Etnoconhecimento associado às amoreiras-brancas (Rubus spp.) ocorrentes na Floresta Ombrófila Mista, Santa Catarina, Brasil
- Autores
- Couto Waltrich, Cibelle; Boff, Pedro; Boff, Mari Inês Caríssimi
- Año de publicación
- 2017
- Idioma
- portugués
- Tipo de recurso
- artículo
- Estado
- versión publicada
- Descripción
- Amoreiras-brancas (Rubus spp.) são espécies frutíferas nativas da Floresta Ombrófila Mista, ecossistema predominante no Sul do Brasil. O objetivo deste trabalho foi sistematizar o etnoconhecimento associado ás amoreiras-brancas. Foram abordados os seguintes aspectos: histórico e potencial de uso de amoreiras-brancas, aspectos socioeconômicos dos informantes, nome comum da planta, manejo das plantas, formas de consumo, época de frutificação e sabor dos frutos. O estudo demonstrou serem os agricultores mantenedores de amoreiras-brancas. O uso mais frequente era na forma de frutos frescos e para chás de folhas, flores e raízes. A maioria dos entrevistados (32) utilizam a amoreira-branca como medicinal. Entre os informantes, trinta e quatro afirmavam que aprenderam sobre o uso de plantas medicinais com os pais, incluindo a amoreira-branca. Todos informantes tinham livre acesso ás plantas em suas propriedades ou em terreno de vizinhos e seis informantes não utilizavam/desconheciam a forma de uso medicinal da espécie. As indicações terapêuticas de maior uso da amoreira-branca foram: diabetes (27), colesterol (19) e pressão alta (9). A parte da planta mais citada para uso medicinal era a folha, com apenas uma citação para utilização de flores e raízes. O modo de administração se dava por via na forma de chá por infusão. O consumo in natura dos frutos era feito de forma eventual. Embora a espécie seja negligenciada pelos consumidores urbanos, a amoreira-branca pode se constituir em alternativa de renda para pequenos agricultores e fonte nutracêutica para residentes no Planalto Sul Catarinense, cultivando-a para produção de frutos, como planta ornamental e/ou medicinal.
Greenberries (Rubus spp.) are native fruit species from “Ombrofila Mista” a predominant ecosystem in the Atlantic Forest in southern Brazil. The aim of this study was to systematize the ethnoknowledge associated with greenberries. The questions addressed the following aspects: history and potential use of greenberries, socioeconomic aspects of the farmers, common name of the plant, management of plants, forms of consumption, time of fruiting and fruit flavor. The study showed that farmers are the maintainers of greenberries. The most common use was in the form of fresh fruits and teas of leaves, flowers and roots. The majority (32) of farmers used the greenberries plants as medicinal. Among the respondents, thirty-four said they learned about the use of medicinal plants with parents, including greenberries. All informants had free access to plants on their properties or land in neighboring. Six respondents not used / ignored the form of medicinal use of the specie. The most frequent therapeutic uses of greenberries were: diabetes (27), cholesterol (19) and blood high-pressure (9). The most mentioned plant part for medicinal use was the leave, with only a quote for the use of flowers and roots. The mode of administration was given through the form of tea infusion. The consumption of in natura fruits was eventually made. Although the species is neglected by urban consumers, the greenberries can be an alternative income for small farmers. It is a rich source nutraceutical and farmers do Planalto Sul Catarinense are able to cultivate it for fruit production, ornamental and / or medicinal plant.
Facultad de Ciencias Agrarias y Forestales - Materia
-
Ciencias Agrarias
Ingeniería Forestal
amoreira-branca
rusticidad
conhecimento popular
fruteiras nativas
Brasil
Biodiversidad - Nivel de accesibilidad
- acceso abierto
- Condiciones de uso
- http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/
- Repositorio
- Institución
- Universidad Nacional de La Plata
- OAI Identificador
- oai:sedici.unlp.edu.ar:10915/61783
Ver los metadatos del registro completo
id |
SEDICI_0f64b98e6abcf60ab4f11f0e247cf1c6 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:sedici.unlp.edu.ar:10915/61783 |
network_acronym_str |
SEDICI |
repository_id_str |
1329 |
network_name_str |
SEDICI (UNLP) |
spelling |
Etnoconhecimento associado às amoreiras-brancas (Rubus spp.) ocorrentes na Floresta Ombrófila Mista, Santa Catarina, BrasilEthno-knowledge of greenberries (Rubus spp.) growing in the “Ombrófila Mista” forest of Santa Catarina State, BrazilCouto Waltrich, CibelleBoff, PedroBoff, Mari Inês CaríssimiCiencias AgrariasIngeniería Forestalamoreira-brancarusticidadconhecimento popularfruteiras nativasBrasilBiodiversidadAmoreiras-brancas (Rubus spp.) são espécies frutíferas nativas da Floresta Ombrófila Mista, ecossistema predominante no Sul do Brasil. O objetivo deste trabalho foi sistematizar o etnoconhecimento associado ás amoreiras-brancas. Foram abordados os seguintes aspectos: histórico e potencial de uso de amoreiras-brancas, aspectos socioeconômicos dos informantes, nome comum da planta, manejo das plantas, formas de consumo, época de frutificação e sabor dos frutos. O estudo demonstrou serem os agricultores mantenedores de amoreiras-brancas. O uso mais frequente era na forma de frutos frescos e para chás de folhas, flores e raízes. A maioria dos entrevistados (32) utilizam a amoreira-branca como medicinal. Entre os informantes, trinta e quatro afirmavam que aprenderam sobre o uso de plantas medicinais com os pais, incluindo a amoreira-branca. Todos informantes tinham livre acesso ás plantas em suas propriedades ou em terreno de vizinhos e seis informantes não utilizavam/desconheciam a forma de uso medicinal da espécie. As indicações terapêuticas de maior uso da amoreira-branca foram: diabetes (27), colesterol (19) e pressão alta (9). A parte da planta mais citada para uso medicinal era a folha, com apenas uma citação para utilização de flores e raízes. O modo de administração se dava por via na forma de chá por infusão. O consumo in natura dos frutos era feito de forma eventual. Embora a espécie seja negligenciada pelos consumidores urbanos, a amoreira-branca pode se constituir em alternativa de renda para pequenos agricultores e fonte nutracêutica para residentes no Planalto Sul Catarinense, cultivando-a para produção de frutos, como planta ornamental e/ou medicinal.Greenberries (Rubus spp.) are native fruit species from “Ombrofila Mista” a predominant ecosystem in the Atlantic Forest in southern Brazil. The aim of this study was to systematize the ethnoknowledge associated with greenberries. The questions addressed the following aspects: history and potential use of greenberries, socioeconomic aspects of the farmers, common name of the plant, management of plants, forms of consumption, time of fruiting and fruit flavor. The study showed that farmers are the maintainers of greenberries. The most common use was in the form of fresh fruits and teas of leaves, flowers and roots. The majority (32) of farmers used the greenberries plants as medicinal. Among the respondents, thirty-four said they learned about the use of medicinal plants with parents, including greenberries. All informants had free access to plants on their properties or land in neighboring. Six respondents not used / ignored the form of medicinal use of the specie. The most frequent therapeutic uses of greenberries were: diabetes (27), cholesterol (19) and blood high-pressure (9). The most mentioned plant part for medicinal use was the leave, with only a quote for the use of flowers and roots. The mode of administration was given through the form of tea infusion. The consumption of in natura fruits was eventually made. Although the species is neglected by urban consumers, the greenberries can be an alternative income for small farmers. It is a rich source nutraceutical and farmers do Planalto Sul Catarinense are able to cultivate it for fruit production, ornamental and / or medicinal plant.Facultad de Ciencias Agrarias y Forestales2017info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArticulohttp://purl.org/coar/resource_type/c_6501info:ar-repo/semantics/articuloapplication/pdf13-18http://sedici.unlp.edu.ar/handle/10915/61783info:eu-repo/semantics/altIdentifier/url/http://www.agro.unlp.edu.ar/revista/index.php/revagro/article/view/124/789info:eu-repo/semantics/altIdentifier/issn/1669-9513info:eu-repo/semantics/openAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by/3.0/Creative Commons Attribution 3.0 Unported (CC BY 3.0)porreponame:SEDICI (UNLP)instname:Universidad Nacional de La Platainstacron:UNLP2025-09-29T11:07:50Zoai:sedici.unlp.edu.ar:10915/61783Institucionalhttp://sedici.unlp.edu.ar/Universidad públicaNo correspondehttp://sedici.unlp.edu.ar/oai/snrdalira@sedici.unlp.edu.arArgentinaNo correspondeNo correspondeNo correspondeopendoar:13292025-09-29 11:07:50.85SEDICI (UNLP) - Universidad Nacional de La Platafalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Etnoconhecimento associado às amoreiras-brancas (Rubus spp.) ocorrentes na Floresta Ombrófila Mista, Santa Catarina, Brasil Ethno-knowledge of greenberries (Rubus spp.) growing in the “Ombrófila Mista” forest of Santa Catarina State, Brazil |
title |
Etnoconhecimento associado às amoreiras-brancas (Rubus spp.) ocorrentes na Floresta Ombrófila Mista, Santa Catarina, Brasil |
spellingShingle |
Etnoconhecimento associado às amoreiras-brancas (Rubus spp.) ocorrentes na Floresta Ombrófila Mista, Santa Catarina, Brasil Couto Waltrich, Cibelle Ciencias Agrarias Ingeniería Forestal amoreira-branca rusticidad conhecimento popular fruteiras nativas Brasil Biodiversidad |
title_short |
Etnoconhecimento associado às amoreiras-brancas (Rubus spp.) ocorrentes na Floresta Ombrófila Mista, Santa Catarina, Brasil |
title_full |
Etnoconhecimento associado às amoreiras-brancas (Rubus spp.) ocorrentes na Floresta Ombrófila Mista, Santa Catarina, Brasil |
title_fullStr |
Etnoconhecimento associado às amoreiras-brancas (Rubus spp.) ocorrentes na Floresta Ombrófila Mista, Santa Catarina, Brasil |
title_full_unstemmed |
Etnoconhecimento associado às amoreiras-brancas (Rubus spp.) ocorrentes na Floresta Ombrófila Mista, Santa Catarina, Brasil |
title_sort |
Etnoconhecimento associado às amoreiras-brancas (Rubus spp.) ocorrentes na Floresta Ombrófila Mista, Santa Catarina, Brasil |
dc.creator.none.fl_str_mv |
Couto Waltrich, Cibelle Boff, Pedro Boff, Mari Inês Caríssimi |
author |
Couto Waltrich, Cibelle |
author_facet |
Couto Waltrich, Cibelle Boff, Pedro Boff, Mari Inês Caríssimi |
author_role |
author |
author2 |
Boff, Pedro Boff, Mari Inês Caríssimi |
author2_role |
author author |
dc.subject.none.fl_str_mv |
Ciencias Agrarias Ingeniería Forestal amoreira-branca rusticidad conhecimento popular fruteiras nativas Brasil Biodiversidad |
topic |
Ciencias Agrarias Ingeniería Forestal amoreira-branca rusticidad conhecimento popular fruteiras nativas Brasil Biodiversidad |
dc.description.none.fl_txt_mv |
Amoreiras-brancas (Rubus spp.) são espécies frutíferas nativas da Floresta Ombrófila Mista, ecossistema predominante no Sul do Brasil. O objetivo deste trabalho foi sistematizar o etnoconhecimento associado ás amoreiras-brancas. Foram abordados os seguintes aspectos: histórico e potencial de uso de amoreiras-brancas, aspectos socioeconômicos dos informantes, nome comum da planta, manejo das plantas, formas de consumo, época de frutificação e sabor dos frutos. O estudo demonstrou serem os agricultores mantenedores de amoreiras-brancas. O uso mais frequente era na forma de frutos frescos e para chás de folhas, flores e raízes. A maioria dos entrevistados (32) utilizam a amoreira-branca como medicinal. Entre os informantes, trinta e quatro afirmavam que aprenderam sobre o uso de plantas medicinais com os pais, incluindo a amoreira-branca. Todos informantes tinham livre acesso ás plantas em suas propriedades ou em terreno de vizinhos e seis informantes não utilizavam/desconheciam a forma de uso medicinal da espécie. As indicações terapêuticas de maior uso da amoreira-branca foram: diabetes (27), colesterol (19) e pressão alta (9). A parte da planta mais citada para uso medicinal era a folha, com apenas uma citação para utilização de flores e raízes. O modo de administração se dava por via na forma de chá por infusão. O consumo in natura dos frutos era feito de forma eventual. Embora a espécie seja negligenciada pelos consumidores urbanos, a amoreira-branca pode se constituir em alternativa de renda para pequenos agricultores e fonte nutracêutica para residentes no Planalto Sul Catarinense, cultivando-a para produção de frutos, como planta ornamental e/ou medicinal. Greenberries (Rubus spp.) are native fruit species from “Ombrofila Mista” a predominant ecosystem in the Atlantic Forest in southern Brazil. The aim of this study was to systematize the ethnoknowledge associated with greenberries. The questions addressed the following aspects: history and potential use of greenberries, socioeconomic aspects of the farmers, common name of the plant, management of plants, forms of consumption, time of fruiting and fruit flavor. The study showed that farmers are the maintainers of greenberries. The most common use was in the form of fresh fruits and teas of leaves, flowers and roots. The majority (32) of farmers used the greenberries plants as medicinal. Among the respondents, thirty-four said they learned about the use of medicinal plants with parents, including greenberries. All informants had free access to plants on their properties or land in neighboring. Six respondents not used / ignored the form of medicinal use of the specie. The most frequent therapeutic uses of greenberries were: diabetes (27), cholesterol (19) and blood high-pressure (9). The most mentioned plant part for medicinal use was the leave, with only a quote for the use of flowers and roots. The mode of administration was given through the form of tea infusion. The consumption of in natura fruits was eventually made. Although the species is neglected by urban consumers, the greenberries can be an alternative income for small farmers. It is a rich source nutraceutical and farmers do Planalto Sul Catarinense are able to cultivate it for fruit production, ornamental and / or medicinal plant. Facultad de Ciencias Agrarias y Forestales |
description |
Amoreiras-brancas (Rubus spp.) são espécies frutíferas nativas da Floresta Ombrófila Mista, ecossistema predominante no Sul do Brasil. O objetivo deste trabalho foi sistematizar o etnoconhecimento associado ás amoreiras-brancas. Foram abordados os seguintes aspectos: histórico e potencial de uso de amoreiras-brancas, aspectos socioeconômicos dos informantes, nome comum da planta, manejo das plantas, formas de consumo, época de frutificação e sabor dos frutos. O estudo demonstrou serem os agricultores mantenedores de amoreiras-brancas. O uso mais frequente era na forma de frutos frescos e para chás de folhas, flores e raízes. A maioria dos entrevistados (32) utilizam a amoreira-branca como medicinal. Entre os informantes, trinta e quatro afirmavam que aprenderam sobre o uso de plantas medicinais com os pais, incluindo a amoreira-branca. Todos informantes tinham livre acesso ás plantas em suas propriedades ou em terreno de vizinhos e seis informantes não utilizavam/desconheciam a forma de uso medicinal da espécie. As indicações terapêuticas de maior uso da amoreira-branca foram: diabetes (27), colesterol (19) e pressão alta (9). A parte da planta mais citada para uso medicinal era a folha, com apenas uma citação para utilização de flores e raízes. O modo de administração se dava por via na forma de chá por infusão. O consumo in natura dos frutos era feito de forma eventual. Embora a espécie seja negligenciada pelos consumidores urbanos, a amoreira-branca pode se constituir em alternativa de renda para pequenos agricultores e fonte nutracêutica para residentes no Planalto Sul Catarinense, cultivando-a para produção de frutos, como planta ornamental e/ou medicinal. |
publishDate |
2017 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2017 |
dc.type.none.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion Articulo http://purl.org/coar/resource_type/c_6501 info:ar-repo/semantics/articulo |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.none.fl_str_mv |
http://sedici.unlp.edu.ar/handle/10915/61783 |
url |
http://sedici.unlp.edu.ar/handle/10915/61783 |
dc.language.none.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/altIdentifier/url/http://www.agro.unlp.edu.ar/revista/index.php/revagro/article/view/124/789 info:eu-repo/semantics/altIdentifier/issn/1669-9513 |
dc.rights.none.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/ Creative Commons Attribution 3.0 Unported (CC BY 3.0) |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
rights_invalid_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/ Creative Commons Attribution 3.0 Unported (CC BY 3.0) |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf 13-18 |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:SEDICI (UNLP) instname:Universidad Nacional de La Plata instacron:UNLP |
reponame_str |
SEDICI (UNLP) |
collection |
SEDICI (UNLP) |
instname_str |
Universidad Nacional de La Plata |
instacron_str |
UNLP |
institution |
UNLP |
repository.name.fl_str_mv |
SEDICI (UNLP) - Universidad Nacional de La Plata |
repository.mail.fl_str_mv |
alira@sedici.unlp.edu.ar |
_version_ |
1844615950203092992 |
score |
13.070432 |