Sociografia e educação da diferença com Georges Perec
- Autores
- Adó, Máximo Daniel Lamela; Corazza, Sandra Mara
- Año de publicación
- 2014
- Idioma
- portugués
- Tipo de recurso
- documento de conferencia
- Estado
- versión publicada
- Descripción
- Este texto visa pensar uma educação da diferença a partir de processos de criação literária — como atividades de tradução transcriadora — voltados para uma pesquisa da vida cotidiana. Para tanto, recorre à literatura de Georges Perec como um procedimento transcriador ao modo de uma constituição sociográfica de um espaço na escritura. Ao falar em uma sociografia estamos concebendo que a observação de processos sociais e do próprio observador pode e é concebida por uma escrita (grafia). Entretanto, lembramos que toda escrita está coadunada a uma leitura e estas, escrita e leitura (escrileituras), são atividades constitutivas da cotidianeidade; seus discursos e narrativas, gestos e imagens. É importante ressaltar que uma sociografia difere de uma sociologia na medida em que permuta uma postura interpretativa dos fenômenos sociais por uma escrita descritivo/inventiva de tais fenômenos vistos como associações interativas. A escrita de Georges Perec assume desde seu primeiro livro Les choses, um aspecto autobiográfico e está de acordo com a ideia de uma sociografia. Ele a faz como se buscasse olhar para a vida cotidiana por meio de uma espécie de descrição de associações interativas, de si e dos objetos, transformando os espaços em que se vive a cotidianidade, como as cidades, em artefatos que personificam seus textos e, em reciprocidade, recriam o próprio espaço textual como um espaço de associações recíprocas, ou seja, como um espaço social e, portanto, um espaço de relações que, escritas, tornam-se sociografias. Salientamos, ainda, que recorremos à literatura de Perec como um modo de perspectivar um espaço de educação da diferença, no sentido de nos apropriar de suas produções e tomá-las como propiciadoras do novo pela incitação, em sala de aula, de uma escrita autobiográfica tomada como atravessamento possível para a transcriação de forças e materiais para fazer formas constitutivas e constituidoras de um currículo.
Mesa 36: El placer del texto. Sociología, literatura y producción de subjetividades en los mundos literario
Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación - Materia
-
Sociología
Georges Perec
sociografia
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literatura
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Escritura - Nivel de accesibilidad
- acceso abierto
- Condiciones de uso
- http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/2.5/ar/
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- Universidad Nacional de La Plata
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Este texto visa pensar uma educação da diferença a partir de processos de criação literária — como atividades de tradução transcriadora — voltados para uma pesquisa da vida cotidiana. Para tanto, recorre à literatura de Georges Perec como um procedimento transcriador ao modo de uma constituição sociográfica de um espaço na escritura. Ao falar em uma sociografia estamos concebendo que a observação de processos sociais e do próprio observador pode e é concebida por uma escrita (grafia). Entretanto, lembramos que toda escrita está coadunada a uma leitura e estas, escrita e leitura (escrileituras), são atividades constitutivas da cotidianeidade; seus discursos e narrativas, gestos e imagens. É importante ressaltar que uma sociografia difere de uma sociologia na medida em que permuta uma postura interpretativa dos fenômenos sociais por uma escrita descritivo/inventiva de tais fenômenos vistos como associações interativas. A escrita de Georges Perec assume desde seu primeiro livro <i>Les choses</i>, um aspecto autobiográfico e está de acordo com a ideia de uma sociografia. Ele a faz como se buscasse olhar para a vida cotidiana por meio de uma espécie de descrição de associações interativas, de si e dos objetos, transformando os espaços em que se vive a cotidianidade, como as cidades, em artefatos que personificam seus textos e, em reciprocidade, recriam o próprio espaço textual como um espaço de associações recíprocas, ou seja, como um espaço social e, portanto, um espaço de relações que, escritas, tornam-se sociografias. Salientamos, ainda, que recorremos à literatura de Perec como um modo de perspectivar um espaço de educação da diferença, no sentido de nos apropriar de suas produções e tomá-las como propiciadoras do novo pela incitação, em sala de aula, de uma escrita autobiográfica tomada como atravessamento possível para a transcriação de forças e materiais para fazer formas constitutivas e constituidoras de um currículo. |
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