Culturas militares na Argentina do século XIX ao início do século XXI
- Autores
- Soprano Manzo, Germán Flavio; Zirker, D.; Mathias, S. K.
- Año de publicación
- 2016
- Idioma
- portugués
- Tipo de recurso
- parte de libro
- Estado
- versión publicada
- Descripción
- A relativa autonomia dos militares, enquanto grupo social dentro dos Estados e das sociedades contemporâneas, foi definida pelas Ciências Sociais recorrendo a diferentes abordagens, metodologias e categorias analíticas. A existência de identidades, organizações e sociabilidades particulares não constitui uma característica exclusiva dos militares como grupo. No entanto, os membros das Forças Armadas foram reconhecidos como atores sociais com lógicas e práticas socioculturais marcadamente singulares e diferenciadas de outros grupos que integram as sociedades das quais fazem parte e têm a missão de defender. Seguindo a proposta do livro, neste capítulo propõe-se analisar características relevantes das culturas militares na Argentina desde o século XIX até o início do século XXI, explorando a utilidade hermenêutica do conceito de quase-etnicidade, isto é, compreendendo os militares como quase-grupos étnicos ou étnico-nacionais. Focaremos em particular o Exército (força de terra) por ser a força de maior magnitude, espalhada por todo o território e de incidência mais forte na política nacional ao longo de sua história. Para adotar este conceito, faz-se necessário definir ao menos duas questões: uma de caráter teórico-metodológico e outra substantiva. Primeira questão: compartilhamos com Daniel Zirker sua crítica a concepções primordialistas e instrumentalistas da etnicidade. Portanto, assumimos também a necessidade de indagar no estudo das identidades étnico-nacionais levando em conta, simultaneamente, suas dimensões culturais e as lutas políticas travadas por atores sociais específicos em torno da produção de sentidos socialmente legítimos da nação e do nacionalismo. Por conseguinte, optamos por utilizar uma noção e usos construtivistas da etnicidade dos grupos étnicos ou étnico-nacionais. Segunda questão: entendemos que desde o final do século XIX o processo de construção do Estado-nação na Argentina foi relativamente bem-sucedido, pois as elites dirigentes conseguiram produzir e atualizar suas pretensões de conformar uma identidade nacional que compreendeu praticamente a totalidade de sua população. Portanto, nem naquele extenso período, nem na atualidade se constituíram ou manifestaram grupos sociais significativos, residentes no país, que conseguissem consagrar identidades étnico-nacionais alternativas. Esta última afirmação deve ser compreendida considerando que, por um lado, o nation building argentino no século XIX estava longe de ser um processo livre de violência, pois passou por uma sangrenta etapa de guerras civis e de subjugação das sociedades indígenas das regiões de Pampa, Patagonia e do Chaco e, por outro lado, os sentidos da nação argentina e do nacionalismo foram e/ou são objeto de disputa entre diferentes grupos; em outras palavras, seu conteúdo reconhece sentidos amplamente compartilhados, mas também diferenças. Por último, setores dirigentes ou outros grupos da sociedade perceberam e/ou percebem a emergência de ameaças externas ou internas operando contra a nação, seja aquelas associadas com a presença massiva de população europeia imigrante entre fins do século XIX e início do século XX, como o comunismo ou outras identidades políticas locais tidas por subversivas ou revolucionárias como o peronismo durante o período da Guerra Fria, ou como os imigrantes de países vizinhos, o crime organizado (em especial o narcotráfico) e o terrorismo no contexto da globalização na virada do século XX para o século XXI. Ao longo do capítulo, desenvolvemos nossos argumentos servindo-nos do diálogo com estudos de outros cientistas sociais (historiadores, sociólogos, cientistas políticos e antropólogos) que analisaram os temas militares na Argentina dos séculos XIX, XX e XXI, recorrendo também a investigações históricas e etnográficas próprias que efetuamos sobre as Forças Armadas para o período compreendido entre o ano de 1983 e o presente.
Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación - Materia
-
Ciencias Sociales
Culturas militares
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Argentina - Nivel de accesibilidad
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- Condiciones de uso
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Portanto, assumimos também a necessidade de indagar no estudo das identidades étnico-nacionais levando em conta, simultaneamente, suas dimensões culturais e as lutas políticas travadas por atores sociais específicos em torno da produção de sentidos socialmente legítimos da nação e do nacionalismo. Por conseguinte, optamos por utilizar uma noção e usos construtivistas da etnicidade dos grupos étnicos ou étnico-nacionais. Segunda questão: entendemos que desde o final do século XIX o processo de construção do Estado-nação na Argentina foi relativamente bem-sucedido, pois as elites dirigentes conseguiram produzir e atualizar suas pretensões de conformar uma identidade nacional que compreendeu praticamente a totalidade de sua população. Portanto, nem naquele extenso período, nem na atualidade se constituíram ou manifestaram grupos sociais significativos, residentes no país, que conseguissem consagrar identidades étnico-nacionais alternativas. Esta última afirmação deve ser compreendida considerando que, por um lado, o nation building argentino no século XIX estava longe de ser um processo livre de violência, pois passou por uma sangrenta etapa de guerras civis e de subjugação das sociedades indígenas das regiões de Pampa, Patagonia e do Chaco e, por outro lado, os sentidos da nação argentina e do nacionalismo foram e/ou são objeto de disputa entre diferentes grupos; em outras palavras, seu conteúdo reconhece sentidos amplamente compartilhados, mas também diferenças. Por último, setores dirigentes ou outros grupos da sociedade perceberam e/ou percebem a emergência de ameaças externas ou internas operando contra a nação, seja aquelas associadas com a presença massiva de população europeia imigrante entre fins do século XIX e início do século XX, como o comunismo ou outras identidades políticas locais tidas por subversivas ou revolucionárias como o peronismo durante o período da Guerra Fria, ou como os imigrantes de países vizinhos, o crime organizado (em especial o narcotráfico) e o terrorismo no contexto da globalização na virada do século XX para o século XXI. Ao longo do capítulo, desenvolvemos nossos argumentos servindo-nos do diálogo com estudos de outros cientistas sociais (historiadores, sociólogos, cientistas políticos e antropólogos) que analisaram os temas militares na Argentina dos séculos XIX, XX e XXI, recorrendo também a investigações históricas e etnográficas próprias que efetuamos sobre as Forças Armadas para o período compreendido entre o ano de 1983 e o presente.Facultad de Humanidades y Ciencias de la EducaciónCultura Acadêmica Editora2016info:eu-repo/semantics/bookPartinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionCapitulo de librohttp://purl.org/coar/resource_type/c_3248info:ar-repo/semantics/parteDeLibroapplication/pdf29-66http://sedici.unlp.edu.ar/handle/10915/99433info:eu-repo/semantics/altIdentifier/isbn/978-85-7983-715-9info:eu-repo/semantics/altIdentifier/url/https://ri.conicet.gov.ar/11336/94766info:eu-repo/semantics/altIdentifier/url/http://www.culturaacademica.com.br/catalogo/militares-e-democracia/info:eu-repo/semantics/altIdentifier/hdl/11336/94766info:eu-repo/semantics/openAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International (CC BY-NC-SA 4.0)porreponame:SEDICI (UNLP)instname:Universidad Nacional de La Platainstacron:UNLP2025-11-05T13:00:19Zoai:sedici.unlp.edu.ar:10915/99433Institucionalhttp://sedici.unlp.edu.ar/Universidad públicaNo correspondehttp://sedici.unlp.edu.ar/oai/snrdalira@sedici.unlp.edu.arArgentinaNo correspondeNo correspondeNo correspondeopendoar:13292025-11-05 13:00:19.216SEDICI (UNLP) - Universidad Nacional de La Platafalse |
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