Hilda Hilst – Decifra-me ou te devoro: literatura e filosofia no ensino médio

Autores
Feitosa, Hannah; Jesus, Fábio
Año de publicación
2020
Idioma
portugués
Tipo de recurso
artículo
Estado
versión publicada
Descripción
No bojo do reconhecimento nacional acerca da produção hilstiana, Alcir Pécora, em 2010, organizou um livro a fim de responder à questão: “Por que ler Hilda Hilst?” Realocando a ideia, nos perguntamos sobre por que ler Hilda no ensino básico, particularmente no ensino médio, como um espaço no qual nosso esforço se colocou em torno das possibilidades de aproximação entre os escolares e o texto áspero e desafiador da autora. Partindo disso, e da proposição de Adorno que identifica lírica e sociedade através da linguagem, nos foi possível produzir essa aproximação numa experiência literária e filosófica junto a estudantes do terceiro ano em uma escola pública de São Paulo. Ao partirmos da leitura dramatizada do texto VICIOSO KADEK (Hilst, 2018, pp. 311-312) e de reminiscências de aulas sobre Sócrates, foi possível ler Fédon e flertar com o existencialismo, questionar a regime militar no Brasil e refletir sobre a morte e a condição humana; encontros nos quais o entusiasmo dos jovens com o texto hilstiano era patente. O que verificamos não é simplesmente a pertinência do texto na escola ou a capacidade de leitura dos jovens, verificamos, sobretudo, a alta demanda por interações intelectuais, estéticas e filosóficas significativas em sala de aula. Nosso relato dessa experiência parte de um diagnóstico sobre os jovens, passa por uma reflexão acerca do ensino de filosofia no ensino médio, bem como sobre as possibilidades de articulação entre filosofia e literatura. Expomos uma breve biografia de Hilda Hilst, e como organizamos as aulas em torno do texto hilstiano; realizamos uma apresentação do texto dramatizado em sala de aula e passamos à descrição e análise do experienciado junto aos jovens. Por fim, propomos algumas aproximações entre o que nos indica Adorno em sua famosa palestra “Lírica e Sociedade” (2003), o que defende Foucault em “A ética do cuidado de si” (2004), e o vivido por esses jovens nessas aulas.
Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación
Fuente
Revistas de la FAHCE
Materia
Letras
Educación
Hilda Hilst
Brasil
Escuela
Filosofía
Literatura
Nivel de accesibilidad
acceso abierto
Condiciones de uso
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/
Repositorio
SEDICI (UNLP)
Institución
Universidad Nacional de La Plata
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Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación
description No bojo do reconhecimento nacional acerca da produção hilstiana, Alcir Pécora, em 2010, organizou um livro a fim de responder à questão: “Por que ler Hilda Hilst?” Realocando a ideia, nos perguntamos sobre por que ler Hilda no ensino básico, particularmente no ensino médio, como um espaço no qual nosso esforço se colocou em torno das possibilidades de aproximação entre os escolares e o texto áspero e desafiador da autora. Partindo disso, e da proposição de Adorno que identifica lírica e sociedade através da linguagem, nos foi possível produzir essa aproximação numa experiência literária e filosófica junto a estudantes do terceiro ano em uma escola pública de São Paulo. Ao partirmos da leitura dramatizada do texto <i>VICIOSO KADEK</i> (Hilst, 2018, pp. 311-312) e de reminiscências de aulas sobre Sócrates, foi possível ler <i>Fédon</i> e flertar com o existencialismo, questionar a regime militar no Brasil e refletir sobre a morte e a condição humana; encontros nos quais o entusiasmo dos jovens com o texto hilstiano era patente. O que verificamos não é simplesmente a pertinência do texto na escola ou a capacidade de leitura dos jovens, verificamos, sobretudo, a alta demanda por interações intelectuais, estéticas e filosóficas significativas em sala de aula. Nosso relato dessa experiência parte de um diagnóstico sobre os jovens, passa por uma reflexão acerca do ensino de filosofia no ensino médio, bem como sobre as possibilidades de articulação entre filosofia e literatura. Expomos uma breve biografia de Hilda Hilst, e como organizamos as aulas em torno do texto hilstiano; realizamos uma apresentação do texto dramatizado em sala de aula e passamos à descrição e análise do experienciado junto aos jovens. Por fim, propomos algumas aproximações entre o que nos indica Adorno em sua famosa palestra “Lírica e Sociedade” (2003), o que defende Foucault em “A ética do cuidado de si” (2004), e o vivido por esses jovens nessas aulas.
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