Esses processos implicam a formação tanto de vínculos frágeis, momentâneos e incertos quanto de relações com outros que constituem um resseguro para a manutenção dos tratamentos.
As of 2018, the “Undetectable = Intransmissible” (U=U) formula, indicating that a person whose viral load is undetectable has zero chances of transmitting HIV sexually, was raised by UNAIDS and other international organizations as the “path towards ending the epidemic”. Together with the development of highly efective antiretroviral treatments, which imply the reduction of the number of pills and daily intakes, increasingly optimistic “Post-AIDS” discourses have raised “undetectability-untransmissibility” as a comprehensive, simple and efective response for controlling the virus at both the individual and community level. Tis article intends to observe “viral undetectability” taking into account the myriad of ways in which it is confgured and produced in diferent spaces, relationships and vital times in which it’s put into play. Based on an ethnographic study carried out in a Municipal HIV Program in the Province of Buenos Aires, we recover the narratives of two people undergoing long-term treatment to delve into the daily production of “being”, “staying” and “maintaining” undetectable. We consider, within this framework, that becoming-undetectable implies a co-existence between control and lack of control that develops itself within an intersubjective process, in which the subjects carry out searches to fnd answers to their sufering. Tese processes imply the formation of both fragile, momentary and uncertain ties as well as relationships with-others that constitute a reinsurance for treatment continuity.
Fil: Gagliolo, Agostina Aixa. Universidad de Buenos Aires. Facultad de Filosofía y Letras. Instituto de Ciencias Antropológicas. Sección de Antropología Social; Argentina. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas; Argentina
Fil: Margulies, Susana Silvia. Universidad de Buenos Aires. Facultad de Filosofía y Letras. Instituto de Ciencias Antropológicas. Sección de Antropología Social; Argentina
description A partir de 2018, a fórmula “Indetectável = Intransmissível” (I=I, indicando uma pessoa com carga viral indetectável tinha zero chances de transmitir sexualmente o vírus HIV) foi levantada pelo UNAIDS e outras organizações internacionais como o “caminho para acabar com a epidemia”. Acompanhados pelo desenvolvimento de tratamentos antirretrovirais altamente efcazes, que implicam a redução de comprimidos e das doses diárias, os discursos “Pós-AIDS” de crescente otimismo têm levantado a “indetectabilidade-intransmissibilidade” como uma resposta abrangente, simples e efcaz tanto para o controle individual do vírus bem como para o seu governo ao nível comunitário. Este artigo pretende observar a “indetectabilidade viral” a partir das diferentes formas como ela se confgura e se produz nos diferentes espaços, relações e tempos vitais em que se põe em jogo. A partir de um estudo etnográfco realizado em um Programa Municipal de HIV da Província de Buenos Aires, resgatamos as narrativas de duas pessoas em tratamento de longa duração para mergulhar na produção cotidiana de “ser”, “fcar” e “manter” indetectável. Consideramos, nesse quadro, que o devir-indetectável implica uma coexistência entre controle e descontrole que se desenvolve em um processo com-outros, no qual os sujeitos realizam buscas para encontrar respostas para seus sofrimentos. Esses processos implicam a formação tanto de vínculos frágeis, momentâneos e incertos quanto de relações com outros que constituem um resseguro para a manutenção dos tratamentos.
publishDate 2022
dc.date.none.fl_str_mv 2022-12
dc.type.none.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
http://purl.org/coar/resource_type/c_6501
info:ar-repo/semantics/articulo
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.none.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11336/206014
Gagliolo, Agostina Aixa; Margulies, Susana Silvia; Entre el control y la incertidumbre: la producción cotidiana de la indetectabilidad; Universidad Federal de Río Grande del Norte; Vivencia: Revista de Antropología; 1; 60; 12-2022; 21-43
2238-6009
CONICET Digital
CONICET
url http://hdl.handle.net/11336/206014
identifier_str_mv Gagliolo, Agostina Aixa; Margulies, Susana Silvia; Entre el control y la incertidumbre: la producción cotidiana de la indetectabilidad; Universidad Federal de Río Grande del Norte; Vivencia: Revista de Antropología; 1; 60; 12-2022; 21-43
2238-6009
CONICET Digital
CONICET
dc.language.none.fl_str_mv spa
language spa
dc.relation.none.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/altIdentifier/doi/10.21680/2238-6009.2022v1n60ID31082
info:eu-repo/semantics/altIdentifier/url/https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/31082
dc.rights.none.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/ar/
eu_rights_str_mv openAccess
rights_invalid_str_mv https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/ar/
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidad Federal de Río Grande del Norte
publisher.none.fl_str_mv Universidad Federal de Río Grande del Norte
dc.source.none.fl_str_mv reponame:CONICET Digital (CONICET)
instname:Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas
reponame_str CONICET Digital (CONICET)
collection CONICET Digital (CONICET)
instname_str Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas
repository.name.fl_str_mv CONICET Digital (CONICET) - Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas
repository.mail.fl_str_mv dasensio@conicet.gov.ar; lcarlino@conicet.gov.ar
_version_ 1844613807364636672
score 13.070432