Movimentos socioterritoriais em perspectiva comparada

Autores
Halvorsen, Sam; Mançano Fernandes, Bernardo; Torres, Fernanda Valeria
Año de publicación
2021
Idioma
portugués
Tipo de recurso
artículo
Estado
versión publicada
Descripción
Por que o espaço e o território são importantes para os movimentos sociais e como eles os produzem? Apesar da sempre aparente centralidade do espaço e do território, mediado e apropriado pelos movimentos sociais em todo o mundo (por exemplo: acampamentos, protestos, ocupações de terra, resistências indígenas, ocupações de terrenos e edifícios em áreas urbanas, organização de bairro e lutas por questões ambientais, pela educação, saúde, alimentos e outras políticas públicas, ativismos de mulheres, LGBTQIA+, feministas, estudantes, etc.), tem havido uma surpreendente falta de atenção a esta questão por estudiosos e estudiosas de várias áreas do conhecimento, por exemplo, geógrafos anglófonos. Este artigo avança na reflexão sobre as ações dos movimentos socioterritoriais como uma categoria analítica que tem como objetivocentral analisar a mediação do espaço e apropriação do território. Contrastamos os conceitos de movimento socioterritorial, movimento social e movimento socioespacial em quatro eixos de análise. Primeiro, como o espaço e o território são produzidos como estratégia central para a realização dos objetivos de um movimento. Em segundo lugar, o espaço e o território produzem as identidades dos movimentos, em suas ações, gerando novas subjetividades políticas. Terceiro, espaço e território são lugares de socialização política que produzem novos valores e mudam conjunturas. Quarto, por meio de processos de territorialização, desterritorialização e reterritorialização, os movimentos podem criar novas instituições. Esses eixos são posteriormente elaborados por meio da análise comparativa de dois estudos de caso: o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, movimento camponês organizado em todas as regiões do Brasil, e a Organização de Bairro Tupac Amaru, um movimento urbano do noroeste da Argentina. A comparação é feita como um modo expansivo de análise para abrir o conceito de movimento socioterritorial e indicar potenciais linhas de investigação para estudos.
Why are space and territory important to social movements and how do they produce them? Despite the always apparent centrality of space and territory, mediated and appropriated by social movements around the world (for example: camps, protests, land occupations, indigenous resistance, occupations of land and buildings in urban areas, neighborhood organization and struggles for environmental issues, for education, health, food and other public policies, women's activism, LGBTQIA+, feminists, students, etc.), there has been a surprising lack of attention to this issue by scholars from various fields of knowledge, for example, English-speaking geographers. This article advances the reflection on the actions of socio-territorial movements as an analytical category whose central objective is to analyze the mediation of space and appropriation of territory. We contrasted the concepts of socio-territorial movement, social movement and sociospatial movement in four axes of analysis. First, how space and territory are produced as a central strategy for the achievement of a movement's objectives. Second, space and territory produce the identities of movements, in their actions, generating new political subjectivities. Third, space and territory are places of political socialization that produce new values and change circumstances. Fourth, through processes of territorialization, deterritorialization and reterritorialization, movements can create new institutions. These axes are subsequently elaborated through the comparative analysis of two case studies: the Movement of Landless Rural Workers, a peasant movement organized in all regions of Brazil, and the Tupac Amaru Neighborhood Organization, an urban movement in northwestern Argentina. The comparison is made as an expansive way of analysis to open up the concept of socio-territorial movement and indicate potential lines of investigation for studies.
¿Por qué el espacio y el territorio son importantes para los movimientos sociales y cómo los producen? A pesar de la siempre aparente centralidad del espacio y el territorio, mediado y apropiado por movimientos sociales alrededor del mundo (por ejemplo: campamentos, protestas, ocupaciones de tierras, resistencia indígena, ocupaciones de tierras y edificios en áreas urbanas, organización de vecindarios y luchas por temas ambientales, por educación, salud, alimentación y otras políticas públicas, activismo de mujeres, LGBTQIA +, feministas, estudiantes, etc.), ha habido una sorprendente falta de atención a este tema por parte de académicos de diversos campos del conocimiento, por ejemplo, geógrafos anglófonos. Este artículo avanza la reflexión sobre las acciones de los movimientos socioterritoriales como una categoría analítica cuyo objetivo central es analizar la mediación del espacio y la apropiación del territorio. Contrastamos los conceptos de movimiento socioterritorial, movimiento social y movimiento socioespacial en cuatro ejes de análisis. Primero, cómo se producen el espacio y el territorio como estrategia central para el logro de los objetivos de un movimiento. En segundo lugar, el espacio y el territorio producen las identidades de los movimientos, en sus acciones, generando nuevas subjetividades políticas. En tercer lugar, el espacio y el territorio son lugares de socialización política que producen nuevos valores y cambian las circunstancias. Cuarto, a través de procesos de territorialización, desterritorialización y reterritorialización, los movimientos pueden crear nuevas instituciones. Estos ejes se elaboran posteriormente a través del análisis comparativo de dos estudios de caso: el Movimiento de Trabajadores Rurales Sin Tierra, un movimiento campesino organizado en todas las regiones de Brasil, y la Organización Vecinal Túpac Amaru, un movimiento urbano en el noroeste de Argentina. La comparación se realiza como una forma expansiva de análisis para abrir el concepto de movimiento socioterritorial e indicar posibles líneas de investigación para estudios.
Fil: Halvorsen, Sam. Queen Mary University of London; Reino Unido
Fil: Mançano Fernandes, Bernardo. Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho; Brasil
Fil: Torres, Fernanda Valeria. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas. Centro Científico Tecnológico Conicet - La Plata. Instituto de Investigaciones en Humanidades y Ciencias Sociales. Universidad Nacional de La Plata. Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación. Instituto de Investigaciones en Humanidades y Ciencias Sociales; Argentina. Universidad Nacional de La Plata; Argentina
Materia
ARGENTINA
BRASIL
MOVIMENTOS SOCIAIS
TERRITÓRIO
Nivel de accesibilidad
acceso abierto
Condiciones de uso
https://creativecommons.org/licenses/by/2.5/ar/
Repositorio
CONICET Digital (CONICET)
Institución
Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas
OAI Identificador
oai:ri.conicet.gov.ar:11336/180733

id CONICETDig_95be7785db8be8170a77a51ce973c1c6
oai_identifier_str oai:ri.conicet.gov.ar:11336/180733
network_acronym_str CONICETDig
repository_id_str 3498
network_name_str CONICET Digital (CONICET)
spelling Movimentos socioterritoriais em perspectiva comparadaSocioterritorial movements in comparative perspectiveMovimientos socioterritoriales en perspectiva comparadaHalvorsen, SamMançano Fernandes, BernardoTorres, Fernanda ValeriaARGENTINABRASILMOVIMENTOS SOCIAISTERRITÓRIOhttps://purl.org/becyt/ford/5.9https://purl.org/becyt/ford/5Por que o espaço e o território são importantes para os movimentos sociais e como eles os produzem? Apesar da sempre aparente centralidade do espaço e do território, mediado e apropriado pelos movimentos sociais em todo o mundo (por exemplo: acampamentos, protestos, ocupações de terra, resistências indígenas, ocupações de terrenos e edifícios em áreas urbanas, organização de bairro e lutas por questões ambientais, pela educação, saúde, alimentos e outras políticas públicas, ativismos de mulheres, LGBTQIA+, feministas, estudantes, etc.), tem havido uma surpreendente falta de atenção a esta questão por estudiosos e estudiosas de várias áreas do conhecimento, por exemplo, geógrafos anglófonos. Este artigo avança na reflexão sobre as ações dos movimentos socioterritoriais como uma categoria analítica que tem como objetivocentral analisar a mediação do espaço e apropriação do território. Contrastamos os conceitos de movimento socioterritorial, movimento social e movimento socioespacial em quatro eixos de análise. Primeiro, como o espaço e o território são produzidos como estratégia central para a realização dos objetivos de um movimento. Em segundo lugar, o espaço e o território produzem as identidades dos movimentos, em suas ações, gerando novas subjetividades políticas. Terceiro, espaço e território são lugares de socialização política que produzem novos valores e mudam conjunturas. Quarto, por meio de processos de territorialização, desterritorialização e reterritorialização, os movimentos podem criar novas instituições. Esses eixos são posteriormente elaborados por meio da análise comparativa de dois estudos de caso: o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, movimento camponês organizado em todas as regiões do Brasil, e a Organização de Bairro Tupac Amaru, um movimento urbano do noroeste da Argentina. A comparação é feita como um modo expansivo de análise para abrir o conceito de movimento socioterritorial e indicar potenciais linhas de investigação para estudos.Why are space and territory important to social movements and how do they produce them? Despite the always apparent centrality of space and territory, mediated and appropriated by social movements around the world (for example: camps, protests, land occupations, indigenous resistance, occupations of land and buildings in urban areas, neighborhood organization and struggles for environmental issues, for education, health, food and other public policies, women's activism, LGBTQIA+, feminists, students, etc.), there has been a surprising lack of attention to this issue by scholars from various fields of knowledge, for example, English-speaking geographers. This article advances the reflection on the actions of socio-territorial movements as an analytical category whose central objective is to analyze the mediation of space and appropriation of territory. We contrasted the concepts of socio-territorial movement, social movement and sociospatial movement in four axes of analysis. First, how space and territory are produced as a central strategy for the achievement of a movement's objectives. Second, space and territory produce the identities of movements, in their actions, generating new political subjectivities. Third, space and territory are places of political socialization that produce new values and change circumstances. Fourth, through processes of territorialization, deterritorialization and reterritorialization, movements can create new institutions. These axes are subsequently elaborated through the comparative analysis of two case studies: the Movement of Landless Rural Workers, a peasant movement organized in all regions of Brazil, and the Tupac Amaru Neighborhood Organization, an urban movement in northwestern Argentina. The comparison is made as an expansive way of analysis to open up the concept of socio-territorial movement and indicate potential lines of investigation for studies.¿Por qué el espacio y el territorio son importantes para los movimientos sociales y cómo los producen? A pesar de la siempre aparente centralidad del espacio y el territorio, mediado y apropiado por movimientos sociales alrededor del mundo (por ejemplo: campamentos, protestas, ocupaciones de tierras, resistencia indígena, ocupaciones de tierras y edificios en áreas urbanas, organización de vecindarios y luchas por temas ambientales, por educación, salud, alimentación y otras políticas públicas, activismo de mujeres, LGBTQIA +, feministas, estudiantes, etc.), ha habido una sorprendente falta de atención a este tema por parte de académicos de diversos campos del conocimiento, por ejemplo, geógrafos anglófonos. Este artículo avanza la reflexión sobre las acciones de los movimientos socioterritoriales como una categoría analítica cuyo objetivo central es analizar la mediación del espacio y la apropiación del territorio. Contrastamos los conceptos de movimiento socioterritorial, movimiento social y movimiento socioespacial en cuatro ejes de análisis. Primero, cómo se producen el espacio y el territorio como estrategia central para el logro de los objetivos de un movimiento. En segundo lugar, el espacio y el territorio producen las identidades de los movimientos, en sus acciones, generando nuevas subjetividades políticas. En tercer lugar, el espacio y el territorio son lugares de socialización política que producen nuevos valores y cambian las circunstancias. Cuarto, a través de procesos de territorialización, desterritorialización y reterritorialización, los movimientos pueden crear nuevas instituciones. Estos ejes se elaboran posteriormente a través del análisis comparativo de dos estudios de caso: el Movimiento de Trabajadores Rurales Sin Tierra, un movimiento campesino organizado en todas las regiones de Brasil, y la Organización Vecinal Túpac Amaru, un movimiento urbano en el noroeste de Argentina. La comparación se realiza como una forma expansiva de análisis para abrir el concepto de movimiento socioterritorial e indicar posibles líneas de investigación para estudios.Fil: Halvorsen, Sam. Queen Mary University of London; Reino UnidoFil: Mançano Fernandes, Bernardo. Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho; BrasilFil: Torres, Fernanda Valeria. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas. Centro Científico Tecnológico Conicet - La Plata. Instituto de Investigaciones en Humanidades y Ciencias Sociales. Universidad Nacional de La Plata. Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación. Instituto de Investigaciones en Humanidades y Ciencias Sociales; Argentina. Universidad Nacional de La Plata; ArgentinaUniversidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências e Tecnologia. Departamento de Geografia. Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária2021-05info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionhttp://purl.org/coar/resource_type/c_6501info:ar-repo/semantics/articuloapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11336/180733Halvorsen, Sam; Mançano Fernandes, Bernardo; Torres, Fernanda Valeria; Movimentos socioterritoriais em perspectiva comparada; Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências e Tecnologia. Departamento de Geografia. Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária; Nera; 24; 47; 5-2021; 24-531806-6755CONICET DigitalCONICETporinfo:eu-repo/semantics/altIdentifier/url/https://revista.fct.unesp.br/index.php/nera/article/view/8639info:eu-repo/semantics/altIdentifier/doi/10.47946/rnera.v0i57.8639info:eu-repo/semantics/openAccesshttps://creativecommons.org/licenses/by/2.5/ar/reponame:CONICET Digital (CONICET)instname:Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas2025-09-03T10:08:37Zoai:ri.conicet.gov.ar:11336/180733instacron:CONICETInstitucionalhttp://ri.conicet.gov.ar/Organismo científico-tecnológicoNo correspondehttp://ri.conicet.gov.ar/oai/requestdasensio@conicet.gov.ar; lcarlino@conicet.gov.arArgentinaNo correspondeNo correspondeNo correspondeopendoar:34982025-09-03 10:08:37.397CONICET Digital (CONICET) - Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicasfalse
dc.title.none.fl_str_mv Movimentos socioterritoriais em perspectiva comparada
Socioterritorial movements in comparative perspective
Movimientos socioterritoriales en perspectiva comparada
title Movimentos socioterritoriais em perspectiva comparada
spellingShingle Movimentos socioterritoriais em perspectiva comparada
Halvorsen, Sam
ARGENTINA
BRASIL
MOVIMENTOS SOCIAIS
TERRITÓRIO
title_short Movimentos socioterritoriais em perspectiva comparada
title_full Movimentos socioterritoriais em perspectiva comparada
title_fullStr Movimentos socioterritoriais em perspectiva comparada
title_full_unstemmed Movimentos socioterritoriais em perspectiva comparada
title_sort Movimentos socioterritoriais em perspectiva comparada
dc.creator.none.fl_str_mv Halvorsen, Sam
Mançano Fernandes, Bernardo
Torres, Fernanda Valeria
author Halvorsen, Sam
author_facet Halvorsen, Sam
Mançano Fernandes, Bernardo
Torres, Fernanda Valeria
author_role author
author2 Mançano Fernandes, Bernardo
Torres, Fernanda Valeria
author2_role author
author
dc.subject.none.fl_str_mv ARGENTINA
BRASIL
MOVIMENTOS SOCIAIS
TERRITÓRIO
topic ARGENTINA
BRASIL
MOVIMENTOS SOCIAIS
TERRITÓRIO
purl_subject.fl_str_mv https://purl.org/becyt/ford/5.9
https://purl.org/becyt/ford/5
dc.description.none.fl_txt_mv Por que o espaço e o território são importantes para os movimentos sociais e como eles os produzem? Apesar da sempre aparente centralidade do espaço e do território, mediado e apropriado pelos movimentos sociais em todo o mundo (por exemplo: acampamentos, protestos, ocupações de terra, resistências indígenas, ocupações de terrenos e edifícios em áreas urbanas, organização de bairro e lutas por questões ambientais, pela educação, saúde, alimentos e outras políticas públicas, ativismos de mulheres, LGBTQIA+, feministas, estudantes, etc.), tem havido uma surpreendente falta de atenção a esta questão por estudiosos e estudiosas de várias áreas do conhecimento, por exemplo, geógrafos anglófonos. Este artigo avança na reflexão sobre as ações dos movimentos socioterritoriais como uma categoria analítica que tem como objetivocentral analisar a mediação do espaço e apropriação do território. Contrastamos os conceitos de movimento socioterritorial, movimento social e movimento socioespacial em quatro eixos de análise. Primeiro, como o espaço e o território são produzidos como estratégia central para a realização dos objetivos de um movimento. Em segundo lugar, o espaço e o território produzem as identidades dos movimentos, em suas ações, gerando novas subjetividades políticas. Terceiro, espaço e território são lugares de socialização política que produzem novos valores e mudam conjunturas. Quarto, por meio de processos de territorialização, desterritorialização e reterritorialização, os movimentos podem criar novas instituições. Esses eixos são posteriormente elaborados por meio da análise comparativa de dois estudos de caso: o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, movimento camponês organizado em todas as regiões do Brasil, e a Organização de Bairro Tupac Amaru, um movimento urbano do noroeste da Argentina. A comparação é feita como um modo expansivo de análise para abrir o conceito de movimento socioterritorial e indicar potenciais linhas de investigação para estudos.
Why are space and territory important to social movements and how do they produce them? Despite the always apparent centrality of space and territory, mediated and appropriated by social movements around the world (for example: camps, protests, land occupations, indigenous resistance, occupations of land and buildings in urban areas, neighborhood organization and struggles for environmental issues, for education, health, food and other public policies, women's activism, LGBTQIA+, feminists, students, etc.), there has been a surprising lack of attention to this issue by scholars from various fields of knowledge, for example, English-speaking geographers. This article advances the reflection on the actions of socio-territorial movements as an analytical category whose central objective is to analyze the mediation of space and appropriation of territory. We contrasted the concepts of socio-territorial movement, social movement and sociospatial movement in four axes of analysis. First, how space and territory are produced as a central strategy for the achievement of a movement's objectives. Second, space and territory produce the identities of movements, in their actions, generating new political subjectivities. Third, space and territory are places of political socialization that produce new values and change circumstances. Fourth, through processes of territorialization, deterritorialization and reterritorialization, movements can create new institutions. These axes are subsequently elaborated through the comparative analysis of two case studies: the Movement of Landless Rural Workers, a peasant movement organized in all regions of Brazil, and the Tupac Amaru Neighborhood Organization, an urban movement in northwestern Argentina. The comparison is made as an expansive way of analysis to open up the concept of socio-territorial movement and indicate potential lines of investigation for studies.
¿Por qué el espacio y el territorio son importantes para los movimientos sociales y cómo los producen? A pesar de la siempre aparente centralidad del espacio y el territorio, mediado y apropiado por movimientos sociales alrededor del mundo (por ejemplo: campamentos, protestas, ocupaciones de tierras, resistencia indígena, ocupaciones de tierras y edificios en áreas urbanas, organización de vecindarios y luchas por temas ambientales, por educación, salud, alimentación y otras políticas públicas, activismo de mujeres, LGBTQIA +, feministas, estudiantes, etc.), ha habido una sorprendente falta de atención a este tema por parte de académicos de diversos campos del conocimiento, por ejemplo, geógrafos anglófonos. Este artículo avanza la reflexión sobre las acciones de los movimientos socioterritoriales como una categoría analítica cuyo objetivo central es analizar la mediación del espacio y la apropiación del territorio. Contrastamos los conceptos de movimiento socioterritorial, movimiento social y movimiento socioespacial en cuatro ejes de análisis. Primero, cómo se producen el espacio y el territorio como estrategia central para el logro de los objetivos de un movimiento. En segundo lugar, el espacio y el territorio producen las identidades de los movimientos, en sus acciones, generando nuevas subjetividades políticas. En tercer lugar, el espacio y el territorio son lugares de socialización política que producen nuevos valores y cambian las circunstancias. Cuarto, a través de procesos de territorialización, desterritorialización y reterritorialización, los movimientos pueden crear nuevas instituciones. Estos ejes se elaboran posteriormente a través del análisis comparativo de dos estudios de caso: el Movimiento de Trabajadores Rurales Sin Tierra, un movimiento campesino organizado en todas las regiones de Brasil, y la Organización Vecinal Túpac Amaru, un movimiento urbano en el noroeste de Argentina. La comparación se realiza como una forma expansiva de análisis para abrir el concepto de movimiento socioterritorial e indicar posibles líneas de investigación para estudios.
Fil: Halvorsen, Sam. Queen Mary University of London; Reino Unido
Fil: Mançano Fernandes, Bernardo. Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho; Brasil
Fil: Torres, Fernanda Valeria. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas. Centro Científico Tecnológico Conicet - La Plata. Instituto de Investigaciones en Humanidades y Ciencias Sociales. Universidad Nacional de La Plata. Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación. Instituto de Investigaciones en Humanidades y Ciencias Sociales; Argentina. Universidad Nacional de La Plata; Argentina
description Por que o espaço e o território são importantes para os movimentos sociais e como eles os produzem? Apesar da sempre aparente centralidade do espaço e do território, mediado e apropriado pelos movimentos sociais em todo o mundo (por exemplo: acampamentos, protestos, ocupações de terra, resistências indígenas, ocupações de terrenos e edifícios em áreas urbanas, organização de bairro e lutas por questões ambientais, pela educação, saúde, alimentos e outras políticas públicas, ativismos de mulheres, LGBTQIA+, feministas, estudantes, etc.), tem havido uma surpreendente falta de atenção a esta questão por estudiosos e estudiosas de várias áreas do conhecimento, por exemplo, geógrafos anglófonos. Este artigo avança na reflexão sobre as ações dos movimentos socioterritoriais como uma categoria analítica que tem como objetivocentral analisar a mediação do espaço e apropriação do território. Contrastamos os conceitos de movimento socioterritorial, movimento social e movimento socioespacial em quatro eixos de análise. Primeiro, como o espaço e o território são produzidos como estratégia central para a realização dos objetivos de um movimento. Em segundo lugar, o espaço e o território produzem as identidades dos movimentos, em suas ações, gerando novas subjetividades políticas. Terceiro, espaço e território são lugares de socialização política que produzem novos valores e mudam conjunturas. Quarto, por meio de processos de territorialização, desterritorialização e reterritorialização, os movimentos podem criar novas instituições. Esses eixos são posteriormente elaborados por meio da análise comparativa de dois estudos de caso: o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, movimento camponês organizado em todas as regiões do Brasil, e a Organização de Bairro Tupac Amaru, um movimento urbano do noroeste da Argentina. A comparação é feita como um modo expansivo de análise para abrir o conceito de movimento socioterritorial e indicar potenciais linhas de investigação para estudos.
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021-05
dc.type.none.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
http://purl.org/coar/resource_type/c_6501
info:ar-repo/semantics/articulo
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.none.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11336/180733
Halvorsen, Sam; Mançano Fernandes, Bernardo; Torres, Fernanda Valeria; Movimentos socioterritoriais em perspectiva comparada; Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências e Tecnologia. Departamento de Geografia. Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária; Nera; 24; 47; 5-2021; 24-53
1806-6755
CONICET Digital
CONICET
url http://hdl.handle.net/11336/180733
identifier_str_mv Halvorsen, Sam; Mançano Fernandes, Bernardo; Torres, Fernanda Valeria; Movimentos socioterritoriais em perspectiva comparada; Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências e Tecnologia. Departamento de Geografia. Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária; Nera; 24; 47; 5-2021; 24-53
1806-6755
CONICET Digital
CONICET
dc.language.none.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/altIdentifier/url/https://revista.fct.unesp.br/index.php/nera/article/view/8639
info:eu-repo/semantics/altIdentifier/doi/10.47946/rnera.v0i57.8639
dc.rights.none.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
https://creativecommons.org/licenses/by/2.5/ar/
eu_rights_str_mv openAccess
rights_invalid_str_mv https://creativecommons.org/licenses/by/2.5/ar/
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências e Tecnologia. Departamento de Geografia. Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências e Tecnologia. Departamento de Geografia. Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária
dc.source.none.fl_str_mv reponame:CONICET Digital (CONICET)
instname:Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas
reponame_str CONICET Digital (CONICET)
collection CONICET Digital (CONICET)
instname_str Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas
repository.name.fl_str_mv CONICET Digital (CONICET) - Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas
repository.mail.fl_str_mv dasensio@conicet.gov.ar; lcarlino@conicet.gov.ar
_version_ 1842270052127080448
score 13.13397